domingo, 31 de março de 2013

SETE PSICOPATAS

Bom, com um título destes, o que é que se podia esperar? Uma carnificina do princípio ao fim, como é evidente.

Marty (Colin Farrell) é um argumentista alcoolizado, com dificuldade em alinhavar mais que duas linhas, muito menos em criar as personagens que dão título ao seu próximo filme: "Sete Psicopatas". Depois da namorada correr com ele, aloja-se em casa do seu amigo Billy (Sam Rockwell), ator que nas horas vagas    se dedica a raptar cães de estimação em parceria com Hans (Christopher Walken), para posteriormente sacar avultadas recompensas aos donos dos animais, agradecidos ao prestável senhor que tão gentilmente os "encontrou" e devolveu. O esquema decorre sem complicações, até ao dia em que raptam Bonny, o shih tzu de um perigoso gangster (Woody Harrelson)... 

O filme de Martin McDonagh está classificado com 7.3/10, na IMDb e podem visionar o trailer a seguir:


Os atores vão bem - incluindo Tom Waits num papel secundário e destacando-se Sam Rockwell como amigo alucinado - o humor negro paira nalguns diálogos com piada, mas o filme é completamente non-sense. O que dito assim nem parece mau de todo, mas se acrescentar que o argumento parece escrito pelo tal protagonista alcoolizado e que nada daquilo "cola" minimamente, dá-vos melhor ideia da banhada...

Imagem de cena do filme, da net.

sexta-feira, 29 de março de 2013

ÁGUAS DE MARÇO

O povo diz "abril águas mil", mas este ano janeiro, fevereiro e março parece que entraram na competição, na tentativa de ganhar o prémio de mês mais chuvoso de 2013. OK, também têm direito a destacar-se nesse capítulo, mas facto é que acabaram todos empatados. E a empatar a malta que está mortinha para experimentar uma máquina fotográfica novinha em folha e não está disposta a expô-la às intempéries diluvianas...

Portanto, essa malta não teve outro remédio senão aproveitar cada pequena aberta no céu escuro e cinzento, para se pôr a jeito de clicar como se não houvesse amanhã. Com resultados que nem sempre foram desastrosos - porque é óbvio que uma boa fotografia não depende da meteorologia, mais dos olhos do fotógrafo, da maquineta e da técnica de a saber usar. Mas mesmo quando a técnica não é nenhuma, de vez em quando acontecem umas surpresas.

Em tempos idos, a tal malta perguntou a uma amiga bloguista (e não só!) como tinha conseguido o efeito da foto, tirada nos Açores: parecia a preto e branco, mas revelava uma ligeiríssima nuance colorida. E ela que não, não tinha feito nada, foi a luz do momento. Uma dica valiosa: há momentos que não se repetem nunca, nem na Vida, nem nas "artes" fotográficas amadoras.

Escusam de explicar que o photoshop existe e pode produzir grandes efeitos: a malta sabe! (e anda a tentar treinar umas noções básicas, para lá de utilizar esporadicamente no Picasa algumas das suas funções) Mas pronto, larga aqui a fotografia das suas "Águas de Março" com o dito breve apontamento colorido, sem qualquer retoque, à exceção do acompanhamento musical da Elis Regina:


"Oh, S. Pedro, viró disco, faxavor! Aqui é o fim do inverno, óviste?" - pede encarecidamente a malta.

quinta-feira, 28 de março de 2013

SOL DE INVERNO - conclusão

Para encerrar o passatempo/concurso "Sol de inverno", só resta identificar que foto pertence a cada um dos 19 participantes. Eis a lista completa, segundo a ordem de entrada (ao receber no mail e anunciada individualmente a cada concorrente) e a das duas publicações:

01 - Carlos II
02 - Teté
03 - Poppy
04 - Tons de Azul
05 - Luisa
06 - Catarina
07 - Rui da Bica
08 - W
09 - São
10 - Nina

11 - Kim
12 - Carlos Barbosa de Oliveira
13 - Janita
14 - Ematejoca
15 - Maria
16 - Kok
17 - Rosa dos Ventos
18 - Safira
19 - Papoila

Esclarecido o mistério (ou nem tanto?), também não posso deixar de agradecer a todos a excelente participação, a par da animada prestação no que toca a "adivinhar". Espero que se tenham divertido tanto quanto eu, ainda me ri com algumas deduções e perguntas que colocaram aqui, como noutros "cantinhos"... como quem não quer a coisa! 

