quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

À LAREIRA...

... contavam-se histórias de encantar, de rir ou de pasmar, até que o sono espreitava, as pálpebras tremiam, as chamas apagavam e o aconchego das camas proporcionava uma noite de sonhos descansados. Em tempos longínquos, nunca vividos pela minha geração, que nasceu para depressa ouvir falar em guerra...

E depois de revoluções, numa felicidade tão rubra quanto um cravo vermelho, a tal guerra ia acabar de vez, iam desaparecer do mapa do país novas mulheres de luto e homens a embebedarem-se nas tabernas pelos seus filhos mortos em África. A fome, a miséria e os presos "às molhadas"  também tinham os dias contados.

Mas a História não se compadece dos povos, muito menos alinha em finais felizes de contos de fadas ou  de filmes hollywoodescos, com tantos erros de casting no percurso.

Num fim de tarde de inverno, sem lareira por perto, a conversa decorreu numa tasca habitual e quase às moscas. Agradável, como sempre que (re)encontramos uma grande amiga, mas simultaneamente emocional: os pais e mães velhotes que nos preocupam pelos achaques e redução de pensões, o cada vez maior número de amigos desempregados e os filhos de todos nós, em debandada para países estrangeiros, para prosseguir a sua carreira profissional. Que já não se contam pelos dedos de uma só mão, nem de duas...

Saímos para a noite fria e despedimo-nos com um voto de "boa noite" aos funcionários da casa. Noutra mesa, onde um grupo de homens já jantava e regava a refeição com tintol, as vozes repetiram o voto, como se lhes fosse dirigido. E é nisto que Portugal não muda nunca: um povo simpático e acolhedor, mas com  mentalidade de aldeia, até numa grande cidade. Um aspeto positivo, que até nos fez sorrir!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A PRAGA DO SPAM

Fotografia de Ian Britton

Sempre permiti comentários anónimos, porque penso que os facilita a quem não está muito talhado nestas lides blogosféricas ou, por alguma razão, tenha dificuldade na comunicação. Claro que à conta dessa permissão, esporadicamente ainda aparecem uns sujeitinhos a insultar, porque discordam ou lhes dá na veneta, não sei ao certo nem me interessa. Só o facto de insultarem a coberto do anonimato diz muito sobre o seu carácter...

Do mesmo modo, nutro um profundo desprezo por comentários em spam (não confundir com SPAM, aquele produto à base de carne de porco comercializado em Inglaterra nos finais dos anos 30, que não sendo racionado durante a II Guerra Mundial provocou um grande enjoo na população inglesa), que normalmente só servem para publicitar qualquer coisa. Não é que tenha nada contra a publicidade em si, mas há veículos próprios para a realizar, não me parece que este blogue tenha vocação para tal. 

Por outro lado - e entendendo que alguns bloguistas tenham vontade de divulgar o que publicam - aquela história de "gostei muito do seu blogue, vá ver o meu e blablablá" também não me convence minimamente. Aliás, este género de "elogio" acaba por ser mais irritante que outra coisa! Interatividade zero, lata muita, mas é deixá-los perorar...

Todavia, nos últimos meses o número de anónimos publicitários e/ou vendedores tem aumentado significativamente. Ou seja, o pior dos dois (ou três?) mundos: anónimos em spam, para publicitar ou vender, geralmente em língua inglesa e com anexo de link (que nunca abri, nem aconselho a ninguém!). Está bem que o Google / Blogger tem limpado a maioria, mas alguns têm conseguido escapar à triagem. Em posts recentes ou antigos (a caminho dos 1500), a um ritmo de meia ou uma dúzia por dia, é obra tratar desta inspeção e eventual limpeza. A dúvida é simples: deixo de permitir anónimos ou continuo na "faxina" diária? 

Para rir (ou chorar?), só alguns alunos que surgem a pedir sínteses de livros para copiarem para os seus TPCs. Coitados, também sem sorte nenhuma de apanhar esse comboio...

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

NO RESCALDO DA GALA...

... muito ficou por dizer sobre os Oscar 2013, mas vou abreviar: em primeiro lugar, no que toca a "palpitações" para os vencedores da noite, quem se aproximou mais do resultado final foi a Catarina - 12/13 em 15 apostas - seguida pelo Pedro Coimbra (10/11 nas mesmas 15), a Ematejoca (8), o Carlos Barbosa de Oliveira (3/4), a São (aquela fezada em Waltz) e o W (4, mas referindo genericamente os prováveis vencedores). Mais uma vez, agradeço a todos a participação! 

Por anunciar ficou também o Oscar para melhor filme de animação de curta-metragem, atribuído a "O Rapaz do Papel" ("Paperman", no título original), não por esquecimento, mas para não esticar mais o "lençol" e evitar confundir as estrelas da noite com prémios mais "apagados" (se em Hollywood houver tal coisa, claro!). Por sinal já o tinha visto há duas semanas no blogue da Tons de Azul, mas fica, para quem apreciar desenhos animados: 


De igual modo, acrescento ainda que os vestidos que desfilaram na passadeira vermelha e no palco não me fascinaram por aí além: excesso de brilho em metalizados dourados ou prateados nuns, excesso de "cai-cais"  e ombros à mostra noutros, excesso de caudas ou de roda nas saias naqueloutros. Em alguns casos, sem favorecer a figura das atrizes, mesmo as jovens e elegantes por natureza (e para lá dos azares de tropeços).  Ou seja, a maioria dava a sensação de estar desconfortável dentro do próprio vestido...

