sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

A ÁRVORE DAS ROLHAS

Confesso que não tenho jeito nenhum para trabalhos manuais, disciplina que em tempos idos me dava "água pela barba" só para ter a nota mínima. Mas para provar que na minha família há quem tenha essa habilidade natural, fica aqui uma árvore de Natal montada  com cento e tal rolhas, que demoraram dois anos a coleccionar. A ideia não é original (suponho que foi tirada de uma revista), mas a realização é da minha mana, que também faz tricot e ponto cruz, quando está para aí virada. E não é a única, que a minha cunhada também é adepta do ponto cruz, embora nos últimos tempos se tenha dedicado mais à ourivesaria. Resumindo, aqui a única "ovelha ronhosa" sou só eu, mas não posso dizer que tenho pena, porque aproveito os meus tempos livres para ler, coisa que elas fazem pouco ou (quase) nada... Cada uma com os seus hobbies, não é verdade?

Claro que em vésperas de consoada, a árvore das rolhas serve também uma segunda finalidade: a de desejar a todos um...

F E L I Z   N A T A L!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

O ÚLTIMO ADEUS

Pelo relvado e restante enquadramento dá para ver que este livro não foi lido recentemente, mas nas férias de verão. Como era para ser discutido em sede de Clube de Leitura, como realmente aconteceu em Outubro, fiquei a aguardar a opinião das minhas parceiras, para não vos levar ao engano com o meu arrebatamento por Kate Morton.

Tanto tempo volvido sobre a leitura e a discussão, obviamente falham-me alguns pormenores, mas não serão certamente os mais relevantes. Tal como é costume da escritora, o livro está dividido em capítulos, mais ou menos intercalados, de 3 épocas diferentes: uma primeira à roda de 1911/1914: uma segunda no Verão de 1933; e a terceira e última em 2003, quase sempre entre a Cornualha e Londres.

Portanto, pode dizer-se que não existe uma mas duas tramas, que estão interligadas, constituindo aquela primeira parte uma espécie de explicação do que está para vir. Assim, é durante a festa do solstício de Verão de 1933, que a família Edevane costuma dar na sua casa de Loeanneth, na Cornualha, que o inesperado acontece - o filho mais novo do casal, Theo, de apenas onze meses, é raptado; algumas horas depois é encontrado o corpo de Llewellyn, um velho amigo da família e que com eles reside, sem que se percebam os motivos que levaram à sua morte.

Setenta anos volvidos, Sadie Sparrow, investigadora da Scotland Yard, visita o seu avô Bertie na Cornualha, quando é afastada de um caso que tinha em mãos e, por acaso, dá com a velha e desabitada casa de Loeanneth, e rapidamente se interessa sobre o que outrora lá se passou. Ao pôr-se  em campo, parece-lhe urgente entrar em contacto com os elementos da família que ainda estão vivos: Alice  e Deborah, duas das três irmãs mais velhas do rapazinho desaparecido. E a investigação começa...

Todas as participantes do Clube de Leitura gostaram deste romance cheio de segredos e mistérios, embora a algumas tenha desagradado a "conveniente" coincidência final. Nem por isso deixa de ser uma daquelas escritoras que nos "agarra" da primeira à última página. E atenção que aqui são 615!

Citações:
"Dou por mim a discutir com a televisão. Pior, tenho a forte desconfiança de que estou a perder."

"Em tempos,o pai dissera-lhe que os pobres podiam sofrer de pobreza, mas os ricos tinham de se debater com a inutilidade e não havia nada pior que o ócio para corroer a alma de uma pessoa."

"Estar debaixo de um tecto, com a esperança de estar quente e seca dentro em breve, enquanto a chuva caía lá fora, era uma esplêndida e simples felicidade."


*******
A próxima reunião ainda não tem data propriamente marcada, mas será em Janeiro, com o livro "Uma questão de classe", de Joanne Harris.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

ADIANTADA...