Como o intuito foi apenas o de mera brincadeira, quando a Janita me avisou que já tinha publicado a sua foto no blogue, aceitei à mesma. Quem é que se ia lembrar de uma foto publicada há ano e meio, no meio de outras? Ou quem é que iria pesquisar, sendo que já era a 13ª e ainda se perspetivavam outros participantes? Facto é que algumas pessoas lembravam-se e outras pesquisaram, imagino que uma por uma. E não era a única a ter a foto na net...  o que à partida deu logo vantagem ao Rui da Bica (who else?) ao saber qual era a dele e as de outros 3 fotógrafos.

Bom, mas lá está, como o concurso foi a "feijões" - apesar de algumas mentes mais delirantes terem imaginado prémios avultados ou de viagens de balão - quem é que se vai chatear? Eu não, de certeza! E espero que mais ninguém...

Ah, e quem venceu o passatempo/concurso? Tcharan... A Poppy, que com grande empenho,  perseverança e raciocínio lógico identificou os autores de todas as fotografias, sendo que o Rui da Bica e a Nina, também estavam prestes a chegar lá!

Mas claro que estão todos de parabéns: ADOREI as fotografias, mas sobretudo a boa-vontade, que afinal não é tão rara nos dias de hoje...

FELIZ PÁSCOA ou FÉRIAS ou FIM DE SEMANA!

Colagem minha de todas as fotos participantes, através do PicMonkey, que foi o melhor que consegui, não fazendo justiça a todas.

§ - A Poppy perguntou se alguém se importava que ela partilhasse o desafio no seu blogue, dando as respetivas referências. Por mim, está à vontade! Mas se alguém tiver alguma coisa contra, agradeço que avise.

quarta-feira, 27 de março de 2013

ÀS GRANDES MULHERES...

... de todos os tempos, e a todos os homens que as apoiaram, não há palavras que traduzam o meu enorme agradecimento e reconhecimento. Por vezes acusam-me de feminista, o que não me rala minimamente, até porque não está muito longe da verdade:  tenho orgulho em ser mulher, mas mais ainda em todas as mulheres que lutaram pela igualdade dos géneros, contra preconceitos enraizados, em condições bastante mais adversas que as minhas!

Assim, em jeito de comemoração do 1500º post do Quiproquó, tal como anteriormente homenageei noutros "centenários" o romance "Orgulho e Preconceito" de Jane Austen, Agatha Christie, Alfred Hitchcok ou Charlie Chaplin, hoje o tributo é inteiramente destinado a todas essas grandes mulheres e  em especial às duas portuguesas da foto - Ana de Castro Osório e Carolina Beatriz Ângelo, as "perigosas" sufragistas, sendo a última a primeira eleitora a votar nas urnas em Portugal, em 1911. Sol de pouca dura, note-se, que depressa os "democratas" republicanos consideraram o voto  feminino uma barbaridade... e alteraram a lei eleitoral, de modo a ser feudo exclusivo de homens.  

Mais de um século depois, a igualdade entre homens e mulheres está consagrada no 13º artigo da Constituição da República Portuguesa (desde 1976), que igualmente estipula o fim de outras discriminações: raciais, religiosas, políticas, ideológicas, de orientação sexual e por aí adiante. Na prática, já se sabe que de boas intenções está o papel cheio e não é por aí que as mentalidades mudam. Embora um longo e proveitoso caminho já tenha sido percorrido nesse sentido, ainda há muito a calcorrear, para essa conquista ser inteiramente alcançada. Resumindo... 

A LUTA CONTINUA!
(e a tod@s que lutam, lutaram e lutarão pela igualdade entre as pessoas de todo o mundo, OBRIGADA!)

Imagem da wikipédia.

