segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

FECHAR (O ANO) EM BELEZA!

Uma simples mensagem desenhada na areia...
Não resisti a partilhar este momento de arte, música e fantasia!
E mesmo que as palavras e as minúsculas partículas sejam levadas pelo vento, há memórias que nunca se apagam...
(vejam até ao fim, que o clip tem apenas 3m26s)



(Obrigada, Michel!)

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

DIA A DIA

Um rapaz, Noah Kalinda, tira fotografias a si próprio ao longo dos últimos 6 anos, e parece que já tem diversos admiradores a seguirem-lhe as pisadas... Querem assistir a um resumo da vida de Homer Simpson durante os seus 39 anos? Então, vejam o clip.


Claro que ter um espelho em casa também dá jeito e é mais rápido...

FELIZ 2008!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

BURAQUINHO E BURACÃO

Nas vésperas de Natal percebi que as minhas pantufas - compradas junto a um hipermercado, no ano passado – estavam a precisar de reforma urgente. Uma já tinha um buraquinho, a outra rompeu ao nível do calcanhar, num imenso buracão. Como já tinha lido na blogosfera que o Pai Natal oferece pantufas, nem me preocupei!

Bem as vi passar, em frente ao meu nariz, para avós e miúdos... mas no meu sapatinho não calharam nenhumas. Ah, não! Não me estou a queixar dos meus presentes natalícios, dos quais gostei bastante, mais variados do que o normal. Mas pantufas (aqui, que nenhum familiar me leia!) só pró Natal do ano que vem.

Então, lá vou cantando e rindo, levada sim pelas minhas pantufas, gentilmente apelidadas de buraquinho e buracão... Que é para não me atirar à goela da criatura que as vendeu, que este ano desapareceu, que prometia que as ditas duravam uma vida!

Já não nos bastavam políticos aldrabilhas, cheios de promessas que nunca se cumprem, ainda aparece esta maltosa?! Hummm... Pensando bem, faz sentido! Quem é que elegeu estes políticos que temos? O povo! Que povo? Este que temos, que também tem um gostinho danado para enganar o próximo...

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

HÁ GATO?



Um gato, que nem sempre se sai bem...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

CHEGA O INVERNO E O NATAL

Hoje começa o Inverno, para trás fica o “Fim de Outono... Folhas Mortas... Sol doente... Nostalgia” – o poema de Fernanda de Castro que me fizeram decorar em criança, do qual me lembro sempre nesta época do ano. Entretanto, vem o fim de semana, depois a consoada e o dia de Natal, hummm... tenho impressão que a blogosfera vai andar “às moscas”!

Então para todos os católicos, protestantes, ortodoxos, evangelistas, muçulmanos, hindus, budistas, agnósticos, ateus e ainda aos diabretes, que por aqui passam, desejo uns DIAS FELIZES! Se se reunirem com familiares e/ou amigos, que sejam MOMENTOS AGRADÁVEIS! Se ganharem PRESENTES NO SAPATINHO, tanto melhor – é sinal que se portaram bem durante 2007 (mas isso já não tenho a certeza de ser uma boa ideia...)

E claro, umas ÓPTIMAS FÉRIAS para todos os felizardos que as estão a gozar agora!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

426

Um aumento de 23 euros, ou de 5,7%, em relação ao ordenado mínimo nacional do ano passado. Com contrapartidas para os patrões – imagino que para os que empregam muito pessoal a trabalhar 40 horas semanais, por esse montante... Que dá a enorme quantia de 2,7€/hora (com arredondamento para cima). Mesmo que só em 35, dá 3€/hora, já uma exorbitância.

Suponho que estes trabalhadores estão isentos dos 11% da Segurança Social, tenho a certeza que não têm retenções na fonte de IRS (é caso para perguntar: qual fonte?). Se assim não for, levam para casa menos de 380 euros...

Passo por cima o esforço de governantes, políticos, sindicalistas e empresários, que não me parece digno de qualquer nota, muito menos positiva – por mais que se auto-elogiem!

Ai, a China e a Índia lá tão longe, e nós com trabalho (quase) escravo aqui tão perto...