... só na árvore, que já está pronta e bem iluminada, que no ano passado duas séries de luzes fundiram e ela, coitada, iniciou 2016 meio ao lusco-fusco...

De resto ainda me faltam muitas compras para fazer, que ao contrário do que tem acontecido em anos anteriores - que começo a ver prendinhas em julho (de férias, portanto) - ficou tudo para a última hora!

Mas pronto já se sabe que estes preparativos são como como diz o provérbio, "grão a grão...", sendo que a galinha sou eu. Sem desmerecer de outras galinhas e galos, evidentemente (entendidos, KOK?).

Daí uma menor assiduidade aqui e nos vossos cantinhos, pedindo desculpa pelo facto, mas para a semana conto recuperar a dinâmica do costume. Inté!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

TRADIÇÕES VALENCIANAS

Se há tradição tipicamente espanhola, a hora da siesta é uma delas. O comércio de Valência segue-a à risca, portanto se vai para compras tenha atenção que as lojas estão quase todas fechadas entre a uma e as quatro da tarde - exceção seja feita a centros comerciais, à maioria dos restaurantes e cafés e ao mercado  central, que merece uma visitinha (entre as 7 da manhã e as 3 da tarde):

Os azulejos exteriores, os vitrais, as inesperadas cúpulas, a par da exposição dos diversos produtos tornam este mercado bastante diferente dos nossos.

Nesta zona antiga da cidade podemos encontrar bastantes igrejas, palacetes e grandes edifícios, nem todos vocacionados para cultos religiosos, mas também para funcionamento de repartições oficiais ou organismos autárquicos, bancos, etc. 

A Bolsa da Seda deve ser dos mais visitados, até pelo preço simbólico das entradas: 2 euros. Não é que tenha muito para ver, um jardim com laranjeiras e um lago em forma de estrela, uns claustros e uns vitrais, um vídeo sobre a arquitetura do local e pouco mais.

Já a catedral, cuja entrada custa 6 euros, vale bem a pena, pelo menos para quem aprecia visitar igrejas...  

Diz que tem uma vista sobre a cidade fabulosa, para quem se dispuser a subir os 207 degraus que levam ao seu topo, mas não posso garantir, que nós passámos!

É também nesta zona antiga da cidade que os espanhóis comemoram a festa mais tradicional de Valência, las fallas (lê-se falhas), no dia de S. José, a 19 de Março. Segundo aqueles que já assistiram a estas festas, é assim uma espécie de Carnaval, com queima de bonecos simbólicos e atraem milhares de turistas, de toda a Espanha como de todos os lados. 

A gastronomia espanhola é sobejamente conhecida e elogiada no mundo inteiro, mas, talvez devido aos 18 mil maratonistas e respectivos familiares e amigos que "invadiram" a cidade neste fim de semana, tivemos alguma dificuldade em encontrar restaurantes de jeito: uma excelente pizza num italiano e este delicioso gelado (na plaza de la Reina, mesmo à saída da catedral abundam as gelatarias) foi o melhor que comi. Já a horchata, a bebida típica de Valência - à base de água, açúcar e um tubérculo local - é uma zurrapa que não aconselho a ninguém!

Ainda na plaza de la Reina aproveitámos para alugar uma charrete para dar um passeio por esta zona da cidade (e não só), de ruas estreitas e pouco ensolaradas, onde proliferam os graffitis, mas também o repenicar dos sinos nas horas, as bicas que certamente noutros tempos matavam a sede aos valencianos, candeeiros de todas as formas e feitios e as lojas de recuerdos.

*******

*******

*******

Os 40 euros por 45 minutos de passeio de charrete valeram bem a pena e ainda deu para descansar um pouco as pernas das caminhadas mais ou menos longas. Isto porque a rede de transportes públicos não é cara (pelo menos se comprarmos o passe de 3 dias, que custou menos de 12 euros para metro e autocarro, sendo que 2 eram do cartão recarregável), mas o metro não fica muito perto das zonas turísticas da cidade e não conhecíamos bem os percursos das diferentes carreiras de autocarros.