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Continua o passatempo "Sol de inverno", amanhã serão divulgados os autores de cada fotografia. Para já, a Nina, o Rui da Bica, a Maria, a Rosa dos Ventos, a Papoila e a Poppy parecem os mais próximos de identificar todas as fotografias, mas até amanhã... nunca se sabe! Divirtam-se! 

terça-feira, 26 de março de 2013

1Q84 - volume 3

"It´s only a paper moon" dá mote à trilogia "1Q84", e gostei especialmente desta versão na voz de James Taylor, que deixo para quem quiser acompanhar com fundo musical, sempre presente nas obras do escritor japonês:


Como há livros que quando chegamos à última página acarretam uma espécie de vazio e sensação de perda, a dúvida ao iniciar a leitura deste terceiro volume era: acelero para saber a evolução e o final ou vou saboreando calmamente cada linha no desfiar do enredo? Decidi saborear... mas bastas vezes dei por mim a acelerar. Porque se há livros que são viciantes e não descansamos enquanto não os terminamos, este é um deles. E por este entenda-se toda a trilogia...

Enquanto nos dois primeiros livros os capítulos alternavam entre o dia a dia solitário de Aomame ou de Tengo - nestas 518 páginas já decididos a reencontrarem-se, custe o que custar - neste surge uma terceira personagem, com direito a capítulos de permeio: Ushikawa. Com um físico reconhecível à distância e fatiotas espalhafatosas ("a sua presença dava tanto nas vistas como uma centopeia dentro de uma embalagem de iogurte"), ninguém diria que se tratava de um detetive privado que, a mando da Vanguarda, a seita religiosa que perdeu o seu Líder numa noite de tempestade, procura incessante e incansavelmente Aomame, a última pessoa a ver o grande Líder com vida. Contudo, os leitores mais atentos já adivinhavam que a estranha personagem não era exatamente quem afirmava ser no volume anterior.

Os sucessivos desencontros entre Aomame e Tengo, a perseguição que Ushikawa lhes move, a atuação da Vanguarda na penumbra e o misterioso Povo Pequeno a tecer as suas crisálidas de ar, enquanto duas Luas brilham no céu, acrescentam ao final do ano de 1984 uma outra dimensão. Será designada 1Q84 ou Tóquio é uma nova "cidade dos gatos"?

A fantasia e a solidão, aliadas à recordação de um amor puro e ingénuo num passado distante, saem da imaginação e criatividade de Murakami como um grande romance, de leitura absolutamente envolvente e fascinante e longe, muito longe, das lamechices costumeiras e previsíveis no género.

ADOREI!

Citações:
"Fazer passar um suicídio  por morte natural não é assim tão difícil. Sobretudo quando estamos a falar de alguém com dinheiro e influência. Indo um pouco mais longe na minha análise, vamos imaginar que esta jovem mulher sofria maus-tratos e, desesperada, acabou com a sua própria vida. Não é tão inusitado como parece. Sabe-se, por portas e travessas, que certos membros da chamada «elite» da sociedade possuem um lado negro, a par de tendências retorcidas e repulsivas, como se, neste campo, aceitassem de bom grado a sua quota de perversidade que lhes corresponde." 

"É este o sentido da vida. As pessoas dão-nos esperança, e nós alimentamos essa esperança, como se fosse um combustível. Não se pode viver sem ela." 

"[...] As pessoas, na sua maioria, não sabiam pensar pela sua própria cabeça. E são precisamente essas que não se mostram capazes de escutar os outros."

"Tengo mal podia acreditar naquilo: que neste mundo frenético, labiríntico, o coração de duas pessoas - o de um rapaz e de uma rapariga - pudessem estar ligados, imutavelmente, pese embora não se terem encontrado durante vinte anos." 


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Como é óbvio, continua em aberto o passatempo dos posts anteriores, aguardando mais palpites... e já foram acrescentadas legendas a alguns dos locais onde as fotografias foram tiradas.
NOTA - foi acrescentada uma adenda a cada um dos referidos posts.

segunda-feira, 25 de março de 2013

SOL DE INVERNO - todas as fotos

Aqui estão todas as fotografias recebidas para o passatempo / concurso "Sol de Inverno", segundo a sua ordem de chegada. No próximo dia 28 as fotos serão respetivamente identificadas, embora nomeie desde já todos os participantes - numa "cerimónia" que não teve a presença de nenhuma entidade civil, mas envolveu papelinhos com todos os vossos nomes, tirados à sorte de um saquinho, tipo antigo "loto": Safira, Tons de Azul, Rosa dos Ventos, Janita, Ematejoca, Carlos Barbosa de Oliveira, São, Kok, Poppy, Kim, Catarina, Luisa, Maria, Rui da Bica, Papoila, Nina, Carlos II, W e Teté

Tal como prevejo, adivinhar quem fotografou que fotografia vai ser tarefa árdua, acaba por ser um desafio de lógica. Para ajudar, esclareço que nenhum dos nomes saídos no sorteio corresponde à foto de cada um. Ou seja, a Safira não fotografou a 01, nem a Tons de Azul a 02, e por aí adiante. Ajudas posteriores podem ser ponderadas...