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

CONTO DO VIGÁRIO

Ontem, a minha mãe passou pelo banco para tratar de uns assuntos pendentes e aproveitou para levantar algum dinheiro. Que guardou num bolso de dentro do casaco que levava vestido. Saíu, apanhou o autocarro para fazer um pequeno percurso, quando uma sujeita lhe perguntou onde era a paragem do autocarro nº tal. “É onde saio, depois indico-lhe onde é!” – disse ela.

Acompanhou a outra até à paragem que lhe ficava em caminho e seguiu. Às tantas, dá com uma fulana a correr atrás dela: “Uff, uff, venho a correr atrás de si, a senhora não esteve no banco?” Aí, ela já desconfiou:
- Estive, porquê? – respondeu.
- Ah, sabe, o funcionário enganou-a, não lhe deu o dinheiro devido.
Como ela não foi a correr verificar (atitude esperada?), continuou com um imenso blablablá, a explicar que era um estratagema dos bancários, para espoliar os incautos. A mulher ainda levava uns papéis na mão, com cerca de 25 euros, quantia em que supostamente teria sido ludibriada.
- Então olhe, que fique para si! – resumiu a minha mãe, que de burra tem pouco.
- Ah, mas a senhora não está a perceber, o meu colega ali dentro daquele carro explica-lhe melhor – já a criatura estava a perder o fio à meada, do imbróglio inventado.

Não havia volta a dar! Amedrontada, a minha “velhota” apressou o passo, seguindo o seu rumo...

domingo, 16 de dezembro de 2007

GOSTAS POUCO GOSTAS...

... de fazer testes parvos e levar com respostas idiotas!

O DESAFIO GLOBAL é da Vanadis: basta espreitar o site da Radio Comercial, nos QUIZ.

São tantos e tão bem estruturados, que ao responder ficamos logo com a ideia da nossa personalidade oculta, menos conhecida, quer dizer, aquela em que ninguém repara... nem nós próprios!

Então aqui seguem alguns dos meus resultados:

O QUE É QUE O PAI NATAL LHE VAI TRAZER ESTE ANO?
Paz no Mundo!
(uma cadeirinha a acompanhar também dava jeito!)

QUAL É A SUA PROBABILIDADE DE FICAR MILIONÁRIO?
Vai ficar daqui a 10 anos!
(Uauch!!! Hip-Hip Hurra!!! Xi, mas o que é isto? Para comprar várias vivendas cobertas a azulejos e com nomes bonitos como “Sonhos de nós dois”? Se for muito poupadinha entretanto? Ná, não quero!)

SE FOSSE UM PETISCO DE COMER À BEIRA MAR, QUAL SERIA?
Um pires de tremoços!
(Ora bem, esta condiz comigo! Nem vou explicar porquê...)

SE FOSSE UM SABOR DE GELADO, QUAL SERIA?
Limão!
(Maravilha... nhum, nhum, que delícia! Sou ácida para alguns paladares e doce para outros... É, mas não somos todos?!)

SE FOSSE UM HIT DOS ANOS 80?
“Come on Eileen” dos Dexy’s Midnight Runners
(Deve ter sido por essa altura que os fui ver na Festa do Ávante. Comunista, moi? Nananinaná! Parece que... gosto de diversão!)

SE FOSSE PRENDA DO DIA DOS NAMORADOS?
Ursinho de peluche.
(Bom, devem existir hipóteses piores, mas esta não me parece compatível com o gelado de limão... nhum, nhum!)

COMO CARA-METADE SOU O QUÊ?
DISTRAÍDA?!
(MAS QUE RAIO, ESTIVE AQUI ATÉ ÀS 500 PARA FAZER ESTES TESTES TODOS E AGORA É QUE REPARO QUE O JÓVE JÁ RESSONA NO LEITO E NINGUÉM ME AVISOU???) Grunpfssssss!

(Eh, eh, eh, não fiz os testes todos, mas omiti alguns resultados, que mencionavam personagens que... prefiro não revelar!)

sábado, 15 de dezembro de 2007

SERÁ QUE...?



The Way We Were - Barbra Streisand


Antes que comecem aí a dizer que estou nostálgica (novamente, ai, ai!), o clip deste filme serve apenas para verificar se o Firefox funciona mesmo melhor que o anterior programa. Para já, parece que sim...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

CAIXINHAS!

