sábado, 28 de junho de 2014

A FOZ DO ÂNCORA

Vila Praia de Âncora foi a terra onde nasceu (e morreu) o meu pai. Não a considero particularmente bonita, pois junto à praia e à foz do rio Âncora a urbanização cresceu desordenadamente (de há uns 30 anos a esta parte, que o mal não é de agora), em casas que não sendo arranha céus são altas demais e de azulejos ao gosto do freguês. Literalmente.

Mas de beleza inegável era a foz do rio a desaguar no Atlântico. No entanto, as tempestades deste inverno até isso resolveram retirar à vila: o grande caudal do rio e o mar revolto rebentaram com uma duna e o curso do rio... mudou. O que, obviamente, não agradou minimamente à gente da terra. Quando lá estive nos feriados de junho estavam a repor o rio no respetivo leito, foz incluída. Eis as imagens:

nota-se que o rio costumava ser bem mais largo; 

e que houve mão humana para lhe repor o percurso.

E a duna? Bom, essa ainda está longe de o voltar a ser, que o mar escortanhou ali uma grossa fatia. Como podem ver...

Já nas outras praias da região os efeitos da invernia não permaneceram tão visíveis, mesmo que na mata de Camarido ainda se possam observar algumas árvores rachadas pelas fortes ventanias.

(entre Vila Praia de Âncora e Moledo)

(Moledo)

(pormenor da ilha)

(praia da foz do rio Minho)

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Quanto ao resto, caros amigos, quero agradecer a todos os desejos de melhoras - estou efetivamente melhor e sem febre, pelo que espero ter alta daqui a alguns dias. Gracias e bom fim de semana para todos!

domingo, 22 de junho de 2014

7 ANOS E PICOS

Na passada terça-feira o Quiproquó comemorou 7 anos aqui neste cantinho: Uma data aparentemente deixada em claro pela sua escrevinhadora, gerente, proprietária, administradora, etc. e tal. Mas só na aparência, porque já tinha planeado duas surpresas, uma das quais não se chegou a realizar: dar umas voltinhas pelo Porto e desta vez "festejar" com fotos locais. Acontece que demos as voltas. Muitas, até, uma vez que andámos perdidos em Gaia. Mais de uma hora. E adeus "Lello" que ainda não é desta que te vou conhecer in loco.

Entretanto, depois de umas férias maravilhosas, o reverso da medalha: outra vez uma febrezitas, grandes dores de cabeça e uma soneira que mais parecia ter sido mordida por uma mosca tsé-tsé. Médico, análises, etc. e tal... e de volta para o hospital., para mais um internamento. Aqui não tenho portátil - o maridão traz e leva no mesmo dia, de vez em quando. De modo que quando puder faço-vos uma visitinha, com tempo - o que hoje não é o caso.

O que esta gaivota tem de especial? É uma gaivota do Douro...

Boa semana para todos!

domingo, 15 de junho de 2014

O PIANISTA (e outros)

É mesmo um 4 em 1: são quatro livros num só volume. Claro que as histórias são relativamente curtas, com cento e tal páginas cada uma. A que me chamou mais atenção foi a de Ken Follett, uma vez que aprecio bastante o ritmo acelerado e inesperado que ele confere aos seus enredos: li de rajada! Mas como nunca tinha ouvido falar deste título, fui investigar na wikipédia e acabei por descobrir que as Selecções do Reader's Digest resolveram inovar nesse capítulo - "Whiteout", escrito em 2004 e que obteve a tradução de "A Ameaça" noutras editoras, aqui virou "Perigo Biológico".

Uma empresa de produtos farmacêuticos é assaltada durante a noite de Natal, mas o intuito dos assaltantes não é roubar fórmulas ou medicamentos inovadores, mas o próprio virus que se pretende combater. Para quê? Para com ele infetar a população londrina (e o mundo ocidental, de um modo geral), por obra de um grupo terrorista organizado, com o conluio do próprio filho do dono da empresa, que se encontra crivado de dívidas. Quem não está pelos ajustes é Toni Gallo, a responsável pela segurança das instalações...

Contudo, foi "O Pianista" de Wladyslaw Szpilman que mais me interessou: nunca vi o filme e sendo um relato real do que se passou com o autor - um pianista e judeu polaco a viver em Varsóvia, durante todo o período da II Guerra Mundial - tem todos aqueles contornos da maldade humana, que ainda hoje nos parecem impossíveis de conceber. E também da solidariedade no seu limite máximo - quando ajudar o próximo podia significar perder a vida e condenar à morte a própria família. Muito bom, ainda mais tendo em conta que o autor era pianista, não escritor. 

Citação:
"Os jovens recrutas das forças policiais judaicas eram, na sua maior parte, provenientes dos meios mais abastados, e vários parentes nossos faziam parte delas. O choque ainda foi maior quando vimos aqueles homens a quem costumávamos apertar a mão comportar-se de maneira desprezível. Dir-se-ia que a mentalidade gestapista se tornara neles uma segunda natureza. Bastava envergarem o uniforme e pegarem na matraca de borracha para mudarem por completo."