Para abreviar, eis o Sol de Inverno que brilhou para cada um: 

01 - Carlos II
Berlengas

02 - Teté

03 - Poppy

04 - Tons de Azul
Não se vê logo?

05 - Luisa
Não se vê logo?

06 - Catarina
Rio de Janeiro

07 - Rui da Bica
Serra da Estrela

08 - W
Foz do Douro

09 - São
Évora

10 - Nina
Perto de casa...

... e continua no post imediatamente abaixo, é só descer um patamar!

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ADENDA a 26 de março de 2013, às 18h30m - Para facilitar, as fotografias deste post correspondem aos seguintes autores, se bem que não pela ordem indicada: Tons de Azul, W, Nina, São, Carlos II, Rui da Bica, Catarina, Luisa, Poppy e Teté. 

SOL DE INVERNO - todas as fotos (continuação)

11 - Kim
Sagres - praia de Salema

12 - Carlos Barbosa de Oliveira
Malásia - Penang

13 - Janita
Munique

14 - Ematejoca

15 - Maria

16 - Kok
Perto de casa...

17 - Rosa dos Ventos

18 - Safira
Cabo Espichel

19 - Papoila

And that's all, folks! 

Quer dizer, agora falta adivinhar qual a fotografia de cada um! Fácil, né?

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ADENDA a 26 de março de 2013, às 18h40m - Logo, as fotografias deste post correspondem aos seguintes autores, se bem que não pela ordem indicada: Kok, Maria, Carlos Barbosa de Oliveira, Kim, Safira, Rosa dos Ventos, Papoila, Janita e Ematejoca

domingo, 24 de março de 2013

OS DIAS DO YOUTUBE?

A tecnologia e a informática estão sempre a evoluir, o YouTube não é exceção: com frequência desaparecem do "mapa" alguns temas e versões musicais (essencialmente, mas também outras!) que ouvíamos de vez em quando. Parece que em causa estão direitos de autor e o uso indevido de alguns. Nada contra, evidentemente, mas facto é que o YouTube permite partilhar ou incorporar os vídeos prediletos, no blogger ou no facebook, por exemplo. Nem me chateia por aí além que posteriormente decidam que afinal o vídeo está indisponível ou suma como se nunca tivesse existido. Só não se entende porque é que os permitiram à partida, se punha em risco os tais direitos de autor...

Entretanto, em conversa com uma estudante universitária portuguesa na Alemanha, ela explicou que lá o YouTube não tem grande saída: todas as versões originais estão indisponíveis, quer sejam musicais ou até de trailers de filmes, quando muito podem gramar com uma versão amadora e caseira do que pretendem ouvir (ou ver). Ah, mas consegue o mesmo através de um outro site (que mencionou, mas não recordo o nome), sem direito a qualquer tipo de partilhas, para exclusivo consumo doméstico. Certo é que por cá já deparei com muitos desses irritantes "smiles" quadrados e de "boca" à banda, incluindo em playlists, que tenho a mania de pôr a tocar, enquanto ando por aqui. 

Mas não deixa de ser verdade que o YouTube tem contribuído bastante para diversificar conhecimentos musicais e apurar preferências, que obviamente não se prendem com os grunhidos do puto imberbe de qualquer esquina, armado em estrela de rock. Então e se a moda alemã pegar? OK, deixo de usar no blogue, mas quanto ao resto, depressa se resolve  Até lá, fica esta versão de Stacey Kent, de "What the world needs now is love":


Imagem da net.

sexta-feira, 22 de março de 2013

LAST CALL!

Termina hoje o prazo de envio para o concurso/passatempo fotográfico "Sol de Inverno", que ainda poderão ser endereçadas para o meu mail quiproquo.tete@gmail.com até às 23h 59m. Tal como previamente estabelecido, todas as fotografias serão publicadas na próxima segunda-feira dia 25 de março, segundo a ordem de entrada que previamente comuniquei a cada um dos participantes, à medida que as fui recebendo. E desde já agradeço a vossa prestimosa participação! Que graça teria sem ela? Nenhuma...

