ANOS BISSEXTOS

Hoje é daqueles dias que só se repetem de 4 em 4 anos - 29 de Fevereiro!

Sabem porquê? Pois, o ano solar corresponde a cerca de 365 dias e seis horas, de modo que se torna necessário um ajustamento periódico no calendário. Por acaso, foi motivo de uma discussão familiar (amigável, note-se!) no dia 1 de Janeiro. Porque, na verdade, já ninguém se lembrava das regras que nos foram ensinadas em crianças. Depois de uma breve pesquisa internética (nem tudo é mau nesta terra e em 2008) chegou-se à seguinte conclusão:
"Um ano é bissexto, se múltiplo de 4. Se, simultaneamente, for múltiplo de 100, só o será se também for múltiplo de 400."
A matemática dá mais jeito do que parece...

Bom, mas continuando a falar do tempo, na blogosfera vai uma invernia pior do que a que se sente na rua, à noite ou de madrugada. Vaipes para cá e para lá, do fecha blog, amuos, só abertos a amigos, comentários moderados, etc. e tal? À conta de uns anónimos, que nem coragem têm de assinar o nome ou o nick, com comentários muitas vezes insultuosos? Apaguem, ignorem, desprezem!!! Se se deixarem seguir nessas ondas... pois, dos "fracos não reza a história"!
(sem ter nada a ver com quem está em "picos" de trabalho, certo?)

E claro, a Primavera também está quase a chegar, coloquei as florzinhas para relembrar (será que é desta que acerto?) E o fim de semana também! Que seja BOM para TODOS!

* foto da net

SERÁ VENENO?

Ná, não vou falar da Branca de Neve, nem da maçã envenenada pela bruxa madrasta.

O caso é que, na 6ª feira passada, aqui o filhote foi ao aniversário de um amigo. Aos 15, quase 16 anos, dá para proibir? Com jantar, seguido de discoteca (obviamente, pagos do bolso dele, com a sua mesada).

Depois de um susto, sem sabermos onde ele andava, a regra é ir buscá-lo. Às 4 e tal da matina, a distribuir amigos pelo caminho, ou não. Confiar nos outros pais? Nem por isso! Porque o cansaço bate a todos e também foi por aí que nos assustámos...

Já alguma vez referi aqui que as pessoas não devem beber bebidas alcoólicas, fumar, dançar, ou o que quer que seja??? Não, pois não?

Então o maridão apanhou os “putos” a estas horas tardias – não acompanhei, para não ocupar um lugar de boleia – só o filhote e o aniversariante voltaram para casa, com um bafo a álcool suficiente para empestar o carro. Mas nem era preciso adivinhar muito: as bocas de ambos vinham mascarradas de preto, num sorriso jeitoso! Mais ainda, para quem ostenta aparelho nos dentes...

Agora, só pergunto: será veneno?

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P A R A B É N S, JORGE!

DOENÇA CRÓNICA

A hipocondria, actualmente, atinge indivíduos de quase todas as gerações: “Ai que me dói o joelho, esta tosse de cão nunca mais passa, estas palpitações no coração não são normais, que raio de dor de cabeça que tenho hoje”, toca de ir ao hospital a correr, porque deve estar prestes a morrer. Desilusão! Depois de várias horas de espera, o médico só receitou uma pomadita para o reumático, um xarope para a tosse e umas aspirinas para a dor de cabeça, com um ar meio enfadado, que de palpitações não encontrou rasto. E o “paciente” vai afirmando a quem o queira ouvir, que ele não prestou muita atenção aos seus sintomas...

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Claro que à medida que a idade vai avançando alguns destes achaques passam a ser reais e lá é aconselhada uma medicação mais adequada. Mesmo assim, o verdadeiro hipocondríaco não fica especialmente satisfeito, porque não se sente com a sua plena capacidade (será que alguma vez sentiu?) Até encontrar um clone do Dr. House, que lhe diga cara a cara: “O que é que o senhor quer? Correr a maratona aos 80 anos, como se tivesse 20?” E como o fulano só tem 78 anos, ainda amua, porque o prosaico doutor o chamou de “velho”!

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Se repararem, os verdadeiros doentes não são particularmente queixosos, enquanto um hipocondríaco constipado geme como se estivesse nas vascas da agonia... Óbvio que é incómodo e desagradável, mas aturar a pormenorizada explicação de maleitas imaginárias, é dose cavalar!