E mesmo escolhendo a nata da nata que sobressaiu (acreditem que apareceram lá muitos piores) em quem votariam para mais elegante?

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Colagens de fotos da net.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

TUDO A POSTOS, CÂMARA... AÇÃO!

Seth MacFarlane foi o apresentador da 85ª edição dos Oscar, que decorreu no Dolby Theater, em Hollywood. Uma figura simpática e bem humorada, mas sem grande chama ou controvérsia. E o primeiro vencedor da noite foi: 

Christoph Waltz, como melhor ator secundário em "Django Libertado". Mais adiante, e continuando na categoria dos secundários,  viria a ser conhecida a atriz que levou a estatueta dourada para casa - Anne Hathaway, devido à sua interpretação em "Os Miseráveis".

Pelo meio, "Amor" recebeu o de melhor filme estrangeiro e "Brave - Indomável" o de melhor filme de animação, a par de outras categorias como fotografia e efeitos visuais para "A Vida de Pi",  guarda-roupa para "Anna Karenina", caracterização para "Os Miseráveis", montagem para "Argo" e  por aí adiante.

Numa cerimónia que ofereceu como temática os musicais no cinema - para comemorar o 10º aniversário de "Chicago" -  não podiam faltar várias atuações ao vivo, desde Catherine Zeta-Jones ao elenco de "Os Miseráveis", de Shirley Bassey (num tributo ao 50º aniversário dos filmes de 007 - James Bond) a Norah Jones ou Barbra Streisand. Mas, tal como era previsível, foi Adele que ganhou a estatueta pela melhor canção, pelo tema  "Skyfall", no filme 007 com o mesmo título, e obviamente também a cantou. O Oscar de melhor banda sonora foi entregue ao compositor de "A Vida de Pi", o da mistura de som a "Os Miseráveis". Novidade foi  o da edição de som ter dois vencedores: "Skyfall" e "00:30 A Hora Negra"

Destaque ainda para Quentin Tarantino que ganhou na categoria de melhor argumento original por "Django Libertado", enquanto o Oscar de melhor argumento adaptado coube a "Argo".

A noite já ia avançada quando Ang Lee se sagrou no melhor realizador do ano para os seus pares, com "A Vida de Pi", restava apenas conhecer a atriz principal...

que levaria para casa a estatueta dourada - a "sortuda" foi e Jennifer Lawrence, pelo filme "Guia Para Um Final Feliz" - e o ator principal que teria a mesma sorte:

Daniel Day-Lewis, por "Lincoln", sem a menor surpresa! Se excetuarmos aquela espécie de corte de cabelo, que parece estar a tornar-se moda em Holywood, pois não era o único grisalho "despenteado" (nos jovens já se sabe que umas madeixas berrantes e/ou umas "cristas" estão na onda!) ...    

Last but not least, o Oscar mais ambicionado da noite para melhor filme do ano foi entregue a "Argo", consagrando assim a faceta de realizador de Ben Affleck, que nem sequer tinha sido nomeado nessa categoria. C'est la vie!
Resumindo: uma noite sem surpresas ou incidentes de maior (mulheres atrapalhadas com os vestidos ou com os saltos já não são novidade, Jennifer Lawrence e Meryl Streep só se juntaram à longa lista), à exceção da primeira dama dos EUA ter anunciado o último e almejado Oscar de melhor filme. Ou Seth MacFarlane ter terminado o espetáculo a cantar (em dueto com outra das apresentadoras iniciais) uma canção em homenagem aos vencidos...

Imagens da net.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

MAIS UM SELO NO ROL...


A Teresa Dias do blogue "rol de leituras" atribuiu-me este selinho, que desde já distribuo por todos os bloguistas que se encontram na lista de favoritos, ali ao lado direito, que o queiram aceitar:

Confesso que nunca fui muito adepta de selinhos - muito menos das regras que cada um dos seus "inventores" estipula - mas a consideração e simpatia pelas pessoas que me nomeiam (ou nomearam) leva-me a aceitar de bom grado. Bloguista tem destas contradições, não é?

Também não me custa nada tentar responder o melhor possível a algumas perguntas acopladas, ainda mais se forem sobre literatura e livros. Assim, seguem as respostas para este caso:

1. Que género de livros mais gostas de ler? 
Ficção, em policial ou romance. Científica não, obrigada!;
2. Qual o teu livro favorito? 

Nem a brincar conseguiria escolher um único...;
3. Qual a tua personagem favorita? 

Poirot, Miss Marple, Lisbeth Salander, Aomame, venha o diabo e escolha;
4. Quantos livros tens? 

1364, embora o ficheiro esteja um pouco desatualizado; 
5. Qual o teu escritor(a) favorito? 

Varia, com o tempo... Murakami a Nobel, JÁ!; 
6. Porque decidiste criar um blog? 

Porque gostei do "espírito" da blogosfera;
7. Qual o teu maior sonho? 

Há um sonho maior que os outros? Não sabia...;
8. Qual a tua viagem de sonho? 

Hollywood, e é já daqui a umas horitas, via TVI!;
9. Qual a tua primeira leitura do ano 2013? 
"Cafuné", de Mário Zambujal;
10. Qual o livro que menos gostaste? 