Mesmo assim, não deixámos de dar uma saltadinha à praia, mas naquele fim de tarde a temperatura estava a descer a pique, bem como o céu a enevoar, de modo que nos ficámos pelas vistas, não pusemos o pé no areal.

Se não tirámos uma foto do cimo da catedral, não nos esquecemos de captar uma da vista do hotel, que sempre dá uma ideia sobre a cidade.

Last but not least, o dia da maratona foi uma autêntica festa na cidade, com a música a tocar por toda a parte desde manhã cedo, os valencianos todos na rua a apoiar os atletas - mascarados, a aplaudir e incentivar alegremente, os transportes parados nas zonas do percurso, em suma, uma grande confusão. E eu, que detesto e fujo de multidões, até achei piada àquela alegria tão genuína e contagiante...


TENHAM UM EXCELENTE FIM DE SEMANA!

terça-feira, 29 de novembro de 2016

10 ANOS DEPOIS...

Para quem seja atento aos pormenores,o primeiro post deste blogue foi publicado precisamente há 10 anos. Embora, verdade seja dita, só cerca de seis meses depois fiz desta casa o meu poiso habitual, após uma malograda incursão noutros círculos blogosféricos. E desde aí não abandonei, apesar de atualmente estar bastante menos "escrevinhadeira". 

Curioso é que amigos desses primórdios são poucos os que ainda estão no ativo: o Rafeiro Perfumado, a Tons de azul e a Ematejoca são as honrosas exceções à regra. Mas outros vieram, enquanto alguns partiram, que a blogosfera é como a vida, sempre composta de mudança. 

Contudo, é a todos, do mais antigo ao mais recente bloguista, que tenho de agradecer a amizade e o carinho que têm vindo a demonstrar ao longo de todos estes anos pelo meu cantinho e por mim, numa troca de ideias e de opiniões constante, que é o torna a blogosfera um espaço tão interessante - sem esta interatividade e aprendizagem, qual era a graça?

Ao comemorar a década não queria deixar de fazer este agradecimento, porque é graças a TODOS vós que o Quiproquó ainda se mantém em "cartaz".

OBRIGADA E BEM HAJAM!

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

VALÊNCIA, CIDADE MODERNA

Se tivesse de explicar em meia dúzia de linhas as minhas impressões sobre Valência, diria o seguinte: uma cidade onde igrejas e monumentos seculares convivem com edifícios e estruturas bastante mais modernas, atravessada por um imenso jardim que já foi rio, "desaguando" em praias mediterrânicas de clima ameno durante todo o ano. A luminosidade que paira no ar, o arvoredo a perder de vista, a grandiosidade dos palácios, tudo contribui para tornar Valência numa cidade muito interessante, que merece ser visitada.

Antigamente o rio Túria atravessava toda a cidade mas, em 1957, as suas águas inundaram Valência, provocando dezenas de mortos, o que determinou a decisão de desviar o curso do rio, de modo a prevenir futuras catástrofes. O espaço foi desde então convertido numa zona lúdico-cultural, onde se conjugam jardins, campos e equipamentos desportivos, salas de exposições e auditórios, bem como as antigas pontes que ligavam as duas margens. Os denominados jardins do Túria terminam sensivelmente na zona mais moderna da cidade, a Cidade das Artes e das Ciências.

O complexo de edifícios que constituem esta "Cidade" foi desenhado pelos arquitetos Santiago Calatrava e Félix Candela e incluem Ópera, salas de cinema, o museu das Ciências, o Oceanário e um pavilhão denominado Agora, onde já decorreram alguns eventos de ténis. A maratona de 2016 começou e acabou na zona exterior do museu das Ciências.