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Envelhecer não custa! O que custa é saber viver, sem precisar de “muletas” para chamar a atenção...

(desconfio que a publicidade não é alheia à súbita proliferação desta doença)

O TIO ÓSCAR

A 80ª edição de entrega dos prémios de cinema de Hollywood decorreu sem grandes surpresas, segundo os críticos. Como não tive oportunidade de ver todos os filmes abstenho-me de comentar, mas é certo e sabido que nunca se conseguem consensos nestas matérias – só cerca de 6 mil membros da Academia têm direito a votar, num universo de milhares de profissionais que se dedicam à indústria cinematográfica.

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“Este país não é para velhos” – será só o deles??? – obteve 4 estatuetas nas categorias mais ambicionadas de melhor: filme, realização (Joel e Ethan Coen), argumento adaptado (dos mesmos) e actor secundário (Javier Bardem).

A francesa Marion Cotillard recebeu o de melhor actriz principal, pelo seu papel de Edith Piaf em “La vie en rose”, enquanto Daniel Day-Lewis arrebatou o de melhor actor, em “Haverá sangue” (filme que também conseguiu o de melhor fotografia). A actriz secundária escolhida foi Tilda Swinton, pela sua actuação em “Michael Clayton – uma questão de consciência”.

O de argumento original foi atribuído a Diablo Cody, por “Juno”.

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A estatueta para a banda sonora coube a “Expiação” (Dario Marianelli), enquanto “Falling Slowly” ganhou a canção, por “Once”, filme que ainda não chegou cá... Nos estrangeiros, o preferido foi o austríaco “The counterfeiters”, cuja acção decorre num campo de concentração nazi, e o documentário de longa metragem intitula-se “Taxi to the dark side”, sobre torturas em prisões como Guantanamo, segundo entendi. “Ratatouille” a merecer o prémio para o melhor cinema de animação...

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Ah, os prémios denominam-se assim, porque quando a estatueta foi criada alguém se lembrou de comentar: “Parece mesmo o meu tio Óscar!” E há modas que pegam...

12 PALAVRAS

O desafio veio da Inês e é simples:

1. Escrever ou brincar com 12 palavras que dizemos com frequência, devendo sinalizá-las; caso a inspiração não esteja nos seus melhores dias, basta listá-las.

2. A parte mais complicada é nomear 12 pessoas para responderem ao desafio, preferencialmente com os respectivos links (Oops, vamos lá ver como isto corre...)

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Quando me olho ao espelho não vejo a menina, nem a mulher. Nem a bem sucedida, nem a frustrada. Nem a bela, nem o monstro. Só me vejo a mim, sem me sentir ofuscada pelo reflexo. Não desbravei o mundo, mas sei que ele não é aquele livro colorido do meu sonho de criança. Cada dia, de tristeza ou alegria, contribuíu para a aprendizagem de uma vida, possivelmente considerada banal. Deixou algumas marcas, traduzidas em pequenas rugas ou nuns fios de cabelo que teimam em pratear. Sinais do tempo, simplesmente... O amor e a amizade ajudaram-me a superar os contratempos, na busca da felicidade. Mas não encontro traços de ódio, mesmo quando grito pela liberdade!

(Ui, ui, saíu um bocado lamechas e, nem sei porquê, António Gedeão não me saía da cabeça...)

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Antes de passar à fase seguinte, é óbvio que todos os visitantes estão convidados a participar. Assim, os 12 e felizes contemplados são (sem ordem específica, mas primeiro as meninas):

Su / Vanadis / Sun Iou Miou / Laurinha / Tons de Azul / Ahlkinha / Fausto / Vício / Rei da Lã (ou Violeto) / Psycho_mind / Carlos II/ Fernando Pessoa (ou Rsm).

Igualmente óbvio, é que são todos livres de aceitar ou não...

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BOM FIM DE SEMANA! / BOAS FÉRIAS NA NEVE!