Hummm... os que não gostei mesmo, fechei e não voltei a abrir;
11. Qual a editora que mais livros lês? 

As editoras interessam aos editores, aos leitores interessam os livros em si..

Obrigada, Teresa Dias!

And now, the beginning is near, and so I'll face an open curtain...

Imagem do facebook e o dito selinho.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

AINDA OS TRAÇADOS!

Depois de vasculhar mil e uma fotos de todas as igrejas de Lisboa - ainda não notaram que sou bastante um bocadinho teimosa? - suponho que a igreja representada na imagem junto ao elevador de Santa Justa é mesmo a da Madalena, que o KOK identificou.

De resto, tal como a observo (em baixo, para facilitar), a identificação será mais ou menos a seguinte, de cima para baixo e da esquerda para a direita: torre das Amoreiras, gare do Oriente, Campo Pequeno, hotel Sheraton, Panteão Nacional, entrada do Jardim Zoológico, Gulbenkian, castelo de São Jorge, aqueduto das Águas Livres, edifício do BNU da avenida 5 de outubro, edifício da PT, Sé de Lisboa, edifício do antigo cinema Alvalade, Basílica da Estrela, Palácio de São Bento (Assembleia da República), estátua do marquês de Pombal, torre do Parque das Nações, elevador de Santa Justa, igreja da Madalena, edifício do IADE, casa dos Bicos, mosteiro dos Jerónimos, Padrão dos Descobrimentos, Docas, arco da rua Augusta (Terreiro do Paço e edifícios circundantes) e Torre de Belém.  Num total de 25! 

Se não identifiquei a igreja à primeira vista, também tenho algumas dúvidas sobre o edifício do antigo cinema Alvalade. Dos restantes (sublinhados) tenho a certeza: o hotel Sheraton foi durante quase três décadas (1972 a 2000) o edifício mais alto de Lisboa; a Gulbenkian deve ter escapado entre as árvores aos olhos mais atentos, entalada entre o Jardim Zoológico e o castelo; e o edifício do IADE - posteriormente também identificado pelo KOK - que causou grande celeuma na época da sua construção (ou não fosse obra do arquiteto Tomás Taveira), chegando a ter a alcunha de "gaiola"...

Talvez muitos mais traçados pudessem ser apontados por olisiponenses estudiosos e esmerados, mas como enigma para leigos até correu bem! Mais uma vez agradeço a todos a participação e parabéns ao KOK (e ao Rui da Bica)... pelo acerto e "trabalhêra"!

Imagem de Tiago Albuquerque e colagem de fotos da net (e uma minha, a da Gulbenkian).

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A SOMBRA DO VENTO

Li este livro no verão de 2006, ainda não sonhava sequer em entrar no mundo da blogosfera. Já lia e comentava alguns poucos blogues e, numa dessas "tertúlias literárias blogosféricas", referi que "A Sombra do Vento" tinha sido a melhor surpresa dos últimos tempos. Instigada pela Su do blogue "Teia de Ariana",  viria a escrever um pequeno texto sobre o livro, que ela publicou. Nunca me ocorreu (re)publicar no Quiproquó (aliás, nem saberia como, porque estava dar os primeiros passos no blogger), mas  agora - para responder a uma pergunta da Catarina - considerei da maior justiça fazê-lo.

Porquê? Porque se Zafón me desiludiu em  "O Jogo do Anjo" e em "Marina", e não me eximi a criticar os seus enredos (quiçá devido à grande expetativa), com este fiquei absolutamente fascinada. Assim segue a opinião, à qual não mudo uma vírgula, obviamente repescada da "Teia de Ariana", com ligeiras alterações ortográficas e foto atual:



A SOMBRA DO VENTO
Carlos Ruiz Zafón
Dom Quixote - 1ª edição, em Setembro de 2004


A ação decorre em Barcelona, desde o início do verão de 1945 até 1966. Pela mão de um rapaz de "quase onze anos", que é conduzido pelo pai, livreiro profissional, a um santuário impregnado de mistérios: o Cemitério dos Livros Esquecidos.

Aí, Daniel Sempere pode escolher um livro e guardá-lo, prometendo manter o segredo do local onde o obteve, inclusive até do melhor amigo. O livro escolhido é "A Sombra do Vento", cujo autor nem o próprio pai conhece: Julián Carax.

Fascinado com o enredo, o jovem Daniel pretende conhecer toda a verdade sobre aquele escritor que desapareceu sem deixar rasto, ao mesmo tempo que vive as crises da adolescência, com o primeiro amor e bastantes desilusões. É num sem-abrigo que ganha um amigo para a vida, que o vai ajudar em múltiplas peripécias a desenrolar aquele novelo de sentimentos humanos controversos de histórias passadas. Sempre perseguidos por um sinistro inspetor policial, que deixa atrás de si livros em chamas e um rol de atividades facínoras. 

Sem revelar o final, como é óbvio, aqui fica uma breve passagem:
"- Alguém disse uma vez que o momento em que paramos a pensar se gostamos de alguém, já deixámos de gostar dessa pessoa para sempre - disse eu.
Bea procurou ironia no meu rosto.
- Quem disse isso?
- Um tal Julián Carax.
- Amigo teu?
Surpreendi-me a mim mesmo a assentir.
- Mais ou menos."

Excelente!