*******

*******

*******

 *******

Muito mais haveria a mostrar sobre esta zona mais moderna da cidade, caso tivesse fotografado exaustivamente cada um destes autênticos monumentos, o que desta vez não foi o caso. Muita gente -só neste dia vi 3 casórios no local - e um plano que, tendo agendados alguns compromissos, não deu azo a visitas mais demoradas.

Sobre Valência, cidade histórica e tradicional, a par de algumas outras curiosidades, escreverei numa próxima oportunidade. Mas que valeu muito a pena, lá isso...

BOM FIM DE SEMANA!

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

REALIZAR UM SONHO...

O sonho era do maridão e já contava alguns anos: correr uma maratona! Inicialmente, a corrida surgiu mais ou menos como escape e pela necessidade de fazer algum exercício, já que as modalidades anteriormente praticadas tinham horários quase incompatíveis com  os de trabalho. Dizem os entendidos, que os desportistas precisam de exercício para melhorar o seu estado de espírito. Acredito que tenham razão, se bem que como não-desportista me limite a reproduzir o que oiço  por aí...

Mas voltando ao sonho já antigo, por muitas e variadas razões ele foi sendo adiado. Até que há coisa de um ano e tal o maridão resolveu inscrever-se num grupo desportivo: além de treinos mais programados, existe toda uma equipa que acompanha eventuais problemas de lesões, da massagem à fisioterapia, passando até por exames médicos e nutricionismo. Para lá do grupo de outros maduros (e maduras!) que treina afincadamente e com perseverança, com a mesma finalidade. Foi sem dúvida um grande incentivo.

Assim, talvez há uns 6 meses, o maridão avisou-me que estava a ponderar realizar a sua primeira maratona no dia 20 de Novembro, em Valência. Se queria ir com ele? Não, não estava particularmente interessada, se ele ia correr, o que é que eu fazia? Vai daí, o filhote meteu-se ao barulho: "Disparate, não conheces Valência, vais conhecer. Se quiserem vou com vocês." Claro que aí o caso mudou de figura e decidimos ir os três. Não me arrependi!

Bom, sobre Valência escreverei outro dia - e até há bastante para escrevinhar (vou ter de usar o meu parco poder de síntese) - porque hoje só quero referir o orgulho que senti com a realização do sonho do maridão. Ele acabou a prova em 3 horas e 56 minutos, o que não é nada mau para um novato de 61 anos (ficou mais ou menos a meio do seu escalão). Mas mesmo que não tivesse acabado, sentia esse mesmo orgulho. dada a força de vontade e persistência dos cerca de 4 de meses de treino intensivo, independentemente das circunstâncias atmosféricas ou outras. Há alguma coisa mais importante na vida do que tentar realizar os nossos sonhos?

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

PASSEIO DE OUTONO

O outono é uma estação tão boa como outra qualquer para passear. E é isso mesmo que vou fazer por estes dias, portanto escusam de ficar condoídos ou a imaginar doenças estranhas. No regresso contarei  todas as novidades dignas de nota...

Até lá,fiquem com Eric Clapton:


E FIQUEM BEM, CLARO!

domingo, 13 de novembro de 2016

O MAGUSTO QUASE IMPOSSÍVEL

Depois de uma semana absolutamente estranha - a inesperada eleição presidencial de Trump,  a entrega às autoridades de Pedro Dias (depois de 28 dias a "monte" entre Arouca e Aguiar da Beira) e a morte de Leonard Cohen (de quem nunca fui especialmente fã, mas alguns amigos chegados eram e ficaram tristíssimos - o facebook encheu-se de lugares comuns e R.I.Ps. sobre os 3 casos. Não há paciência para esta carneirada...

Mas a algumas conclusões também cheguei: o mundo tornou-se um lugar ainda mais perigoso; apesar das incongruências do suspeito agora preso, a história da morte dos GNR ainda está mal explicada; por muito que custe, os ídolos da música também morrem, vale que a sua obra fica!

