Não votei nas últimas eleições autárquicas, nem nas últimas legislativas. Ao contrário da maioria dos abstencionistas, a minha abstenção foi involuntária: em ambas as ocasiões estava internada no hospital. E, para quem não sabe, os pacientes hospitalares são tratados pior do que os presidiários, no que toca ao seu direito de voto.
Para vos dar uma ideia, nas eleições autárquicas de 2013, que tiveram lugar a 29 de setembro, os doentes que quisessem exercer o seu direito tinham de comunicar essa vontade a um organismo específico hospitalar até ao dia 9 de setembro. Leram bem, com 20 dias de antecedência! Ora se para um prisioneiro faz sentido que haja uma marcação prévia com tanta antecedência - no fim de contas ele conhece a sua pena e sabe se vai estar na cadeia na altura - o mesmo já não se pode dizer de um doente, que não adivinha se entretanto tem alta, por exemplo. Pior, como foi o meu caso, que só fui internada a 18 de setembro, já não tive qualquer hipótese de me inscrever, embora suspeitasse que dia 29 ainda lá estaria. E mesmo falando com a médica e a enfermeira-chefe não me deram oportunidade de sair uma ou duas horas naquele domingo para votar. Isto porque estava perfeitamente capaz, sem febre, o internamento visava apenas efetuar vários exames para diagnosticar a doença, tal como veio a acontecer. Diga-se em abono da verdade, que a médica foi a criaturinha mais antipática que já encontrei naquele hospital e a enfermeira-chefe também não primava pela simpatia...
Já em outubro do ano passado e internada poucos dias antes de dia 4, não tive veleidade nenhuma de conseguir votar. Além que estava um bocado sedada e sem capacidade para sair e ir botar o voto na urna pelo meu pé.
Dito isto, estou desejosa que chegue o dia 24 - sim, porque da campanha já estou farta e o receio que também desta vez haja novo contratempo mora aqui. Tenho a mania de gostar de votar, que é que querem? Aliás, a indiferença dos abstencionistas tem um efeito bastante pernicioso em mim: fico com vontade de lhes encher a cara de bolachadas. Logo eu, que sou uma pacifista convicta!
Foto da net.
Se precisares de ajuda para bolachares, avisa-me!
ResponderEliminarBeijinhos e bom voto :)
Felizmente, não passam de (maus) pensamentos, SÃO! Mas gracias à mesma... :)
EliminarBeijocas
Pode não ser indiferença mas descrença (e antes de arriscar apanhar uma bolachada eu votei nas anteriores)
ResponderEliminarum beijinho e uma boa votação.
Isto são desabafos, REDONDA... Quanto à descrença todos temos um pouco, evidentemente, mas existem sempre candidatos menos maus... ;)
EliminarBeijocas
Eu felizmente sempre consegui votar e nunca deixo de o fazer.
ResponderEliminarEspero que desta vez consigas.
Caso não possas avisa que vou aí ajudar-te a dar umas bolachadas ao pessoal :)
Beijinhos
Eheheh, o que não tem faltado é ajuda para a bolachada, MANU! :)))
EliminarGracias e beijocas!
São leis para adivinhos!
ResponderEliminarVais votar sim, acredita!
Por muita vontade que eu tenha de te ajudar nas bolachadas, não vou poder, ó pá, eu não posso meter-me em aventuras, caramba, nem com 1 kg de arroz ainda posso.
Beijinho Teté
São leis de m*?#@, isso sim, ADÉLIA!
EliminarQuanto às bolachadas não te preocupes, que são apenas desabafos... :)
Beijocas e as melhoras para ti!
Muito estranho o que nos conta sobre o funcionamento dos hospitais, nesse capítulo ! :(( ... Um verdadeiro disparate, principalmente se tivermos em conta que poderia ser uma pessoa da família ou amiga a fazer a viagem e não viatura hospitalar ! Não sei se a situação era uma ou outra ! (?)