(riscar o que não interessar)

OS PARAÍSOS ARTIFICIAIS

A primeira vez que li este poema não o entendi, talvez por ser muito nova na época. Recentemente, voltei a lê-lo e, de repente, fazia todo o sentido:

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OS PARAÍSOS ARTIFICIAIS
Na minha terra, não há terra, há ruas;
mesmo as colinas são de prédios altos
com renda muito mais alta.
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Na minha terra, não há árvores nem flores.
As flores, tão escassas, dos jardins, mudam ao mês,
e a Câmara tem máquinas especialíssimas para desenraizar as árvores.
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Os cânticos das aves - não há cânticos,
mas só canários de 3º andar e papagaios de 5º.
E a música do vento é frio nos pardieiros.
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Na minha terra, porém, não há pardieiros,
que são todos na Pérsia ou na China,
ou em países inefáveis.
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A minha terra não é inefável.
A vida da minha terra é que é inefável.
Inefável é o que não pode ser dito.
Jorge de Sena
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O trânsito, as buzinas, as sirenes, os comboios, os aviões, as obras infindáveis nos prédios ou nas ruas, as portas a bater, as vozes longínquas e inaudíveis, o caminhar apressado da gente não dá azo a um pouco de calma e ponderação. Dinâmicos, activos e enérgicos serão quase todos, mas não se lembram de parar para pensar no rumo a seguir... para um destino mais que certo! É isso que faz de Lisboa uma cidade inefável, infelizmente com bastantes pardieiros!
Aqui fica um clip um pouco mais animador (simbólico, é certo!) sobre uma forma de mudar...

ARROGANTE, MOI?

Sócrates lidera o governo português há 3 anos. Para comemorar a efeméride, resolveu colocar uns jovens estagiários a discursar não sei onde, sobre as vantagens obtidas com o programa Inove. Simultaneamente, pretendeu também esbater a sua imagem de arrogante, que ainda não entendeu como ganhou...

Na semana passada, foi vaiado por um grupo de professores à porta da sede do PS, o que considerou inadmissível. Na SIC Notícias, a reportagem efectuada acentua os vários casos que os governantes enfrentaram neste período, realçando a “extraordinária dedicação” do PM durante a Presidência Europeia. Esperem lá!!! Mas quem é que escreveu esta reportagem? A jornalista ou o assessor do Zé???

Mas pronto, bora lá dar uns palpites ao rapaz de porque é que a arrogância (e porque não dizê-lo, mau feitio) se colou à sua imagem...

Post-scriptum – A minha embirração não é específica contra o PM: é por todos os que têm subido ao poleiro, sem que a população em geral melhore de vida, antes pelo contrário, com cada vez mais impostos (e mais elevados) e menos regalias!

SÓ NÃO PERDEMOS A VIDA!

Foi com essa frase, que uma residente das zonas mais afectadas pelas inundações resumiu a desgraça que lhe bateu à porta, perante as câmaras de televisão. Tentando esboçar um sorriso, que saíu, embora ténue...

Ainda estávamos nós a pensar como encararíamos uma enxurrada dessas, a invadir-nos a casa e os tarecos de modo a todos os nossos pertences ficarem reduzidos às roupas que vestimos e prossegue a reportagem, desta vez numa pensão, que recolheu alguns dos desalojados. A entrevistadora pergunta a uma fulana o que se passou e ela: “Não sei de nada, foram os meus filhos que me disseram para eu vir para cá, porque a minha casa está alagada, blá, blá, blá!” Aí, pronto, uma pessoa acha estranho os filhos mandarem a velhota para a pensão, em vez de serem eles a alojá-la, mas, claro, cada um sabe de si. A repórter recorre então a outra mulher que está no local e pergunta (mais coisa, menos coisa):

“É a primeira que aqui está, devido às cheias?”

“Não!”

“E o que é que sente por aqui estar?”

“O jantar foi mau!”

AHN?! Esperem lá!!! Ouvi bemmm??? Uma pessoa perde todos os seus tarecos e depois queixa-se dos dotes culinários do cozinheiro da pensão que a alojou?!?!?!!!!! Nem queria acreditar nos meus ouvidos, mas aqui a cara metade estava por perto e também confirmou ter escutado o mesmo, com um abanar de cabeça, um suspiro e uma frase que se ouve frequentemente: “É o país que temos!”

Não concordo! Nem toda a gente é mal agradecida. A outra, por exemplo, dava graças por estar viva...

CHORADEIRAS!

Passei literalmente o fim de semana a chorar, por nada de especial, a não ser uma conjuntivite... Lá se foram os planos de ir ao cinema - ver Expiação, filme que me foi vivamente recomendado pela Su e pelo Fernando Pessoa - e pôr leituras e escrita em dia por água abaixo! Que isto de chorar sem ter vontade, a não ser a indomável do próprio olhito atingido pela maleita, também é cansativo!
Entretanto, ainda há poucos dias revi, na TV, o Diário de Bridget Jones 2 (com Rennée Zelwegger, Colin Firth e Hugh Grant, tal como o primeiro) e às tantas deparei lá com esta música: "I'm not in love" dos 10CC, que já tem mais de 30 anos. Escusam de dizer que está um pouco datada, que a letra é piegas, etc. e tal. Facto é que a aproveitaram para a banda sonora do filme, porque parece retratar uma situação do argumento: a negação de sentimentos, dentro de uma relação amorosa. E a teoria que os "rapazes crescidos" não choram...
Hummm... Não choram??? O que é que acham??? Só as mulheres é que sofrem por (des)amor???