Foi com este espírito um pouco triste e irritado, que sexta-feira resolvemos festejar o magusto, com umas castanhinhas e uma jeropiga. Qual não foi o nosso espanto quando andámos seca e meca para encontrar a garrafa de jeropiga - os supermercados de bairro e do "povo" aqui da zona, em cujas prateleiras não faltam garrafas de Moet et Chandon ou de whiskys velhos carrérrimos, não tinham nem uma garrafinha da popular jeropiga para amostra. Onde encontrei? Numa garrafeira do comércio tradicional. E a essa hei de voltar, pois tem um serviço que os ditos supermercados não têm  - aconselhamento pessoal sobre os produtos comercializados.

BOM DOMINGO e BOA SEMANA!
(pelo menos, com menos"irritações"...)

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

O HOMEM QUE MATOU GETÚLIO VARGAS

Como certamente muitos saberão, Getúlio Vargas suicidou-se a 24 de Agosto de 1954, pelo que esta prosa da lavra do sempre inspiradíssimo Jô Soares é meramente ficcional. Num enredo surrealista, onde se cruzam algumas das grandes personagens do século XX, tal como Mata Hari ou Madame Curie, Al Capone ou Franklin Delano Roosevelt.

Mas não se pense que elas são as protagonistas destas 250 páginas, cabendo tal papel ao anónimo Dimitri Borja Korozec, cuja vida seguimos desde a tenra infância até aos seus pouco maduros 57 anos - com alguns interregnos pelo meio, é certo. Filho de um anarquista sérvio e de uma artista de circo brasileira (irmã bastarda de Getúlio Vargas), cedo o rapaz segue o exemplo paterno e ingressa numa escola de assassinos jugoslava. Aí ensinam-lhe a manejar armas, bem como estratégia e tática, o que é imprescindível para alguém que está decidido a livrar o mundo de todos os tiranos. 

Infelizmente, nem tudo ocorre conforme os planos de Dimitri e outros assassinos adiantam-se aos seus esquemas tão minuciosamente engendrados. Estranhamente, sem dar pelo facto, também ele tem um assassino na sua cola, o anão Motilah Bakash, o último sobrevivente de uma seita cigana asiática. Para grande sorte do anarquista, o anão é um pouco precipitado nas suas investidas...

Muito bom. para os que apreciam o non-sense bem-humorado do !

Citações: 

"- Não percebes?! - retrucou, furioso, Bouchedefeu. - Este conforto higiénico leva à ociosidade e à decadência. Para mim, o bidé foi o grande responsável pela Revolução Francesa, e, depois, pelo declínio dessa mesma revolução. O próprio Marat morreu apunhalado no bidé."

"Certamente não a quero como cúmplice e entendo que a sua formação religiosa condene a violência, entretanto gostaria de fazê-la entender que a minha vida é dedicada à destruição da tirania, custe o que custar."

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

PAREDES QUE "CANTAM"...

Passo naquele largo frequentemente, mas nunca nada me tinha chamado a atenção: um entre tantos do género no país. Desta vez foi diferente... e saí para fotografar:

xxx

xxx

Andava nestas andanças fotográficas, quando uma vizinha me avisou: "há outra lá em cima, que não se vê daqui. É o Zeca Afonso e para mim a melhor de todas."

E lá fui bairro acima, à procura da imagem que me faltava na coleção. Mas valeu a pena!

Bem sei que há quem não goste de graffitis - se bem que tenha alguma dificuldade em chamar graffiti a estes  retratos - mas pessoalmente considero que embelezam em muito as ruas das nossas cidades. Como estes, no humilde bairro da Venda Nova, Amadora.

Obrigada,

BOM FIM DE SEMANA PARA TODOS!

