quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A REDE SOCIAL

Não foi um grande entusiasmo que me motivou a ver este filme, mas apenas mera curiosidade. Além de alguma controvérsia que certamente vai gerar - a história é real ou fictícia? E a resposta é NIM, ou seja, nem uma coisa nem outra! Baseado no livro do jornalista Ben Mezrich "The Accidental Bilionaires - The Founding of Facebook, a Tale of Sex, Money, Genius and Betrayal", adaptado ao cinema por Aaron Sorkin, "The Social Network" (no título original) foi realizado por David Fincher.
Mark, um jovem caloiro de Harvard, gaba-se do seu talento informático e inteligência a Erica, mas isso não a impede de terminar o namoro. Nessa noite o rapaz embebeda-se e escreve no seu blogue que ela é uma cabra, enquanto inventa uma espécie de jogo (Facemash) que envia a alguns colegas, para escolher a rapariga mais sensual entre fotografias verdadeiras retiradas de várias bases de dados universitárias. O que imediatamente se transforma num enorme sucesso entre os estudantes e congestiona a rede ao ponto desta cair (ou crashar). A faculdade castiga o aluno, mas as raparigas também o excluem de qualquer convivência. Como se não bastasse, o seu melhor amigo, Eduardo, recebe um convite para se juntar a uma irmandade elitista, o que ele também muito ambicionava. Quase simultaneamente, três membros de outra comunidade de elite (muito apreciadas nos States) convidam-no  para programar um projecto de comunicação que têm em mente - Harvard Connection. Aceita, o que afirma ser fácil, mas durante cerca de dois meses protela a sua execução. Até que estes se confrontam com The Facebook, com uma série de adeptos ao fim de poucas horas, constando como fundadores os nomes de Mark, Eduardo e dois outros rapazes. Entretanto, o jovem empresário falido Sean Parker combina um encontro com os dois estudantes e fornece-lhes algumas ideias para se expandirem. Mas enquanto Mark as aceita incondicionalmente, Eduardo desconfia da fama do empresário boémio, envolvido com drogas, o que provoca o princípio do desentendimento dos dois amigos. O resultado final  da rede social é sobejamente conhecido, mas o argumento incide primordialmente nos processos judiciais a que deu azo. Como é notório: 


Gostei, mas dificilmente será um dos filmes da vida de alguém! Nem de Mark, "retratado" aqui como um nerd pouco vocacionado para relações sociais, cuja ambição desmesurada - não especificamente por dinheiro, mas pelo reconhecimento da sua genialidade - o leva a trair o próprio amigo... (o spoiler entre a ficção e a realidade ficará para depois, que não vos quero estragar o prazer de ir ao cinema...)
Apesar de pouco conhecidos, Jesse Eisenberg e Andrew Garfield (um gato, mesmo!) interpretam os principais papéis segura e credivelmente, enquanto Justin Timberlake, num papel secundário, recebe mais louros. É a vida!

Não se fazem 500 milhões de amigos sem se encontrarem alguns inimigos? 
(Hummm... para que é que alguém precisa de 500 milhões de amigos? Na verdade, nem um nem outro têm... mesmo tendo em conta que ambos estão lá desde os primórdios!!!)

ADENDA COM SPOILER:
Resumindo: o filme parte de alguns factos reais - Mark Zuckerberg, Eduardo Saverin e dois outros colegas fundaram o Facebook no começo de 2004, sendo que a idealização informática coube essencialmente a Mark e a Eduardo o financiamento inicial; os gémeos Cameron e Tyler Winklevoss e Divya Narendra convidaram Mark para um projecto idêntico, mas que se confinava às paredes de Harvard; tanto estes últimos como Eduardo processaram posteriormente Mark em tribunal, mas ambos os processos foram decididos extra-judicialmente, com o pagamento de avultadas indemnizações; Sean Parker foi afastado da função de presidente do Facebook, após ter sido preso pela posse de cocaína. Tudo o resto é mais ou menos ficção, para manter o interesse do público! 

Imagem de cena do filme da net.

12 comentários:

  1. é uma aposta de marketing, visto que o facebook é a coisa mais importante na vida de muita gente...

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  2. Comprei ontem à noite e devo ver hoje. Não estava nada para aí virado mas já várias pessoas me disseram que até é bonzinho de se ver...

    Não sei se vou achar muita piada já que não dou grande importância ao facebook. A ver vamos...

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  3. No meu tempo (cof...cof...)era bem mais fácil. Organizavam-se festas de garagem para engatar miúdas e um ou dois inimigozitos. x)

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  4. Qualquer dia consegues fazer com que eu volte a ser viciado em filmes.
    Beijinho Tété

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  5. Que visão horrorosa: 500 milhões de amigos!!!

    Nas salas de cinema daqui também anda esse filme com grande sucesso, mas eu sei, que não é filme para mim.

    Amanhã, penso ir ao cinema, mas para ver um outro filme.

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  6. Eu acho é que há muita gente sem vida, VÍCIO... ;x

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  7. Curioso que tinha a a mesma ideia, FAUSTO, mas o filme até se vê vem, embora de início tenha lá umas partes mais chatinhas... ~xo

    Mas recupera e ganha ritmo! Fico curiosa de saber a tua opinião... :)

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  8. Eheheh, quem te oiça, PAULOFSKI, deve achar que usas bengala! =))

    Mas duvido que este rapaz, numa festa de garagem em que fosse o único gajo presente, conseguisse engatar alguma miúda! É culto e inteligente, mas ao mesmo tempo tem uma disfunção emocional qualquer! Um autêntico anti-herói, arrogante e gabarola ainda por cima! :-t

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  9. Aqui a única cinéfila viciada sou eu, KIM! :D

    Beijocas!

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  10. É, também tenho impressão que não é filme para ti, EMATEJOCA! ;)

    500 milhões de amigos não é uma visão horrorosa, é a total falta dela: quem "tem" 500 milhões de amigos, não tem nenhum!!! :))

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  11. realmente não me despertou grande interesse. não quer dizer que não acabe por ir ver mas não com grande entusiasmo.

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  12. É, foi o que me aconteceu, mas até gostei do filme, MOYLITO! Não o acho nenhuma obra-prima, como até já vi escrito por aí, mas vê-se bem... :D

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Sorri! Estás a ser filmad@ e lid@ atentamente... :)