Também li os outros dois romances, mas ambos são demasiado cor-de-rosa para o meu gosto. Ainda me ri com o último, que depois de um começo radicalmente infeliz - um homem solitário condenado a morrer breve e precocemente de efisema pulmonar (por fumar e beber muito, tá claro!) - tem um desfecho tão feliz... que parece outro livro! Mas enfim, em seu abono, são ambos levezinhos e leem-se rapidamente... 

sexta-feira, 13 de junho de 2014

OS ENCANTOS CAMINHENSES

Enfim, parece que não sou a única a não conhecer o país de lés a lés, apenas o Rui, o Carlos, a Rosa e a Janita conseguiram identificar a vila de Caminha, no post anterior. Assim, para quem desconhece a bela e característica vila, fica a colagem e respetiva explicação de alguns dos seus aspetos mais marcantes: foto 1 (da esquerda) - vista panorâmica a partir da foz do rio Minho; foto 2 (a de cima, à direita, seguindo-se as restantes pela mesma ordem) - igreja matriz de Caminha; foto 3 - rio Coura e ponte onde passa o comboio (cujo nome desconheço, hélas!); foto 4 - estação de comboios (que ganhou vários prémios, nos anos 40 e 50 do século passado); foto 5 - uma das muitas janelas floridas no centro da vila; foto 6 - pormenor de azulejo que decora a estação, com imagens das paisagens, monumentos, edifícios e do dia a dia da população local (no caso, a Torre do Relógio, captada também numa das fotos do post anterior).

Claro que os encantos de Caminha não se esgotam nestas imagens, muito mais haveria a acrescentar, mas nem este texto pretende ser um "massacre cultural", nem o espaço blogosférico é o mais adequado para destacar todos pormenorizadamente. Contudo, num dos próximos posts não deixarei de referir a visita a algumas praias das redondezas, muito maltratadas este inverno...


FELIZ SANTO ANTÓNIO PARA TODOS!
(especialmente para o "santo" cá de casa, que fez o milagre de ter nascido neste dia, há... mais de meio século!)

quarta-feira, 11 de junho de 2014

UMA VILA PORTUGUESA, COM CERTEZA!


Há pessoas que conhecem Portugal (e o mundo) de lés a lés, o que está longe de ser o meu caso. E uma das razões é a velha mania de voltar a lugares onde já fui muito feliz, como aqui é o caso. Sabem onde?

E  pronto, segue mais uma pista fotográfica, para facilitar:

Fácil, não é?

ADENDA A 13 de JUNHO: Parabéns ao Rui, ao Carlos Barbosa de Oliveira, à Rosa dos Ventos e à Janita que identificaram a vila de Caminha. Obrigada a todos pela participação!

sábado, 7 de junho de 2014

MUDAR DE ARES...

Andava a malta aqui toda confiante, a fazer as malas para mudar de ares durante uns dias - que com os cortes nos feriados, as "pontes" (quase) desapareceram do mapa e é de aproveitar aqueles diazinhos que ficaram das férias do ano passado - e eis que o S. Pedro muda de ideias e toca de nos mandar chuva em saraivada, como se este inverno tivesse havido pouca...

Facebook ao rubro a protestar que isto já é demais. Alguns - mais informados ou mal intencionados? - insinuam que o S. Pedro sofre de bipolaridade, mas longe de mim querer levantar falsos testemunhos. Certo é que o tempo não está garantido, alguns meteorologistas anunciam chuva para o fim de semana e outros mais arrojados prognosticam uma vaga de calor lá para terça ou quarta. E agora, acreditar em quem? E dentro da mala vão as camisolas de gola alta ou as t-shirts de veraneio? Enfim, tanta dúvida pode desencorajar qualquer um! 

Com ou sem fim de semana prolongado, fica a primeira música que ouvi de Diana Krall (e me fez gostar imediatamente da cantora), "Let's face the music and dance"...


... e um desejo muito simples, wherever you are

DIVIRTAM-SE!

quarta-feira, 4 de junho de 2014

ELA ESTÁ DE PARTIDA

"Elle s'en va", no título original, é um filme francês de 2013, protagonizado por Catherine Deneuve e realizado por Emmanuelle Bercot - que também escreveu o argumento, de parceria com Jérôme Tonnerre. Não se pode dizer que seja um filme de mulheres e para mulheres, mas o modo como o drama e a comédia se entrelaçam denotam bem esse toque feminino: rir para não chorar ou chorar copiosamente por causa da chuva, a rudeza seguida de sensibilidade ou vice-versa, as mudanças de disposição e um dia apetecer bater com a porta e partir - quem nunca passou por isso?

Aos 63 anos, Bettie vive na Bretanha e na casa onde nasceu, com a mãe. Viúva, mantém um caso com um homem casado, que um dia a troca a ela e à mulher por uma rapariga de 25 anos que engravidou. O restaurante que gere está à beira da falência e a pouca solidariedade da mãe com o seu desaire amoroso  -naturalmente satisfeita de ter a filha por perto, em vez de ser recambiada para um lar de terceira idade - dão-lhe esse impulso de sair porta fora. Acontece que entretanto a filha, desempregada, arranja um estágio remunerado em Bruxelas e precisa que ela vá levar o neto a casa do avô, para passar as férias. É assim que ela se vê  a percorrer as estradas de França, com um puto de 11 anos ao lado, e (quase) sem dinheiro para comer...

Eis o trailer


A IMDb classifica o filme com um 6.5/10, o que não admira, já que os filmes franceses são habitualmente mal classificados. Mas é injusto: o filme tem um ritmo, uma música e um argumento que convencem, nos tocam e até emocionam. Muito bom!

Imagem de cena do filme, da net.

terça-feira, 3 de junho de 2014

O EXEMPLO QUE VEIO DE ESPANHA...

Por qué no?

No, she wasn't paying attention...

Imagens do facebook.