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A MÃE BIOLÓGICA DE MARILYN

Em exibição no teatro Armando Cortez até ao próximo dia 20 de Novembro, o programa desta peça reza o seguinte: 
"Marilyn Monroe chega uma noite a Gainsville, na Flórida, à casa onde a sua mãe biológica, Gladys Baker, uma mulher mentalmente enferma, vive na companhia de uma cuidadora, a jovem Lydia Martinez.
Estamos no Verão de 1962, pouco antes da morte da diva do cinema.
O jogo das identidades entre estas três mulheres deflagra diante de nós e descobrimo-nos a testemunhar um evento cénico que nos seduz num crescendo emocionante de enigmas que aguardam resolução.
E se a morte de Marilyn estivesse relacionada com o assassinato do Presidente John Kennedy?
E se a mãe de Marilyn Monroe não fosse a verdadeira mãe da diva do cinema?
E se o que você estivesse a ver não fosse exatamente o que parece ser...?"

Curiosos? Então calcem as vossas tamanquinhas e rumem ao teatro, que é sempre uma excelente sugestão para assistir a um espetáculo diferente - no caso, de 5ª a Sábado, às 21h30m, ou ao Domingo, às 18h. Vão ver que não se arrependem...

Paulo Sousa Costa encena a peça escrita por Armando Nascimento Rosa e interpretada por Maria Emília Correia, Núria Madruga e Sara Salgado.

Imagem da net.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

MAIS NADA A ACRESCENTAR...

... a não ser os parabéns à Graça, por ter escolhido um local tão aprazível para o almoço - pela comida saborosa, pela excelente vista para o mar e o farol, pelas próprias instalações apropriadas ao convívio  - e um grande obrigada ao Ricardo, pela enorme trabalheira de reunir todas as fotos para que todos as possam ver e/ou copiar as que (lhes) interessam.

Isto porque obviamente já (quase) todos os convivas escreveram as suas impressões sobre o 4º encontro de bloggers (a Graça, a Redonda, a Joana, a Manu, o Kok, o Rui , o as-Nunes e não sei se mais alguém...) e aqui não se pretende matar ninguém de tédio...

Escusado será dizer que gostei de rever quem conhecia e de conhecer quem desconhecia. Haja saúde e alegria, que para o ano há mais! Desta vez em Braga.

domingo, 23 de outubro de 2016

É HOJE!

A previsão meteorológica não é animadora, prometendo céu muito nublado, aguaceiros e descida de temperatura, mas na verdade isso pouco interessa para a realização do almoço-convívio, que terá lugar hoje, em São Pedro de Moel. E se bem que seja desejável uma refeição saborosa, variada e para todos os gostos, esse também não será o objectivo principal deste 4º encontro. Imprescindível, isso sim, será a alegria e boa disposição de todos os participantes, que, pessoalmente, já arrumei na bagagem...

Os que vivem longe e que por isso não poderão participar certamente serão lembrados com carinho, bem como todos aqueles que por razões mais ou menos imponderáveis se viram impedidos de se juntar à festa. Quem sabe se numa próxima oportunidade?

BOM DOMINGO PARA TODOS!
(e inté... para aqueles que conto abraçar ainda hoje!)

terça-feira, 18 de outubro de 2016

O VOO DAS ÁGUIAS

"Esta é uma história verdadeira sobre um grupo de pessoas que, acusadas de crimes que não cometeram, decidiram fazer justiça pelas próprias mãos", elucida o primeiro parágrafo do prefácio.

A história decorre no Irão, durante um curto período de tempo - de 5 de dezembro de 1978 a 17 de fevereiro de 1979 - que, no entanto, deve ter parecido muito longo para as personagens envolvidas. Viviam-se então os dias que antecederam a revolução iraniana e os primórdios da mesma, com toda a instabilidade que qualquer revolução acarreta - manifestações de rua, jovens armados com armas que não sabem usar, assaltos, piquetes e por aí adiante.

