terça-feira, 7 de setembro de 2010

A ORIGEM

E se um especialista em invadir sonhos entrasse no seu subconsciente e lhe roubasse ideias ou invenções ou implantasse sugestões para dar novo rumo à sua vida? Pois, é mesmo essa a base deste thriller de acção/ ficção científica, em que Cobb e a sua equipa - escolhida meticulosamente - controlam (ou tentam controlar) as mentes nesse mundo onírico, onde continuamente o sonho, a imaginação ou os segredos mais íntimos e insuspeitos se confundem com a realidade.  
Este é daqueles filmes em que as opiniões dos espectadores são absolutamente contraditórias: ou o amam de paixão ou o detestam, sem apelo nem agravo! Confesso ser excepção a essa regra - o argumento complexo não é muito fácil de seguir, deixando algumas dúvidas sobre a necessidade de tantas armas e explosões para "aniquilar" meras projecções antagónicas - mas, simultaneamente, os efeitos visuais de escadas que se cruzam, entrecruzam ou acabam de repente (muito ao estilo "Harry Potter"), de espelhos  paralelos que reflectem a imagem humana até ao infinito ("Citizen Kane"), dos trilhos na neve vagamente semelhantes a um sonho hitchcockiano ou da ausência de gravidade em certas cenas conferem-lhe aquela credibilidade de estarmos realmente a sonhar... no cinema! 
Afinal de contas, não é esse o espírito da indústria cinematográfica?! Fica o trailer, para os mais curiosos:


Christopher Nolan realizou e escreveu o argumento de "A Origem" ("Inception", no título original), um filme protagonizado por Leonardo DiCaprio, Joseph Gordon-Levitt, Ellen Page, Tom Hardy, Ken Watanabe, Dileep Rao, Cillian Murphy, para lá de um naipe de actores secundários sobejamente conhecidos do grande público: Tom Berenger, Marion Cottilard, Michael Caine, entre outros.

Imagem de cena do filme da net.

10 comentários:

  1. podiam tentar fazer isso ao Socrates para ele falar verdades (mais do que as que já fala, mas verdades nunca são demais)

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  2. A ideia de que simplesmente nos possam ler o pensamento já é assustadora. :( Agora a capacidade de influenciaram as nossas atitudes, levando-se a proceder de acordo com o que outros querem deverá ser terrível !
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  3. Não pensava ver, mas depois de ler a tua crítica fiquei com curiosidade. :)

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  4. Gostei, bastante até… Não é o filme da minha vida mas, como sou um cinéfilo exigente é raro dizer bem de um filme. Este fez-me colar ao ecrã e por ser tão complexo que eu não queria perder pitada com medo de depois não entender alguma parte. Gostei muito porque de facto consegue-se ir buscar varias teorias psicológicas do inconsciente a tudo o que eles disseram. Ou seja, apesar de ser “ficção científica” tinha uma base lógica. De resto a Ellen Page é das minhas actrizes preferidas e para mim um prodígio para a idade que tem (que por coincidência é mesma que eu), apesar de neste filme acho que não lhe deram um papel muito exigente e difícil onde ela podia de facto mostrar o que vale tal como aconteceu em “Juno” ou em “Hard Candy”. Dois filmes que recomendo já agora!! ;) Beijos.

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  5. O Pinóquio a falar verdades, VÍCIO?!? Ai que desilusão, quando acordares... :))

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  6. Bom, no filme não "soa" assim tão tétrico, RUI, mas no geral a ideia da manipulação do subconsciente/inconsciente é realmente aterradora... :e

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  7. Na verdade, SUN, quando saí do filme ainda estava na dúvida se o tinha entendido, com a minha mãe a dizer que era uma "grande banhada" e o meu marido com vontade de o ver novamente... :)

    Acho que depende dos olhos de quem o vê!

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  8. Também não é o filme da minha vida, PSIMENTO, mas não sei se o entendi completamente! Talvez o reveja para tirar dúvidas... :)

    Quanto a "Juno" também vi e adorei, obrigada pela dica do outro que me escapou! :D

    Beijocas!

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  9. Precisava de o ver de novo, por causa das nuances de um argumento complexo. sonhos, dentro de sonhos, dentro de sonhos, levanta problemas, paradoxos e subtilezas que a mona não apreende imediatamente, sobretudo quando também tem que lidar com alguns efeitos visuais realmente notáveis, como referes. não será um filme fácil, mas um filme muito bom mesmo :)

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  10. É, o meu marido disse isso mesmo, MOYLITO, que era necessário rever para tentar apreender algumas subtilezas e pormenores do filme, que inevitavelmente nos escapam à primeira... :)

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Sorri! Estás a ser filmad@ e lid@ atentamente... :)