Bem sei que o Sol não esteve de feição - ai, o S. Pedro e as suas "partidinhas"! - mas facto é que cada um resolveu o melhor que pôde e soube. Tarefa árdua vai ser adivinhar quem fotografou o quê, que possivelmente constituirá um desafio mais de lógica que de observação. Para facilitar, as fotos serão divididas em dois posts, mas de modo a saírem sequencialmente: portanto, as últimas serão as primeiras! E as dicas de quem acertou na foto-e-autor vão seguindo, em resposta aos comentários.

Claro que posteriormente - a 28 de março - serão todas respetivamente identificadas. Mas até lá, espero que se divirtam e tenham um...

FANTÁSTICO FIM DE SEMANA!

Adenda a 23 de março de 2013 - Foram recebidas 19 fotografias! Obrigada a todos pela participação! 

quinta-feira, 21 de março de 2013

JÁ PLANTARAM UMA ÁRVORE?

Eu já! Há muitos anos, com a ajuda do meu pai, eu e a minha tornámo-nos "jovens agricultoras" e semeámos uns pinhões num vaso do jardim da minha avó. Todos os domingos íamos visitar os meus avós e regávamos o vaso, não sei se ela também o fazia ocasionalmente quando o tempo estava mais seco. Certo é que três germinaram e foram crescendo no vasinho, até ser necessário passá-los para a terra. Essa foi decisão do meu pai, porque obviamente duas catraias de 7, 8 ou 9 anos de idade não percebiam patavina do assunto. 

A casa e o jardim eram arrendados ao ano, primeiro para passar as férias de verão e alguns fins de semana - desde que a minha mãe era miúda - depois do meu avô se reformar passou a ser residência definitiva de ambos. Mesmo após a enorme aflição das cheias de 1967, pois a casa situava-se na região mais afetada e nesse fim de semana eles estavam lá - para quem não sabe ou se lembra do dramático acontecimento, podem ler uma breve resenha neste post da São. (desculpa não ter pedido autorização atempadamente para  linkar)

Facto é que eles adoravam viver no campo e prevendo a possibilidade de algum dia a senhoria precisar da casa para outros fins, o meu avô comprou um pequeno terreno ao lado, na intenção de um dia mandar construir a sua própria moradia, igualmente com jardim. Como este país sempre teve os mesmos problemas de burocracia e planos diretores municipais pouco transparentes e incompreensíveis, a câmara de Loures não permitiu a edificação, porque o terreno era considerado rural. Como é que a outra paredes meias foi construída? Mistério! (ou talvez não, que autarcas pouco escrupulosos também não são só os atuais!)

Entretanto, para não desaproveitar de todo o terreno, mandaram plantar lá umas oliveiras, umas poucas árvores de frutos e umas vinhas, ainda sobrava espaço para o meu pai se dedicar a uma pequena horta onde plantava batatas, abóboras, morangos, couves, enfim, o que ele lá ia tentando ver se dava (nada a ver com a sua profissão, mas suponho que servia de escape ao seu dia a dia de escritório, reuniões e tal). E claro que foi nesse terreno que os ainda incipientes pinheiros foram plantados, mais ou menos distantes uns dos outros, porque na sua modesta auto-aprendizagem de agricultura já percebera que as plantas não se desenvolvem igualmente no mesmo solo.

O resultado foi espantoso: o pinheirinho mais desenvolvido cresceu bastante até certo ponto, mas estava num local bastante soalheiro, às tantas as carumas começaram a ficar queimadas e acabou por fenecer; o que já tinha acontecido ao segundo, parcialmente à sombra de uma das oliveiras; o terceiro, aquele que à partida nos parecera o menos resistente, plantado lá mais para o meio do terreno semi-baldio, sem sombra e com o mesmo Sol, resistiu e cresceu, sendo mais tarde replantado no jardim da minha avó, até se tornar uma árvore possante e frondosa, que deu pinhões durante muitos anos e bons. (chato era parti-los um a um, evidentemente!) 

Moral da história? Não tem nenhuma, a história é verídica, tanto quanto me recordo. Mas como na altura ainda ia à missa, sempre que o padre contava a parábola das sementes lançadas à terra, lembrava-me dos nossos pinheirinhos...