A EDS, uma empresa norte-americana de sistemas de processamento de dados encontrava-se representada em Teerão, trabalhando directamente com o governo iraniano. Contudo, este deixa de pagar os serviços que lhe são prestados e a empresa admite a hipótese de retirar o seu pessoal do país. Mas a decisão final levou o seu tempo a tomar e dois dos principais executivos da sucursal são presos. Sem qualquer acusação formal, apenas umas vagas (e infundadas) suspeitas de corrupção - com o país em constante agitação, governos a caírem e ex-ministros  a serem igualmente presos, vale tudo. E para os tirar de lá? Ou à força ou pagando uma exorbitante fiança de 13 milhões de dólares (sem que com isso os dois homens pudessem abandonar o país). Vai daí que Ross Perot, o fundador e presidente da EDS, tivesse reunido um pequeno grupo de voluntários entre os seus colaboradores em Teerão, liderados por um oficial de elite na reforma, no intuito de salvar a vida dos dois executivos.

Grosso modo, é esta a história que Ken Follett escreveu em 1983, relatando as aventuras e desventuras desta fuga rocambolesca nestas 480 páginas. Acontece que a grande vantagem da ficção sobre a vida real é precisamente poder moderar os percalços, sem os tornar repetitivos: ali há um magote de estudantes armados, lá adiante uma tribo pouco amistosa, na fronteira um grupo de contrabandistas. E chega! E a meio caminho um furo no pneu também é suficiente. Aqui, perdi a conta aos encontros com iranianos pouco amistosos (que também os há, note-se, alguns ajudando até na fuga) e só furos nos pneus são uns 4 ou 5. Resumindo: o livro é interessante, mas aqui e ali um pouco maçador. Mas enfim, foi o próprio Ross Perot que pediu a Follett que o escrevesse e, se este o fez, é porque achou que tinha pernas para andar...

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

A ACADEMIA ENSANDECEU?

A Academia Sueca anunciou hoje o Nobel da Literatura 2016: nada mais nada menos que o músico, compositor, pintor, ator e escritor norte-americano, Bob Dylan. OK, goste-se ou não, certo é que a sua música marcou toda uma geração. Mas daí a Nobel da Literatura, não vai uma grande diferença?

Devo dizer que nunca li nenhum livro dele. Nem sei se o escreveu. Poemas serão os das suas músicas (e as de outros), diga-se em abono da verdade bem melhores que a sua voz de cana rachada. Mas até pela multiplicidade de profissões que exerceu, não será notório que a sua dedicação à literatura é relativa? Com tantos e excelentes escritores a dedicarem-se inteiramente à nobre arte, no mínimo parece-me uma brincadeira de mau gosto. Aliás, a Academia Sueca só parece ter aversão aos escritores que são do agrado do grande público, porque passa de escritores e poetas praticamente desconhecidos, para um ídolo da música dos anos 60 do século passado.

António Zambujo é que deve estar satisfeito: quem sabe se daqui a 40 anos não é ele o premiado?

Deixo "Blowin in the wind", agora elevado a obra-prima - atenção, eu gosto da música, mas também gosto de outras que mereciam igual distinção, mas em prémios musicais...


Imagem da net.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

O BEBÉ DA BRIDGET

Não será remédio santo, mas ir ao cinema ver uma comédia costuma aliviar um pouco das rotinas enfadonhas do dia a dia. Também não será filme para escaqueirar a rir, afinal de contas aqueles dramas da Bridget, a braços com a solidão e um relógio biológico num permanente e audível tiquetaque, são mais comuns do que possam parecer à primeira vista e graça não têm nenhuma.

Mas no geral dispõe bem, que é o que se pede a estes filmes. Dispunha até ainda melhor, se não existissem desmancha-prazeres que têm blogues ou facebook para nos contarem o final de filmes e livros. Para essas tristes alminhas, um sonoro BAH! de repúdio e a promessa de não voltar a visitá-los...