NO CORAÇÃO DA DESAFI(N)ADA!

O desafio veio da Vanadis, mas como entretanto já li tantas respostas, tive de parar um tempinho (e não ler mais nenhuma), para não ser muito influenciada. Aqui segue, para TODOS que o queiram apanhar:

7 coisas que sei fazer bem:

Ler

Rir

Sonhar

Conversar com as amigas

Cozinhar (se não me esquecer da panela ao lume, enquanto estou a blogar)

Jogar King (às vezes)

Colocar os restos de comida no Tupperware do tamanho devido

(não me venham dizer que sou influenciável!)

7 coisas que não sei fazer:

Pilotar um avião, um helicóptero ou afins

Aturar chatos

Cantar afinada

Andar na corda bamba

(hummm... a lista é tão grande, que nem sei para que lado me virar! Só mais 3?)

Pintar, o que quer que seja

Mentir

Fazer fretes

7 coisas que digo frequentemente:

Epá, em várias versões

Xi!

Credo!

‘Tá quieto!

Ó pá (Oops, esta já repeti, não?)

Sei lá! (nada a ver com nenhum livro)

Ca ganda merda! (é... tem dias!)

7 qualidades que aprecio no sexo oposto:

Sentido de humor

Amizade

Cumplicidade

Companheirismo

Sinceridade

Lealdade

Sentido de humor

(nada de influências, estão a ver?!)

7 filmes preferidos:

Les Uns et Les Autres

Voando sobre um Ninho de Cucos

Bom-dia, Vietnam

A Lista de Shindler

Babel

Rei Leão (conta?)

A Vida é Bela

(bem sei que são muitos filmes de guerra, nem falei sobre “E Tudo o Vento Levou”, mas fizeram-me rir e chorar, no cinema)

7 actores favoritos:

Robin Williams

Robert de Niro

Tom Hanks

Dustin Hoffman

William Hurt

George Clooney

Brad Pitt (porque siiimmmmm!)

(esqueci-me do Richard Gere? ‘Tá incluído, como é óbvio!)

Xi, pá, já acabou???

BOM FIM DE SEMANA PARA TODOS!

SÃO VALENTIM?

Enfim, mais uma inglesice (ou americanice) para dar frutos nos negócios dos comerciantes. Que também precisam, está claro!
As versões sobre a vida de São Valentim são tantas e tão variadas, ao sabor da imaginação de cada um, que nem me atrevo a sugerir qual a melhor. Um santo lendário lá do século III d.C. e chega como apresentação, para não dizer disparates... Como santo casamenteiro, ainda prefiro o Santo António!
Bom, resistir a climas românticos é difícil (e explicar porque é que a minha mãe me oferecia uns presentinhos neste dia, para não ficar muito desconsolada?!)!
Aqui o Chico é capaz de entender...

CENSURAZITA!

Um dia destes comentei num blog uma opinião contrária à do autor, fundamentada, sem palavrões (que não é o meu género) e PUFFFSS... desapareceu! Epá, que giro, censurada na blogosfera???

Claro que cada um faz do seu canto (coral?) o que quiser, se a pretensão é só de elogios e galhardetes, pois, TOU, XIM? NÃO É PRA MIM!

Jornais e revistas cinzentonas (por mais que lhes chamem cor de rosa) é o que não falta neste país, à conta de censuras internas, panelinhas e amizades...

Preocupada com um (alguns) bloguista(s) de lápis azul na mão? Ó-Ó, é para o lado que durmo melhor!... Uuuuuh! (bocejo)... esta conversa em família deu-me sono, vou para o oooooh-ooo.... ZZZZZZZ

O MOCHO

Um dia de Verão, enquanto procurava um livro na marquise em casa da minha mãe, encontrei um bibelot extremamente original: um mocho! Tão bonito e perfeito, que estranhei que ela o tivesse colocado lá no topo de uma prateleira. Ainda a admirar a peça, vi-a piscar os olhos... Que susto!