§ - Não sei o que aconteceu ao pinheiro, à casa ou ao jardim (só que mudaram de proprietário), o terreno sei que foi vendido por "tuta e meia" depois da morte dos meus avós. Como a urbanização (clandestina) em redor cresceu brutalmente, a câmara de Loures posteriormente requalificou a zona e decidiu que afinal era urbanizável, mas seria destinado a um parque infantil. O que creio que nunca se chegou a verificar...

Imagem do facebook.

quarta-feira, 20 de março de 2013

SORRATEIRAMENTE...

... eis a primavera a dar um ar da sua graça! Para quem não tem jardim - a mini-horta da cozinha não conta para o efeito! - resta prestar atenção às primeiras florzinhas que surgem em canteiros e arbustos, às ervas silvestres que brotam em terrenos baldios, em muretes ou entre pedras e pedregulhos, aos primeiros botões a rebentar na ainda tímida folhagem das árvores, aos frutos que amadureceram durante a invernia e aos outros que despontam numa promessa de futura suculência...

Não foi tarde nem cedo, para aproveitar a onda primaveril e alterar as cores do blogue - menos lilás, roxo e verde alface, mais azuis esverdeados e rosas, com um pincelar de violeta. Enfim, mudar não muda muito, mas parece-me mais animado. Há muitas outras cores e tons na paleta, pretos, cinzentos e vermelhos vivos, por exemplo, que em contraste funcionam bastante bem, mas que não se coadunam com um canto que se pretende sossegado.

Obviamente, podem dar a vossa opinião sobre o novo colorido, o próprio arco-íris pode ser uma  fonte de inspiração, bem como este tema de Iz, já por aqui badalado:


Feliz primavera!

terça-feira, 19 de março de 2013

MEIAS PALAVRAS

As palavras que nunca proferi são imensas, temo que a timidez ou a pouca vontade de as utilizar gratuitamente ou sem nexo, por vezes, seja mal entendida. Elogios ou panegíricos não fazem parte do meu linguajar diário, se bem que palavras de ódio ou palavrões também não. Grandes palavreados ou glamorosas declarações sentimentais banidas do léxico, com um certo ceticismo e sentido crítico à mistura, talvez pareçam a ingratidão que não são.

Caía-me bem referir arrependimento. Mas, francamente, não é muito, para não dizer nenhum! O silêncio ou as meias palavras "falaram" por mim muitas vezes, mas nem por isso deixo de admirar quem repete frases tantas vezes espalhadas aos sete ventos, com maior ou menor sinceridade. Gal Costa dá voz a essa sensação:


De igual modo, raro é o dia em que não olho o céu, na esperança de ter sido entendida...

Imagem do facebook.

segunda-feira, 18 de março de 2013

REPUTAÇÃO MANCHADA....

Recentemente reencontrei a Guida, uma antiga colega, no cabeleireiro. E por antiga entenda-se que foi das primeiras amigas que tive na vida, ainda nos tempos da pré-primária. Mais tarde também frequentámos o mesmo ciclo preparatório e liceu, por coincidência a minha irmã também foi colega de turma da irmã dela. Enfim, mas amigas fomos nesses primórdios, porque sendo ela muito mais sossegada do que eu, um pouco mais crescidinhas já não tínhamos as mesmas brincadeiras -  maria-rapaz não combina com menina-que-brinca-com-bonecas.

Já não nos víamos há alguns anos, cumprimentámo-nos como habitualmente. Ia perguntar como estava a mãe, a irmã e a filha (que não conheço), na sequência de semelhante interesse dela em relação à minha família, quando indicou a mãe, de cabeça toda branca, lá sentada numa cadeira enquanto a cabeleireira a pulverizava de laca e a irmã, na cadeira ao lado, a quem a manicure dava os últimos retoques nas unhas. Ora a irmã já não reencontrava desde que acabei o liceu, ou por aí! Foi uma segunda "festa", com breves recordações da viagem de finalistas dessa época e da malta que nos tinha acompanhado.

Depois, educadamente, dirigi-me à mãe, para a cumprimentar também. E a Guida, solícita, pergunta-lhe: "Oh, mãe, lembra-se da Teté?" A senhora, sorridente, acenou que sim e sai-se com esta: "Ah, a Teté, aquela que obrigou a tua irmã a trepar a uma árvore... sim... lembro-me!"

