sábado, 23 de junho de 2007

O PARTE-PLACAS

Um indivíduo não concordou com a toponímia dada à praceta onde habitava. Vai daí, numa das primeiras reuniões de condóminos, tentou instigar todos os restantes a partir a respectiva placa identificativa.
A justificação é que devia ser um comunista qualquer, dado a Câmara da Amadora da época ser liderada por esse partido, postura política com a qual não se identificava. Valeu-lhe a temperança dos vizinhos, que não concordaram com a “iniciativa”. E ele, sozinho, não se atreveu, ganhou a alcunha do “parte-placas”, que todos os que viveram, vivem ou vão viver naquele prédio não vão esquecer.
E já agora, querem saber o nome do tal “comunistóide” que o fulano não conhecia, nem engraçou com o nome? Mário Henrique Leiria. Cujos “Contos do Gin-Tonic” foram reeditados recentemente. Mais surrealista do que comunista, mas muito divertido para quem gosta do género...

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