E que EXCELENTE seja também o vosso fim de semana!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

TRAÇADO CITADINO

A imagem é de Tiago Albuquerque, um jovem artista plástico, e encontrei-a no facebook. E a primeira coisa que me veio à cabeça foi que era ótima para um desafio. Problema é que mesmo vivendo em Lisboa desde sempre, não consigo identificar todos os edifícios, monumentos e obras de arte que caracterizam o traçado da "minha" cidade. Acresce ainda que a maioria dos edifícios está "retratada" parcialmente e outros creio corresponderem apenas a um tipo de prédios comuns.

Portanto, resta-me somente fazer a pergunta possível: quantos identificam? Bem sei que não é tarefa fácil, mas se não der para mais nada, pelo menos dá para ficarem a conhecer um dos excelentes trabalhos deste artista português...

Divirtam-se!

ADENDA a 22 de fevereiro de 2013: vou deixar este post em stand-by, caso alguém queira ainda acrescentar uma nova "descoberta". Continuo com algumas dúvidas sobre a igreja junto ao elevador de Santa Justa e em relação ao palácio do lado esquerdo, mas para além dos edifícios já mencionados tenho a certeza de mais três e a suspeita de um quarto. Sábado acrescentarei os nomes (e fotos) de cada um deles! Mas desde já obrigada a todos pela participação! Ah, e o KOK acertou em 21 (pelos menos), seguido de perto pelo Rui da  Bica, com 18 (e não vivendo em Lisboa)...  :)

ADENDA a 23 de fevereiro de 2013:  a identificação possível e provável aqui!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

VAMOS A "PALPITAÇÕES"?

Em Hollywood os preparativos para a 85ª edição da entrega dos Oscar já arrancaram, dentro de poucos dias as maiores estrelas do cinema da atualidade desfilarão na passadeira vermelha, pretendendo deslumbrar o público mundial com a sua contribuição para a sétima arte, mas também com a elegância de vestidos e jóias de "encher o olho" a qualquer um. The show must go on! 

Lembram-se deste passatempo?  Então, tal como combinado, aqui seguem as minhas palpitações. E por palpitações entenda-se aqueles premiados pelos quais o meu "coração cinéfilo" palpita, o que não é exatamente coincidente com os que calculo que vão vencer a ambicionada estatueta dourada. Assim, entregava o Oscar de melhor a...    

Filme - "Argo"
Realizador - Ang Lee "A Vida de Pi"
Ator - Daniel Day-Lewis "Lincoln"
Atriz - Jennifer Lawrence "Guia para um Final Feliz"
Ator Secundário - Christoph Waltz "Django Libertado" (embora de secundário tenha pouco!)
Atriz Secundária - Anne Hathaway "Os Miseráveis"
Filme Estrangeiro - "Amor" (não vi os outros e este... só entre pestanas!)
Filme de Animação - "Brave- Indomável"
Argumento Original - "Moonrise Kingdom"
Argumento Adaptado - "Argo"
Fotografia - "A Vida de Pi"
Efeitos Visuais - "A Vida de Pi"
Guarda-Roupa - "Anna Karenina"
Caracterização - "Hitchcock"
Canção Original - "Everybody needs a best friend" ("Ted")

Apenas em 15 das 24 categorias, por sinal as mais importantes, que nas outras não faço a mais pálida ideia. E baseada nesta lista dos candidatos a Oscar. Escusado será dizer também que Adele é quase garantida como vencedora da melhor canção original - por "Skyfall", do filme 007 com o mesmo título - mas prefiro esta da Norah Jones, sem ter visto o filme:


Em adenda ao já comentado ou em primeira mão, relembro que...
PALPITES, PRECISAM-SE!

Colagem de várias fotos da net, com cenas de alguns dos principais filmes em competição.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

1Q84 - volume 2

Quantas histórias podem coexistir dentro do mesmo enredo? Todas as que quisermos, se pensarmos bem no que é o decurso de uma vida, mesmo que ainda nos primeiros 30 anos. Invulgar é que as personagens principais entrem não só para dentro do mundo descrito no livro "A Crisálida de Ar" - resultado da parceria de Tengo com a jovem Fuka-Eri - como de um conto intitulado "A Cidade dos Gatos" da autoria de um escritor alemão (que não sei se existe realmente) e, a certo ponto, até uma incursão por "Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carroll. Descontando o sempre presente (e notório, até pelo título!) Big Brother de George Orwell, em "1984". Ou outros já referidos no primeiro volume...

De algum modo, recorda um pouco a criatividade de Woody Allen em "A Rosa Púrpura do Cairo", em que o protagonista do filme sai do ecrã para dar alento e esperança a Cecília, uma empregada de mesa infeliz, que se refugia no cinema para esquecer as suas mágoas. O filme é de 1985, pelo que suponho que a coincidência não será casual! 

Bom, mas à medida que as 434 páginas se vão sucedendo e vamos descobrindo alguns dos segredos de Aomame e Tengo, também o mundo em que inadvertidamente entraram (o de 1Q84) vai surgindo cada vez mais fantástico e inverosímil: como personagens de ficção dentro de outras ficções, tentam apenas não ser meras marionetas manobradas por um Povo Pequeno, que parece já ter decidido o seu destino, pouco favorável para ambos. 

Embora o enredo gire em torno do romance (não diria platónico, mas por-viver!) das personagens, entre metáforas e referências óbvias às religiões e aos sistemas políticos, também Murakami, tal como Orwell, denota um profundo desencanto com todos os líderes, presentes ou passados. 