ResponderEliminarQuanto a votar, claro que abstenção não resolve coisa nenhuma, mas pior ainda, quanto a mim é o voto em branco ! Isso é que n~
ao consigo entender, até porque não mostra qualquer relevância em relação ao nº de abstenções ! Ninguém fala nas percentagens de votos em branco. São apenas uma pura perda de tempo !
Beijoca Tézinha ! :))
Bom, não sei se o sistema de funcionamento é igual em todos os hospitais (estou em crer que sim, por razões de igualdade), em Santa Maria posso garantir, RUI.
EliminarE claro que não estava a pedir transporte hospitalar, o meu marido levava-me e trazia-me de lá de carro, que ainda por cima o hospital fica próximo da minha área de residência. Foi pura má vontade... :P
Quanto aos votos brancos... também não os entendo!
Beijoca
Quanto lamento tudo isso que aqui nos contas, querida Teté!!! E faço votos que não volte a acontecer, minha querida!! E que consigas satisfazer essa tua legítima vontade de corresponder ao que te/nos é pedido em termos de cidadania.
ResponderEliminarBeijinhos
O que era bom é que mudassem esses aspetos burocráticos, GRAÇA, porque mesmo que não volte a acontecer comigo, certamente acontecerá com outros. E está mal!
EliminarBeijocas
Vais votar pois! E eu também! E temos que ir TODOS!!!
ResponderEliminarVamos, pois, PAULA! Votar é importante!
Eliminar"Pode não ser indiferença mas descrença" comenta a Gábi.
ResponderEliminarE eu assino por baixo sem reservas.
Dito isto, obviamente que vai votar no dia 24!
Beijocas
Mesmo que a descrença seja muita, há sempre um candidato menos mau, PEDRO! :)
EliminarObrigada e beijocas!
Também me costumava irritar com as pessoas que não votam e conheço algumas :(
ResponderEliminarPensar nas pessoas que tanto se empenharam e lutaram para que pudessemos votar..., tirava-me do sério.
Hoje em dia penso que se não votam é porque não querem e é um direito que lhes assiste.
Portanto, tudo depende de nós, os que votamos com gosto e sentido de dever.
Estou certa que desta vez te vais desforrar :))) beijinhos
Da minha geração, acho que não conheço ninguém que não vá votar, PAPOILA. Agora de gerações mais novas... é mato! Que não se interessam, não percebem e outras desculpas do género. Faltou-lhes nascer em tempo de ditadura, para darem o devido valor à liberdade, é o que é... ;)
EliminarBeijocas
Lamentável e chocante o que nos contas.! Ser precisa uma inscrição prévia com 20 dias de antecedência para um doente hospitalar poder exercer o seu direito de votar, é no mínimo caricato! Como se as pessoas adivinhassem quando iriam adoecer.
ResponderEliminarFelizmente, desta vez vais poder introduzir o teu boletim de voto na ranhura...e eu também!! :))
Beijocas
Na altura também fiquei indignadíssima, JANITA, a pensar que aqueles senhores da CNE devem ter meio neurónio por cabeça. Depois fiquei na dúvida se a própria administração hospitalar não terá decidido por aí, para ter menos trabalho. Enfim, era urgente mudar este sistema... muito injusto para quem está hospitalizado.
EliminarBeijocas
Embora também me assalte a descrença, só motivos de força maior me impediriam de votar. :)
ResponderEliminarA descrença "ataca" a todos, LUISA, mas dentro do leque de candidatos há sempre algum menos mau... ;)
EliminarVotar voto sempre e de cada vez que o faço, faço-o cheio de dúvidas porque tendo a certeza em quem não quero votar tenho também sempre a incerteza em quem o deva fazer.
ResponderEliminarAcho que é tudo porque eu penso e pensando fico cheio de dúvidas antes de votar.
Depois de o fazer... nem te conto; é cada desilusão...
Beijokas com muitos sorrisos.
§-as (não) condições que referes, deveriam ser consideradas e resolvidas para que todos os que quisessem, pudessem votar. Achas que alguma vez isso acontecerá em Portugal?
Dúvidas temos todos,KOK, e desilusões também. Mas são preferíveis à indiferença pelo país. Digo eu... :)
EliminarBeijokas sorridentes!