A RTP voltou a exibir a série "Mulheres de Abril" esta semana, um pouco a desoras como vem sendo hábito nestas repetições. Como o programa "Inesquecível" do Júlio Isidro, inicialmente transmitido no canal Memória, agora a entrar-nos pela casa dentro lá para as duas e tal da matina. Mas adiante!
Não costumo seguir a ficção nacional, quer em telenovelas ou séries, por me parecer sempre a parente pobretona da brasileira: argumentos menos que medíocres, atores fracos (e mesmo que sejam bons, como dar credibilidade a papéis sem pés nem cabeça?) e erros crassos a vários níveis. Históricos e psicológicos, por exemplo, mas não só. Por isso, quando surge uma série que se destaca pela sua qualidade e rigor, não posso deixar de elogiar. Como é o caso destas "Mulheres de Abril", que tive o prazer de rever agora.
Mais do que da revolução, a série é uma espécie de memória do papel da mulher desde os anos 20 do século passado até aos nossos dias. A ação decorre durante um jantar de aniversário, onde só estão mulheres (de várias gerações), que em conversa amigável relatam alguns episódios marcantes vivenciados no passado. E visto assim em perspetiva, o progresso é enorme...
BOM FERIADO
e
BOM FIM DE SEMANA!
§ - note-se que a ficção brasileira não é perfeita, também tem telenovelas e séries beruchas. Mas não é em vão que lá se dá destaque ao líder do grupo de argumentistas (normalmente constituído por uma boa meia dúzia de escrevinhadores, no mínimo); cá, tenho reparado que muito do que se faz pretende ser "ideia original" de José Eduardo Moniz - que, obviamente, nunca deve ter escrito uma linha para qualquer dessas ficções televisivas!
Teté deixo um beijinho neste dia dos cravos vermelhos
ResponderEliminarque o espírito de Abril nunca seja esquecido nem pelas mulheres nem pelos homens
Angela
Exatamente, ANGELA! Mas no caso da série eram só mulheres, daí dar mais destaque ao muito que, apesar de tudo, beneficiaram com o 25 de abril... :)
EliminarO espírito de Abril está em todos nós, mas é preciso fazê-lo sair cá para fora !
ResponderEliminarConcordo, RICARDO, embora algumas pessoas mais saudosistas (digamos assim) passem a vida a reclamar que nada é como nos "bons velhos tempos"... ;)
EliminarNesse horário dificilmente conseguiria ver a série. O João Pestana é, para mim, um censor terrível. :)
ResponderEliminarO bom é que hoje em dia podes ver os programas a qualquer hora durante uma semana, LUISA, não estava a sugerir que ficasses a pé até de madrugada... :)
EliminarOs horários , realmente...mesmo para quem já não está no activo nem dorme muito são um problema
ResponderEliminarBeijufas e bom domingo, sem chuva
Verdade, SÃO! Porque ninguém no seu juízo perfeito fica a ver televisão até às 3 da matina ou mais, a não ser que tenha uma grande insónia... ;)
EliminarBeijocas e o domingo, mesmo chuvoso, correu muito bem!
Está a passar aos domingos à noite aqui em Macau
ResponderEliminarBeijocas, boa semana
Aproveite e não perca, PEDRO! :)
EliminarBeijocas e boa semana!
Gostei imenso desta série que vi ano passado na RTP 2 ( a horas decentes) e até escrevi um post sobre ela.
ResponderEliminarBeijinhos
Tenho impressão que da primeira vez não vi todos os episódios, CARLOS, mas desta não perdi um... :)
EliminarBeijocas
Esta série foi mais uma boa aposta da RTP. O que pode-se dizer que eles quando querem sabem-no fazer! ;)
ResponderEliminarGostei das personagens e das diferentes histórias. Foi uma série muito educativa.
Beijinhos
Mais de que educativa, TONS DE AZUL, acho que foi dando ideia da evolução da sociedade, primeiro a nível rural, mais tarde a nível urbano. Porque é muito fácil cantar de galo, mas facto é houve épocas em que a mulher não podia sequer abrir a boca, mesmo que os maridos não fossem como esses homens violentos que matam as esposas por dá cá aquela palha. Esses ainda não perceberam que os tempos mudaram, definitivamente! ;)
EliminarBeijocas
Há profusão de "avisos" antecipados quando é para anunciar um jogo de futebol, uma nova novela ou série que às vezes nem portuguesa é, programas esses que são transmitidos em "horário nobre" (óbalhamedeus que fiquei sabendo que os horários são monárquicos). Programas educativos, cujo conteúdo histórico não pode ser negado nem ignorado, tem um tratamento diferente, é transmitido à socapa (é impressão minha ou está tudo envergonhado lá para os lados dos responsáveis pelos programas?), e no dia seguinte parecem ficar todos aliviados, do tipo: já passou!!!
ResponderEliminarParece que a cada ano que passa os "engulhos" crescem como cogumelos em campos húmidos. A história não pode ser escondida nem camuflada; tem que ser aprendida em toda a sua extensão, e todos os seus factos, todos mesmo. Só assim saberemos quem e para onde vamos. Como somos já é outro capítulo.
Kredo, Teté, hoje estiquei-me. Akabo com beijokas e sorrisos floridos ;))
Pior ainda é quando dão notícia de uma nova série que nos interessa, KOK, no caso Poirot, está claro, com uma enorme antecedência e depois... népias. Raio de responsáveis da treta. E quanto ao programa do Júlio Isidro acho uma idiotice passar tão tarde,porque já deu na RTP Memória: cá por mim até me esqueço que esse canal existe. E algumas das entrevistas até são bem interessantes, relembrando episódios de profissionais de vários ramos. Mas enfim, é a TV que temos... :P
EliminarEstica-te à vontade! :D
Beijocas sorridentes!