Espreitem o trailer:


Mais que não fosse, valia sempre a pena, para ver este excelente naipe de atores em ação!

Imagem da net.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

VELEIROS NO TEJO...

Neste início de outono ainda sabe bem passear ao sol e observar as embarcações a navegar no Tejo, embora as noites já refresquem e sejam menos convidativas para a passeata.

Embarcações de todos os tamanhos e feitios, embora aqui se foquem apenas os veleiros...

A sério...

... ou de brincar - OK, aqui já não navegavam no Tejo, mas nas águas mais calmas da ribeira do Jamor. E assim se passa uma bela tarde de domingo, à beira-rio!

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

LIVROS DE SETEMBRO

Assim à primeira vista, podem parecer muitos livros, mas na verdade os cinco das Selecções do Readers Digest são condensados, quer isto dizer que têm apenas cerca de 120/130 páginas (excepção ao de Grisham, que tinha quase 160), digamos lhes cortam a "palha". Alguns poderão questionar-se porque é que alguém que gosta de ler pega nestes livros ditos "condensados". A explicação é simples: só li aqueles que são de escritores que aprecio bastante - no caso, John Grisham e Mary Higgins Clark - e porque, mesmo que queira, já não encontro estes títulos à venda. Em Portugal, talvez devido ao hábito de leitura não estar arreigado na população, é raro reeditarem livros que não sejam os grandes clássicos, e mesmo esses...

De qualquer das formas, também foi para aproveitar a estante que tinha ao dispor na casa onde passei férias, tanto que os li quase todos nessa semana. 

Sobre o livro de João Pinto Coelho já escrevi aqui, do último de Grisham não vou falar - embora seja interessante e tenha um fio condutor (o advogado) é quase um livro de contos, pois inclui seis casos diferentes.

Boa notícia foi a que a Redonda nos deu aqui, que relembro aos leitores de policiais mais distraídos:


BOM FIM DE SEMANA...
...e boas leituras!

terça-feira, 27 de setembro de 2016

OLHÓ PASSARINHO!

Como o prometido é devido, aqui fica um largo conjunto de pássaros que fotografei durante as férias no Algarve, na zona da lagoa dos Salgados e arredores (campo de golfe e relvados circundantes). Muito mais gratificante a segunda ronda em Setembro, do que primeira em de Julho.

O meu conhecimento sobre a passarada é limitado, pelo que vou apontar a identificação mais provável de cada um, mas sem certezas absolutas, pelo que estão à vontade para me corrigir, se for caso disso. Este suponho que é um melro fêmea.

Muito comum na lagoa, o galeirão tem aspecto e hábitos semelhantes aos patos, mas pertence a outra família. 

 O pato-real (fêmea) também é um residente habitual da lagoa.

Gaivotas também nunca faltam, evidentemente!

Possivelmente esta será uma garça-real, mas dado o mau posicionamento da câmara (e da ave) é difícil confirmar.

O guincho é uma ave da família das gaivotas.

Com a ajuda dos amigos do facebook consegui identificar esta ave, que mesmo sendo tão pequena tem uma quantidade de nomes porque é conhecida: alvéola, labandeira, lavadeira, lavandisca, lavandeira, alveliço, boieira e pastorinha. 

Esta creio ser indubitavelmente uma garça-branca-pequena, dada a coloração preta do bico e das patas.

No campo de golfe as garças-brancas-grandes também se passeiam. A diferença não está no tamanho, mas na coloração amarela de bicos e patas... acho!

Desta última visita o ibis-preto também estava amplamente representado, nunca o tinha avistado por aquelas paragens. E sim, já estive mais longe de aderir a um grupo de bird watching, pessoalmente conseguir ver e fotografar estas aves no seu habitat natural dá-me uma enorme satisfação...

Já agora, de toda esta passarada não consegui identificar o da primeira fotografia, se alguém souber agradeço a ajuda. Fica o desafio!