Esta história é muito triste: mesmo puxando pela memória, normalmente votei sempre em candidatos presidenciais perdedores. Desta vez também não foi exceção. Aliás, a única foi Jorge Sampaio, em duas eleições, já que cumpriu dois mandatos.
Mas pronto, estas são as regras da democracia, nem sempre os candidatos eleitos são do nosso inteiro agrado: "o povo é quem mais ordena", já cantava Zeca Afonso.
Diga-se em abono da verdade, que não tenho nada de especial contra o tio Marcelo, só me desagrada a sua mitomania e, por vezes, o pendor que tem de distorcer a realidade consoante as suas conveniências (políticas e religiosas). Mas reconheço que é um homem inteligente, culto, educado, simpático e afável. Que é muito mais do que podemos dizer do atual presidente, que à falta destas características alia ainda um espírito mesquinho e vingativo...
Portanto, meus caros, apesar do futuro estar longe de nos parecer radioso (com a crise mundial, europeia e a que sempre ronda por cá!), suponho que todos ganhamos com a troca: Marcelo Rebelo de Sousa a substituir Aníbal Cavaco Silva já é uma (grande) vantagem futura. Desejo-lhe, assim, todas as felicidades no exercício das suas novas funções de presidente da República de todos os portugueses e que sempre se norteie pelo bem de Portugal!
§ - obviamente, as figuras televisivas terão a vantagem de já serem conhecidas do grande público, quando concorrem em eleições; no entanto, não é linear que outros comentadores políticos venham a alcançar igual façanha; ou alguém está a ver o povo a votar em massa em Marques Mendes, António Vitorino ou Francisco Louçã?