Que triste ideia a minha de fazer a actualização do Internet Explorer 7, armada em sabichona! Se eu sei que não percebo nada de computadores, porque é que me meti nisto???

Para além do tempo que perdi com a geringonça, ele é caixinhas e caixotes atrás uns dos outros, para entrar no Sapo, no Google, nos blogs, nos comentários. Vá, escusam de me explicar como se eu fosse muito burra (os burros iam levar vantagem), que vou ter de pedir ajuda aqui aos técnicos “caseiros”...

Bom, não se preocupem que não é nenhum virus (gripal ou outro), é só uma chatice aliada a alguma azelhice da minha parte - quiçá da actualização não ser tão fantástica assim?!

BOM FIM DE SEMANA PARA TODOS!

(volto às lides blogosféricas assim que puder...)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

ENCRUZILHADAS

A Su lançou-me um desafio: “Compôr um post em prosa/conto ou poesia com os títulos dos últimos 10 posts, usando outras palavras, pelo meio, para dar sentido ao todo.”

Aqui segue - em prosa, está claro, que versatilidade para poemas só muito de brincadeira - embora, como é óbvio, este texto não seja nenhum cúmulo de seriedade:

ESPANHÓIS, NÓS?! Não há uma, duas ou 500 PALAVRAS DE NON-SENSE que pudessem explicar esse CIRCO, aqui no nosso jardim à beira-mar plantado. IMAGINEM só as AGRESSÕES (mais que) PRECOCES à nossa língua, com todos a tentar falar espanholês ou portunhol...
Num simples PASSEIO MATINAL, ao depararmos com UMA FLOR CORTADA, recordariamos a nossa independência e liberdade perdidas, em que FICÇÃO E REALIDADE se confundiriam ao longo de quase nove séculos de História. Desnorteados, nem umA BÚSSOLA DOURADA serviria para indicar o caminho a percorrer, no futuro.
- Oh, Paco! Já não SAI UMA MINI ali para a mesa do canto, que a mulher já está a divagar...”


A encruzilhada, aqui, é nomear 10 bloguistas dispostos a escrevinhar um palavrório deste género, tendo em conta as especificidades de cada um (sem título, com sequências numéricas, mais dirigidos a assuntos sérios) e sem invadir muito a esfera dos amigos dos restantes nomeados – ainda por cima, quando há malta a partir de férias... Obviamente, o desafio está aberto a todos que o queiram apanhar, mas seguem os eleitos (ou vítimas, conforme o entenderem!):
Vanadis, Kátia, Laurinha, Sun Iou Miou e Inês (a Anja, que a outra está melhor e vai de férias);
Fausto, Psycho_Mind, Vício, Crestfallen e Carlos II.

Vá, espero que todos se divirtam, que a vida são dois dias e o Natal... é já a seguir!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

A BÚSSOLA DOURADA

“Mundos Paralelos é uma trilogia mágica e poderosa, recheada de aventuras, imaginação e mistério”, descreve a contracapa do livro de Philip Pullman - “Os Reinos do Norte”, o primeiro da série - e cujo filme recebeu o título:

“A BÚSSOLA DOURADA”
(The Golden Compass, no título original) 2007
Realização: Chris Weitz
Elenco: Dakota Blue Richards, Daniel Craig, Nicole Kidman, Eva Green, Sam Elliott, entre outros.
Argumento: Chris Weitz e Philip Pullman

A protagonista - Lyra Belacqua, uma menina de 11 anos - reside num mundo paralelo onde cada ser humano vive acompanhado por um animal (daemon), que simultaneamente funciona como consciência. Orfã, vive no Colégio onde o seu tio desenvolve pesquisas na busca de um outro mundo, que não é bem encarada por alguns dos elementos mais poderosos, mas este acaba por conseguir o patrocínio para uma expedição aos reinos do norte. Entretanto, a bela e influente Mrs. Coulter cativa a pequena Lyra, levando-a a viajar consigo. Ao descobrir que esta não é tão benévola como aparenta, a menina foge com Pan (o seu daemon) e a bússola dourada que o director da escola lhe ofereceu antes de partir. E aí começa uma alucinante e perigosa aventura, cheia de criaturas fantásticas, envolvendo ursos couraçados, feiticeiras esvoaçantes, um povo nómada e Gobblers raptores de crianças, numa luta sem tréguas entre o Bem e o Mal...