Uma trilogia empolgante, sem dúvida, mas em que é pouco previsível um final feliz... É esperar, até ler o próximo volume! 

Citações:
"O mundo tem dois sistemas, o «ca-pi-ta-lix-mu» e o «co-mu-nix-mu», que se odeiam mutuamente. No entanto, ambos os sistemas têm problemas sérios e, globalmente, o mundo segue uma direção que não é boa. O «co-mu-nix-mu» começou por ser uma ideologia notável, com ideais elevados, mas certos políticos egoístas deformaram-no."

"A meu ver, as religiões que se fundamentam numa ideia do fim do mundo são todas uma farsa, em maior ou menor grau."

"A partir de uma certa idade, a vida transforma-se num processo ininterrupto de perda. Tudo aquilo que é importante na vida começa a escapar-nos da mão, vai caindo como os dentes de um pente. E o que fica no seu lugar são apenas imitações sem qualquer importância. As capacidades físicas, as esperanças, os sonhos e os ideais, as certezas e as pessoas amadas, todas essas coisas vão desaparecendo, até não restar nenhuma. Algumas anunciam a sua partida, ao passo que outras se dissipam, um belo dia, de repente, sem aviso prévio."

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

PARTIR O CACO A RIR?

"Riso - uma exposição muito a sério" está patente ao público no museu da Eletricidade, desde outubro do ano passado e até dia 17 de março deste ano. Uma vasta coleção de desenhos, pinturas, fotografias, caricaturas, cartoons, cerâmicas, esculturas, capas de jornais, material audio-visual e mais nem sei bem o quê pretende alcançar um único objetivo: obter risos ou sorrisos dos visitantes!

E consegue? Suponho que sim! Como o humor é muito variável de pessoa para pessoa, imagino que cada uma achará mais piada a umas coisas que a outras. E as razões para rir ou sorrir também serão certamente diferentes - um dos desenhos expostos, por exemplo, pertencente à coleção de Joe Berardo, provocou-me uma gargalhada idêntica às que tive diante de algumas peças no museu de Arte Contemporânea de Serralves, já lá vão uns anos. Mas pronto, isto sou eu que sou "bronca" e não percebo certos artistas...

Igualmente, esta palhaçada de Donald O'Connor, numa cena do filme "Serenata à Chuva" ("Singin' in the Rain", no título original), também me arrancou uma boa risada - sem ser fã do género de humor, muito menos do filme, mas isolada e numa grande tela tem mais graça:


Inúmeros artistas de todos os tempos e nas diversas vertentes merecem bem um visita, pelo menos para quem passe por perto. A entrada é livre, saliente-se! Agora o que não entendi de todo foi a "instalação" dos cães da foto: o mecanismo fazia-os rodopiar ou parar, no processo iam embatendo uns nos outros e os cacos caindo no chão. Népias, por mais que desse a volta ao coco... Seria para partir o caco a rir?

domingo, 17 de fevereiro de 2013

ENTARDECER, NAS DOCAS...

Quando o inverno é chuvoso e tempestuoso, como o tem sido o deste ano, assim que há uma "aberta", toca a passear à beira-mar ou à beira-rio, consoante o que fica mais em caminho. A luminosidade de Lisboa encanta e fascina qualquer um, residente ou de passagem, mas facto é que o Sol desaparece no horizonte "ainda o dia é uma criança"...

Mal damos os primeiros passos...

... já as luzes se acendem...

... e os barcos regressam ao ancoradouro.

Há que fazer o caminho de volta.

Tirar uma última fotografia e arrumar a máquina. E que tal uma pausa para comer um prego no Rui? Muito bom, por sinal, mas a onda fotográfica atacou de novo, para registar as diversas fases de um pôr-do-sol à beira-rio, num domingo de inverno:

Há dias assim... fantásticos!
  (escusado será dizer que foi passeio de outro domingo....)

sábado, 16 de fevereiro de 2013

BICAS, COM DICAS!


Vitor Gaspar é um homem de muitos talentos - infelizmente camuflados pelo milhão de desempregados que tem no colo (descontando os ditos inativos, em desemprego de longa duração, que já desistiram de procurar emprego pelas vias do IEFP, que só os arranja de lupa e para lavar escadas pelo preço da uva mijona) - e, após muito refletir, lá encontrou outra solução para extorquir dinheiro à malta, sem ter de contratar mais pessoal para a fiscalização: servirmos todos de fiscais uns dos outros!

A ideia peca por pouco inovadora, já no tempo da "outra senhora" havia uma do género: qualquer vizinho podia denunciar outro por não ter licença para o isqueiro, o que dava direito a multa. Com a nuance que agora é no ato de qualquer compra, desde um simples café, a um quilo de batatas na mercearia ou a uma revista no quiosque da esquina que a fatura é absolutamente necessária. Tanto que qualquer distraído pode ser punido com uma multa avultada, nem sei se ao gosto do fiscal.

Se,  em princípio, ninguém tem nada contra a apresentação de faturas de restaurantes, oficinas de reparação automóvel ou supermercados, por exemplo, alguém se lembra de pedir uma por um croquete, gelado ou afim que dê no apetite? Com um fiscalzito ali à porta (ainda está para ver se a vizinhança também pode participar no "festarú"!), a "matar dois coelhos de uma cajadada" (quando um único chegava!), de multa em riste? E se não têm fiscalização para os comerciantes, como é que vão ter para toda a população? 