O cenório que se seguiu foi indescritível, mas por fim lá se conseguiu agarrar o bicho, que ficou temporariamente alojado na gaiola da porteira, conhecida por ser grande amiga da bicharada, em geral, e de aves, em particular. A mulher avisou logo que o mocho ali não sobreviveria muito tempo, tinha de se encontrar uma melhor solução. Na época, os poucos contactos possíveis eram via telefone, mas não resolveram!

Entretanto, lembrei-me de uns jovens ligados à ecologia que paravam no mesmo café de bairro onde costumava ir (o “entulho”, pois claro!), que perdiam horas a fio a falar entusiasmados da raposa do rabo prateado, do lince da Malcata ou dos lobos não sei donde, para tédio de todos os habituais frequentadores, que pretendiam estudar sossegados.

Enchi-me de coragem e abordei um deles:

“- Não és tu que gostas muito de animais?”

“- Sou! E tu, não?!”

“- Sim...”

Apesar da introdução não ter decorrido particularmente bem, desenrolei a história toda. Entusiasmo é pouco, para relatar a reacção do indivíduo! Vi-me dentro da carripana dele, a guiar esgroviado até ao meu prédio, depois de um sucinto xau aos restantes ambientalistas, para gáudio das minhas amigas, que riam que nem perdidas...

Afinal o mocho era uma coruja juvenil, a precisar de tratamento veterinário por ter uma asa magoada, que o ecologista se encarregou de proporcionar.

Uns meses depois, disse-me que a ave já tinha sido liberta num habitat natural daquela espécie. As piadolas continuaram, mas aí já me estava nas tintas...

ASTÉRIX NOS JOGOS OLÍMPICOS

Este álbum foi publicado pela primeira vez em 1965 e, tal como os anteriores, nasceu da parceria que René Goscinny (texto) e Albert Uderzo (desenhos) iniciaram em 1959, quando criaram a pequena aldeia gaulesa, onde os seus habitantes resistem à ocupação romana: Astérix, Obelix, Panoramix, entre outros, não necessitam apresentações...
A estreia do filme realizado por Frédéric Forestier e Thomas Langmann tem apresentado um bom sucesso de bilheteira no nosso país, com um elenco de actores sobejamente conhecidos como Clovis Cornillac, Gérard Depardieu, Alain Delon, Benoit Poelvoorde e participações especiais de desportistas, como Michael Schumacher ou Zinedine Zidane.
Na verdade, embora se trate de uma adaptação que não segue a par e passo a história idealizada por Goscinny, o filme é muito divertido!
Um jovem gaulês, Apaixonadix, apaixona-se pela princesa grega Irina e, para obter permissão de casar com ela, tem de vencer os Jogos Olímpicos, contando para o efeito com a ajuda dos seus compatriotas. Como adversário de peso têm Brutus (papel brilhantemente interpretado por Benoit Poelvoorde), filho de César, que não olha a meios para atingir os seus fins...

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Sexta-feira passada fui receber o prémio mais original e inusitado que já me atribuiram na blogosfera: UMA IMPERIAL E UM PIRES DE TREMOÇOS!!! Eh, eh, eh!

A PRIMEIRA VEZ...

Foi há muitos anos! Esperei um bom bocado, até ser atendida. O homem explicou-me que não queria estar ali. Que não tinha lugar para mim, devido ao meu excesso de habilitações.

Depois, sonhador, divagou sobre a sua vontade de criar cães. Realista, apontou-me um caixote do lixo, que se via da janela, nas traseiras de um restaurante, onde muita gente ia comer os restos do almoço ou do jantar dos clientes.

Ainda saí de cara alegre do IEFP, que nunca me angariou qualquer emprego. Famélica, felizmente, também não fiquei.

Mas, até hoje, recordo essa primeira vez...

CONDUÇÃO FACILITADA

O modelo já foi apresentado em Tóquio, no ano passado, mas se vingar a condução no futuro vai exigir pouca habilidade e acabam-se as manobras de estacionamento complicadas. Vejam então o carro do futuro:

Uma das suas características fundamentais é a possibilidade de rotação tanto da sua cabine (360º), como das rodas (90º), permitindo ao veículo avançar lateralmente.

Por outro lado, também vem munido de um computador, que fornece informações sobre o trajecto - em japonês ou inglês – ou anima o condutor, pois possui um sensor que identifica o estado de espírito deste. Tipo: “Então, estás aborrecido/a? Deixa lá, que eu conto-te uma anedota!” Ainda não sei é se também serve cafés...