Curioso ainda foi o facto deste filme ter sido apontado como “herege” por alguns sectores católicos americanos, que o pretenderam boicotar. Embora ateu convicto, o escritor britânico parece mais apostado em denunciar a manipulação do poder, por quem o pretende preservar a todo o custo. O que não é exclusivo da Igreja Católica, convenhamos...

Para saber o final... pois, vamos ter de esperar pelo seguimento desta saga cinematográfica!

*****
P A R A B É N S, LAURINHA!

domingo, 9 de dezembro de 2007

PASSEIO MATINAL

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

FICÇÃO E REALIDADE

Uma rainha-madrasta controla a vida do seu príncipe-enteado, de modo a que ele não consiga encontrar uma mulher que a substitua no poder. Não sei porquê, não me soou estranho! Apesar dos esforços da megera, ele acaba por encontrar uma menina pura e doce, pretendendo fazer dela sua rainha. Antes do casamento se realizar, a bruxa (não estavam já a suspeitar que o era?) atira a jovem para um poço, do qual sai noutra dimensão: numa rua de Nova Iorque! Um local onde “ninguém consegue ser feliz para sempre!”, segundo afirma a velha.

Bom, este é o início do filme de acção, romance, fantástico, musical, animação, desenhos animados, efeitos especiais (Uff! Já disse todos os géneros?):

“UMA HISTÓRIA DE ENCANTAR”
(Enchanted, no título original) 2007
Realização: Kevin Lima
Argumentista: Bill Kelly
Elenco: Amy Adams, Patrick Dempsey, James Marsden, Timothy Spall, Idina Menzel e Susan Sarandon, entre outros


Os ingredientes remexidos no caldeirão são os de todas as histórias sobejamente conhecidas, com condimentos de Branca de Neve, Cinderela, Bela Adormecida, Música no Coração, Mary Poppins, King Kong e uma pitada de Shrek, só assim ao primeiro paladar.

Literalmente só, na sala de cinema, A-D-O-R-E-I! Resta saber se foi do tempero do cozinheiro, se da vontade de comer um prato saboroso, em que os últimos tempos não têm sido fartos... na realidade!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

UMA FLOR CORTADA...

... não volta ao ramo (provérbio chinês)!

Não dá para colar com cola, com cuspo ou com lágrimas...

E o mesmo acontece com as árvores! Daí, a minha árvore de Natal ser sintética.

Aliciados por uma publicidade, houve um ano em que “alugámos” uma natural. Pagámos e comprámos um vaso e terra, onde colocámos o abeto. Este seria devolvido e replantado, depois de passada a época natalícia, e parte do dinheiro seria reembolsado. Escusado será dizer que não foi nada disso que aconteceu: a caruma passou a abundar no chão da sala e a coitada da árvore estava cada vez mais despida! O que era notório, apesar dos enfeites e bolas que a ornamentavam...

Na consoada - que nesse ano foi cá em casa - toda a família reparou naquele esqueleto desenxabido, não faltaram os palpites: água a mais ou a menos, aquecedores ligados, raizes parcialmente cortadas, etc. e tal. Já estava completamente nua, quando era suposto regressar às suas origens... Nunca mais!

Os relacionamentos humanos também são como as plantas: se não se regarem, se não se mantiverem à temperatura ideal, se se cortarem as raízes, murcham e morrem. Há que ser um “fiel jardineiro”!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

CIRCO

Nunca gostei de circo! Quando era miúda, ainda achava piada aos palhaços. Mais tarde, percebi que a única actuação que gosto realmente de ver é a dos mágicos. Mas esses têm espectáculos próprios, que tive a sorte de assistir a alguns, ao vivo.

Feras amansadas, cães e macacos amestrados, cavalos e elefantes emplumados, trapezistas, funâmbulos, equilibristas e contorcionistas assustam-me mais do que me divertem. E a pobreza daquilo tudo é visível, na meia rota da mulher que anda lá a voltear no ar sem rede, na maquilhagem espaventosa para disfarçar a idade avançada, no puto em idade escolar que serve de assistente, nas jaulas a que todos os animais estão confinados...