Ferreira Fernandes - um dos cronistas mais acutilantes da nossa praça - dá uma sugestão:    


"Bicas, perdão, dicas para fugir à multa

Quando saí do café, o homem, engravatado e educado, abordou-me: "Boa tarde, sou da AT, Autoridade Tributária e Aduaneira..." Eu, que nisto de diálogos com as autoridades tenho muito ano, desviei a conversa: "O senhor desculpe-me, mas como é que AT quer dizer Autoridade Tributária e Aduaneira?" Mas ele, também com muito ano, não atou nem desatou: "Mostre-me a fatura, por favor." E eu: "Fatura, não tenho." Ele: "Mas tem de ter, tomou café." Eu: "Não tomei, não." Ele, que a sabe toda: "O senhor entrou no café e como consumidor final tem de pedir fatura." Eu: "Mas qual consumidor? E final? De onde é que me conhece para me chamar consumidor final?! Entrei no café para aquecer." Ele: "O senhor está a obtemperar..." Eu sabia, ponham uma autoridade tributária a fazer de gnr e ele fica logo a falar como um gnr... Fugi para a frente: "Exijo uma lavagem ao estômago para ver se há cafeína." Olhei para o interior do café e vi as saquetas de publicidade: "E tem de ser Delta! Porque ainda devo ter resíduos do Nespresso que tomei em casa..." O tributário hesitou, guardou o papelinho da contraordenação (é o que eu dizia, é assim que eles chamam à multa) e mandou-me seguir. Fiquei a vê-lo a caçar outro cliente. Este estava tramado, ainda mastigava o croissant... Dali até à esquina, fui pelo passeio sempre a fazer sinais de luzes aos consumidores finais que iam em sentido contrário."

Ferreira Fernandesin "Diário de Notícias" de 14 de Fevereiro de 2013.

Imagem do facebook.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

CORTES (SEM COSTURA)!

Para terminar a semana de Carnaval em beleza, eis mais uma coleção de cartoons humorísticos sobre politiquices nacionais e mundiais! Se já acabou e levarem a mal... que se lixe!

Difícil, né?

A solução preconizada pelo "iluminado"...

... e outras que também concernem à iluminação!

A ordem alfabética do costume...

Já não se pode ser um "honesto" ladrãozeco de meia-tijela?

Credo! Quem não se impressiona...

... ou admira?

Mas não pensem que é só de agora, que já fez "escola" noutros tempos...

BOM FIM DE SEMANA E DIVIRTAM-SE!

Cartoons do facebook.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

♥ OUTRA VEZ ♥

Hoje é dia dos Namorados. Outra vez. Um ritual que se cumpre todos os anos, à semelhança do que acontece nos países anglo-saxónicos, numa tradição recente e claramente importada. O comércio, em geral, e os restaurantes, em particular, agradecem. Um aumento de clientela (apaixonada ou não) é sempre bem-vinda!

Nem vale a pena pregar contra o consumismo nestas datas. Cada um oferece o que pode e comemora como deseja e a mais não é obrigado. No entanto, ainda hoje me enternece mais reparar naquele "brilhozinho nos olhos" dos jovens apaixonados (e não só!), do que propriamente grandes demonstrações afetivas com presentaços a condizer. Ainda há poucos dias - por ocasião do aniversário da minha mãe e num restaurante - encontrei-o nos olhos de uma das minhas sobrinhas, que guardou cuidadosamente na mala um dos pacotes de açúcar que sobrou dos cafés, devidamente decorado com corações transparentes que permitiam vislumbrar as pedrinhas cor-de-rosa no interior. Para oferecer ao namorado...

Enfim, se refiro a juventude é por normalmente ser nessas idades que as paixões batem mais forte e de forma mais visível, mas não deixam de existir em todas as fases da vida, patentes no carinho de uma mão dada ou na ternura e cumplicidade de um olhar.

De igual modo todos sabemos que nem todos os romances têm um final feliz, como nos contos de fadas. Mas alguns têm o condão de nos recordar bons momentos vividos a dois. Em sintonia com o presente ou o passado, "Outra vez" na voz de Maria Bethânia ilustra esse romantismo indizível: 


 UM DIA MUITO FELIZ PARA TODOS! 

Imagem da net.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

LOUCURA?

"Loucura é repetir a mesma coisa vezes sem conta, esperando de cada vez um resultado diferente."
Albert Einstein

Não se sabe exatamente porque razão, mas enquanto primeiro-ministro Cavaco Silva resolveu acabar com o Carnaval. Não se sabe, mas imagina-se que na sua habitual falta de sentido de humor não entendesse uma tradição popular tão antiga de cerca de dois séculos... ou mais! Não existiam leis que estipulassem que a terça-feira era feriado nacional, era apenas um costume de longa data, de modo que decidiu unilateralmente acabar com a tradição. Decorria então o ano de 1993. 

O fiasco foi enorme! Se até aí a contestação ao seu governo decorria maioritariamente na Assembleia da República, ela passou para as "ruas": tanto adversários como correlegionários não acataram de bom grado a medida, sucederam-se desobediências de ministros, autarcas e demais funcionários públicos, tornando-se no Carnaval mais contestatário de sempre no país. Em consequência dessa determinação (e de outras que se seguiram) abandonou a liderança do partido no final do mandato, antecipando os maus resultados nas eleições seguintes. Aí, acertou na 'mouche'!