O veículo é movido a bateria (suspeito que os americanos não vão facilitar a sua entrada no mercado) e tem capacidade para 3 ocupantes.

Enfim, até o modelo ser comercializado não nos doa a cabeça, teremos de nos conformar com as azelhices a que assistimos diariamente...

A MINHA VIDA DAVA...

... um filme! Já estou a vê-lo, num grande ecrã, com uma estrela de Hollywood a representar o papel de Teté!

Indecisa em relação ao casting, acabei por optar pela Julia Roberts. Sim! Ela tem boa postura, é morena (sempre se lhe podem acrescentar umas madeixas e uns cabelitos brancos), mas com um ferro a vapor ela desengoma-se. O chorar com o picar da cebola na cozinha, só vai contribuir para a dramaticidade do desempenho. Sexy a pôr a roupa suja na máquina, zangada a ralhar com o filho adolescente, comovida com mails e blogs em frente ao PC, enquanto aquece os pés na escalfeta... E na cama? Que cenas tão... Oops!

Pronto, os produtores acabaram de me convencer que Sally Field é uma actriz mais adequada para protagonizar o enredo, não é tão careira e até dá o jeito de cantar um faduncho pelo meio...

Desenganem-se! Esta não é a minha vida (embora de caminho possa ser algum fado), nem daqui saía nenhum argumento interessante!

A imodéstia de considerar que a própria vida dava um filme hollywoodesco surge sempre das pessoas mais inesperadas, daquelas para quem a rotina é fundamental, insuspeitas de participar em qualquer aventura, mesmo que ténue ou moderada.

Para quem não sabe, já há pelo menos um filme, bastante parado, em que durante cerca de 3 minutos ficamos a assistir à gloriosa tarefa de estrelar um ovo. Não consta é que tenha sido grande sucesso de bilheteira...

ANO DO RATO

Inicia-se hoje o ano do Rato, o primeiro signo do horóscopo chinês, que é determinado pelo ano da nascença. Assim, os nascidos em 1948, 1960, 1972, 1984, 1996 e, a partir hoje, em 2008, são e serão seus dignos representantes, caracterizando-se por serem indivíduos "ambiciosos, honestos e sinceros, gostando de gastar sem limites e com alguma irritabilidade, sendo compatíveis com o Dragão, o Macaco e o Búfalo". Segundo reza o calendário que o restaurante chinês cá do bairro me ofereceu, pelo Natal, e após umas pequenas correcções do português...
Na tradição oriental, o ano do próprio signo é bom presságio para alcançar metas e objectivos e deve ser bem aproveitado, uma vez que só se comemora de 12 em 12 anos.
E já que estou a desejar felicidades para todos os Ratos - soa um bocadinho mal, mas pronto, dá para entender, não? - vamos ver se este (que aqui aparece numa fase experimental) terá alguma sorte na 80ª cerimónia dos Óscares, prevista para o próximo dia 24... se entretanto, o caldo não entornar!

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Com 20 perguntinhas apenas conseguem adivinhar a palavra que outra pessoa pensou? A Inteligência Artificial desenvolvida pela área de programação da APPLE, neste jogo, está lá quase...

É fácil (pense em português, inglês, alemão, espanhol ou outro idioma), não custa nada, mas não dá milhões!!!

Querem saber se ganhei? Sim... à 5ª tentativa! E depois mais umas outras, experimentais, de algumas palavras-chave que suponho que alguns possam utilizar. Que, para já, não vou divulgar!

Os dados estão lançados, como passatempo das horas vagas...

Aguardo resultados!!!

(no Carnaval, ninguém leva a mal, não é?)

CENTENÁRIO DO REGICÍDIO

Manuel Buiça e Alfredo Costa alvejaram mortalmente D. Carlos e o príncipe Luis Filipe em pleno Terreiro do Paço, quando a família real regressava a Lisboa, na tarde do dia 1 de Fevereiro de 1908. Há 100 anos!

As versões actuais sobre o acontecimento são tantas, oriundas de sectores republicanos, monárquicos e revolucionários, que me baralhei completamente. Querem ver que afinal não percebo nada da nossa História?

Uma única coisa não mudou até hoje: o processo relativo à investigação do crime desapareceu misteriosamente! Dois anos depois, após a implantação da República...

Premonitório do carnaval que se seguiria e continua?