Durante anos tive um circo à porta, na época de Natal. Era um caos de trânsito, de gente, de confusão. Os animais uivavam, relinchavam, bramiam durante a noite. Certa vez, até nos pediram água na rua, que nem isso tinham. “Para um bebé, que está doente”, disse um homem. Mesmo embirrando com mentiras disparatadas, enchi os dois baldes. Devia ser um bebé elefante, mas pronto! Quando levantavam a tenda, deixavam para trás uma enorme lixarada, que o contrato com a CML não incluía contentores para o lixo! Não era lixo deles, mas dos múltiplos visitantes que, descuidados (para só dizer o mínimo!), iam “marcando o território”.

Bom, Sábado passado tive convites para ir ver o Cirque du Soleil, no Pavilhão Atlântico, em “Delirium”. Não se pode dizer que seja circo, ou pelo menos não tem aquela faceta paupérrima e deprimente, nem tem animais como artistas. Gostei dos jogos de luz e cor, do tentar dar um fio à meada na sequência, do homem das andas, da interactividade com o público, da música que não é só o ribombar dos tambores a vaticinar um auge do espectáculo. Mesmo assim, ainda dormitei para lá um pouquinho. Numa cadeira de suma a plástico, que não dá jeito nenhum... “Insensível às artes!”, acusou-me uma amiga mais brincalhona.

Circo não é a minha onda, nunca pagaria para ver, ainda por cima com preços bem carotes. Porém, a actividade circense mais evidente estava ali a meia dúzia de passos, em pleno Centro Comercial Vasco da Gama, com a malta toda alucinada, como se estivesse no metro à hora de ponta, num momento de pânico...

domingo, 2 de dezembro de 2007

IMAGINEM...

sábado, 1 de dezembro de 2007

ESPANHÓIS, NÓS?!

Não tenho nada contra o povo espanhol actual: simpático com turistas, mais alegre e comunicativo que a maioria dos nossos conterrâneos; melhor elucidado nas escolhas políticas, sem dar votos e benesses aos aldrabões; com uma economia mais sólida, uma qualidade de vida superior (estatisticamente, porque lá como cá existem pessoas a viver miseravelmente), uma comunicação social que não perdoa erros de ninguém...

Mas lá por isso quero ser espanhola? NÃO!!! A iletracia reina por este “jardim à beira-mar plantado” há anos demais, por vontade dos próprios governantes, já vai para cerca de... 80 anos! Quando um intectual, ou intelectualóide - em jeito de “piada” – diz ou escreve que o nosso País começou mal, com o D. Afonso Henriques a bater na mãe e que o D. João IV devia ter ficado sossegado a caçar lá na sua coutada alentejana, aparecem inúmeros bacocos a aplaudir! O desconhecimento generalizado da nossa História, aliado ao cinismo desta “prata da casa”, fere-me os ouvidos e os sentidos!

Mesmo passando o “bater na mãe” do nosso primeiro rei (exércitos contra exércitos, não um contacto físico para ser tomado à letra), a dinastia Filipina – de 1580 a 1640, para quem não se recordar das datas – teve passos irreversíveis no descalabro que se seguiu:
1º As nossas naus naufragaram com a “Invencível Armada” espanhola, frente à frota inglesa;
2º Depois da derrota, tanto as nossas zonas costeiras, como as dos territórios onde desenvolviamos o nosso comércio foram saqueadas ou tomadas por outros países, nomeadamente Inglaterra e Holanda;
3º Aumento de impostos;
4º Inquisição, Index (os textos cuja leitura era proibida pela Igreja) e anti-judaísmo;
5º Vários surtos de peste, tifo e fome;
6º Revoltas populares em vários locais do país;
7º Recrutamento para as guerras em que a monarquia espanhola se envolvia;
Será que o domínio espanhol foi bom? Cá por mim, dispenso!!!

E agora, o que podemos fazer contra este “sem rei nem roque” nacional?

Temos o 5º poder nas mãos, ou melhor dizendo, no nosso teclado. Que é o puro e simples poder de nos indignarmos, perante as muitas injustiças e notícias que (o)correm diariamente, num país que ainda é nosso...