Então porque é que 20 anos depois aparece um Passos Coelho - "El-Rei Dom Koelhone Esfolado Intéaotutano", na versão carnavalesca de Torres Vedras - com a mesma fixação? Como era de prever, foi novamente cilindrado! Não lhe bastava a experiência de Cavaco ou a do ano passado? Não! Insistiu, com a hipocrisia  de sempre e o blablabá da produtividade em tempos de crise e tal. 

Com tanta gente temerosa de perder o emprego (e o seu sustento!), supus que desta vez a injustiça passaria  "em branco". Mas não! O "feriado" existiu para a maioria da população e os poucos trabalhadores de serviço a pegar no batente ainda se divertiram com as máscaras e as cabeleiras dos colegas mais ousados... Quer dizer, os que não ficaram ainda mais indignados e irritados com o PM e a sua desnorteada governação...

Bingo!

Imagem de Vlad Rodriguez, artista peruano residente em Miami.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

CARNAVAL, NO POLITEAMA...

... de outros tempos, tinha sempre concurso de máscaras, para deleite da criançada... e não só! Ainda longe de se tornar no palco preferencial de Filipe La Féria, as crianças desfilavam para um público folião e entusiasmado, que enchia a plateia, os camarotes, o 1º e o 2º balcão e que, no final, votava na sua máscara preferida. 

A menina fotografada ganhou várias vezes o primeiro prémio, para seu grande desgosto: ambicionava secretamente o segundo! "Porquê?", perguntarão. Pois, porque o prémio para a máscara vencedora consistia numa frisa para todas as estreias do cinema, durante um ano - do qual beneficiavam, sobretudo, as suas tias -, enquanto o segundo dava direito a uma bela e reluzente bicicleta. Mas essa, nunca conseguiu ganhar... 

Agora não admira que se sagrasse vencedora! Por muitas damas antigas que tivessem visto noutros carnavais, alguma se assemelhava ao deslumbramento de cada um destes vestidos, ricos em pormenores de pregas, franzidos, drapeados e enfeites, para além da atenção aos acessórios adequados e complementares de perucas, leques, luvas e bijuteria, entre outros?

E como é Carnaval e ninguém leva a mal, fica a pergunta que se impõe: quem é a menina? Hoje em dia mais "crescidinha", mas reconhecível pela expressão do sorriso simpático e alegre! (e não, não é da minha família...)

VIVA O CARNAVAL, HOJE E SEMPRE!

As fotografias (profissionais e dos anos 40) são de Marc Lenoir, via facebook. Com autorização da própria, evidentemente!

ADENDA a 13 de fevereiro de 2013 - Como o Rui da Bica depressa adivinhou, trata-se de Alice Vieira em menina e moça, nos Carnavais de 1949 e 1947, respetivamente. Obrigada a todos pela participação.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

HITCHCOCK

Não é novidade para ninguém que considero Hitchcock um dos maiores realizadores de sempre. Tanto que escrevi o 900º post do Quiproquó em sua homenagem. Era inevitável, portanto, que fosse ver o seu filme, independentemente de qualquer Oscar ou prémio cinematográfico para que esteja nomeado. Aliás, para Oscar parece ser apenas candidato ao de melhor caracterização, que desde já lhe atribuía de mão beijada: Anthony Hopkins está irreconhecível debaixo da pele, rugas e papada do grande mestre do suspense. Ora vejam lá (melhor que isto... só com cirurgia plástica!):

O filme não pretende ser biográfico: decorre em 1959/60, na época em que decidiu filmar "Psico", envolvendo todo o processo inerente, desde a procura do roteiro ao primeiro contacto com atores e atrizes, passando pelos problemas com os "tubarões" da indústria, financiamento e distribuição aos diálogos possíveis com o excessivamente preocupado censor de serviço e incluindo aspetos inéditos (ou ficcionais) das filmagens, no seu relacionamento com todos os intervenientes, em geral, e com a sua mulher, Alma Reville (Helen Mirren), em particular. Tudo temperado com o sentido de humor "very british" e o génio que o caracterizou, mas que nem por isso o tornava uma personalidade de fácil convívio...

Scarlett Johansson, Toni Collette, Jessica Biel, Danny Huston e James D'Arcy, entre outros, têm a seu cargo algumas interpretações secundárias, mas que não destoam do fantástico desempenho dos atores principais. Ou seja, Sacha Gervasi rodeou-se de um excelente naipe de atores nesta sua "quase" estreia na realização cinematográfica. 

O resultado? Uma classificação de 7/10, na IMDb e 3 (em 5) estrelas do crítico Jorge Leitão Ramos. Abaixo do que julgo merecer, embora seja suspeita como grande fã da personagem retratada. Segue o trailer


Se o realizador deste filme tivesse a mesma noção de Hitchcock sobre a reação do público, certamente saberia que me fez rir - sobretudo com as conversas entre o casal - mas que também dei um pinote na cadeira, perante uma cena inesperada e muito hitchcokiana... 

Imagens da net.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

SOB O SIGNO DA SERPENTE

Comemora-se hoje um novo ano chinês, desta vez sob o signo da serpente, que vem substituir o do dragão. Como não sou entendida em astrologia, muito menos chinesa, fui espreitar o que vaticinam  os gurus da especialidade sobre este ano que termina a 30 de janeiro de 2014. Não cheguei a nenhuma conclusão! Para além de preverem que é propício a ampliar conhecimentos e estudos, já que a sabedoria é uma das características do signo, as opiniões são muito díspares. Cautela (contra ataques viperinos) e planeamento também são palavras de ordem, mas assim como assim são conselhos úteis para todos os tempos...

Por cá festeja-se o Carnaval, tradição antiga mas de má memória para alguns dirigentes atuais (e passados?!?), que teimam em acabar com os festejos, por decreto. Só pode ser inveja: com tanto Carnaval que nos oferecem o ano inteiro, temem a concorrência e a animação popular numa festa de três dias, em que não são protagonistas. Nem convidados, para lá de algumas caricaturas normalmente pouco abonatórias. Já não se pode ser "pobrete e alegrete"

Enfim, os decretos só servem para alguns funcionários públicos - nem sei em quem pretenderão mandar, quando privatizarem tudo o que estiver ao seu alcance - já que as escolas, vários contratos coletivos de trabalho e muitas câmaras municipais estipulam que terça-feira será feriado. Ou seja, goste-se ou não do Carnaval, certo é que o tratamento entre "filhos e enteados" mantém-se. Em nome da produtividade em clima de austeridade (serve para tudo!), prevendo-se algumas "cabeleiras loiras" a trabalhar... afincadamente!

BOM CARNAVAL!

Imagem do facebook.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

DIZ-ME, ESPELHO MEU...

... onde estive eu? OK, o espelho não é meu! Aliás, já não o via há mais de 20 anos. Mas que o local é de visita obrigatória para turistas nacionais e estrangeiros, é certo. E não só, já que os lisboetas também acorrem a este emblemático local da sua cidade...

Então, quem é que adivinha? Fácil, fácil... Difícil é enquadrar a fotografia, sem que ninguém se interponha no caminho!

ADENDA a 9 de fevereiro de 2013: como a Catarina, a Nina, a São e a Rosa dos Ventos depressa descobriram, trata-se da "Pastelaria Versailles", inaugurada a 25 de novembro de 1922 e situada no nº 15 da avenida da República.  Obrigada a todos pela participação!

(outros aspetos da decoração interior da pastelaria)

BOM FIM DE SEMANA!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

SALSA E COMPANHIA!

Se bem se lembram, após ter plantado salsa num vaso com enorme sucesso - floresceu e usei na culinária doméstica durante vários meses - em novembro passado resolvi repetir a experiência, desta vez indo mais longe e lançando à terra sementes de alface e de tomate, para além das ditas de salsa. Como também referi, trata-se de uma mini-plantação caseira, já que não tenho quintal, varanda ou terraço para expandir a "produção"...

Como quase todas as experiências de leigos, algumas coisas que correram mal e outras bem. A primeira coisa que correu mal (e isto soube pelo Kim, já perito nestas lides) foi juntar todos os restos de terra que tinha e despejá-la nos vasos - segundo ele, convém que a terra seja "fresca". A segunda foi a alface: a primeira a rebentar, mas não sei se por excesso de sementes revolveu completamente a terra, os pequenos caules emaranharam-se todos uns nos outros e, quando os pés de tomateiros e a salsa despontaram, já estavam meio a cair para o lado. Até tombarem de vez, sem remédio! A salsa demorou mais tempo a crescer - quiçá se por causa da terra se devido à menor exposição solar - mas já está pronta a consumir. Falta agora a parte mais difícil - a necessária transferência dos tomateiros para outro vaso mais espaçoso, de modo a possibilitar o seu desenvolvimento (na esperança que deem frutos), tal como vem explicitado na embalagem. Uma coisa é certa: apesar do desaire com as ex-futuras-alfaces, não deixa de ser gratificante ver as plantas crescer!

Entretanto, por puro acaso fiquei a conhecer um projeto camarário de hortas urbanas, que foi implementado aqui na junta de freguesia de Benfica, vai para ano e meio. Julga uma pessoa estar a par do que se passa na sua terrinha, para um dia deparar com isto, mesmo em frente ao CCColombo:

Denomina-se "Parque Hortícola da Quinta da Granja" e a explicação mais detalhada encontrei-a no blogue "Retalhos de Bem-Fica". Mas uma iniciativa autárquica a aplaudir, sem dúvida, a avaliar pelos resultados visíveis. E também para não dizerem que só critico os políticos cá do burgo...

Colagem fotográfica das várias fases da experiência e fotografia do parque hortícola.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

GRUPOS

A dinâmica de grupo normalmente é complicada: raros são aqueles que param para pensar pela sua própria cabeça e não são arrastados para situações que de outro modo evitariam. O que é notório aos mais variados níveis, como nos exemplos que se seguem:

entre irmãos (com as respetivas consequências...) ;

nas hostes partidárias e/ou contestatárias (cartoon de Quino);

na "carneirada"  que prefere acreditar na "música para os seus ouvidos", em vez de observar a realidade que a rodeia...

... ou já está tão insensível, que esquece o óbvio.

Com cabeças de fósforo, o resultado costuma ser este!

Nem sempre os denominados grupos de apoio são de grande ajuda... em casos mais problemáticos!

Até as meias, protagonistas de um dos maiores mistérios da humanidade, passam por elas... 

Divirtam-se!

Cartoons do facebook.