Ficámos as três estáticas, a olhar umas para as outras. Recordei vagamente o episódio, que me foi relatado mais tarde, que aconteceu realmente, mas com a Guida, quando ambas tínhamos 4 ou 5 anos de idade... Bom, elas lá tentaram (e conseguiram) mudar o rumo das memórias da mãe, que não tinha sido exatamente assim. Facto é que a recordação mais marcante que deixei na senhora continua essa, o que não admira muito, já que a minha tropelia determinou que a filha não quisesse voltar mais à escola. O que também se resolveu a contento de todos na época: um raspanete e a proibição que me foi dirigida de voltar a "obrigar" outros alunos a trepar à árvore do recreio, foi suficiente... 

Devo esclarecer que o "obrigar" era muito relativo, já que a Guida era (e continua a ser) bastante mais alta que eu: inventei uma história qualquer - imagino que com bruxas ou varinhas de condão - que exerceu nela a poderosa "vontade" de trepar árvore acima... Mas agora, como volto ao cabeleireiro com a reputação manchada desta maneira?    

Imagem do facebook.

domingo, 17 de março de 2013

O HIPNOTISTA

Ao contrário do que acontece nos livros de Agatha Christie, em que todas as personagens parecem normais (sendo Poirot a mais original, como ex-inspetor belga cheio de peculiaridades), os protagonistas deste policial são esquisitóides todos os dias: polícias, médicos, suspeitos, incorrem todos no mesmo mal, nunca se sabe para que lado estão virados, esquivos como poucos - fogem, mordem, vingam-se, matam, sem se perceber porquê.

O médico Erik Maria Bark desistiu de prosseguir as suas investigações no tratamento de doentes com traumas profundos através de hipnose, quando o seu método foi contestado e o seu nome desacreditado. Contudo, 10 anos depois, o comissário Joona Linna pede-lhe que volte a hipnotizar um jovem de 15 anos, o único sobrevivente ao ataque que a sua família sofreu - o pai, a mãe e a irmã de 5 anos foram brutalmente assassinados - pois acredita que a irmã mais velha do rapaz, a residir noutro local, também pode correr perigo de vida.

Erik tornou-se viciado em calmantes, a relação com a sua mulher está por um fio e quando a notícia da sua participação no caso transpira para os jornais, a evolução dos acontecimentos acelera a um ritmo vertiginoso: a sua casa é invadida por desconhecidos e o filho adolescente do casal, Benjamim, é raptado. Com a agravante do rapaz sofrer de uma doença hemofílica rara e necessitar de medicamentação atempada e adequada.

A dupla Lars Kepler - pseudónimo do casal Alexander Ahndoril e Alexandra Coelho Ahndoril, ela de origem portuguesa, como o nome indica - consegue um feito inusitado, à medida que se leem estas 560 páginas: um arrepio pegado do princípio ao fim, ao ponto de recearmos o que mais vai acontecer na seguinte. Medo, muito medo, mas sem dúvida um policial empolgante, para não dizer hipnotizante...

Opinião unânime e partilhada por todas, no Clube de Leitura.

Citações:
"[...] Incluo uma série de instruções ocultas nas minhas palavras e faço com que o paciente imagine lugares e situações simples, vou sugerindo um passeio imaginário, cada vez mais longe, até que a necessidade de controlar a situação quase deixa de existir. É um pouco como  quando se lê um livro tão emocionante que deixamos de ter consciência de que estamos sentados a ler."

"Quem me inveja? Quem me quer castigar, tirar tudo o que tenho, destruir a minha vida, a minha razão de viver? Quem poderia desejar acabar comigo?"

"Eram todos indivíduos com um denominador comum: tinham sofrido abusos traumáticos. Abusos esses que tinham causado uma tal devastação na sua mente que, para sobreviver, tiveram de os ocultar até de si próprios. Na realidade, nenhum deles sabia com exatidão o que lhes acontecera. Estavam apenas conscientes de que o seu terrível passado lhes arruinara as vidas presentes."

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O novo livro a ler no âmbito do Clube de Leitura será "O Pintor Debaixo do Lava-loiças", de Afonso Cruz, com discussão agendada para dia 11 de maio.

sexta-feira, 15 de março de 2013

AO SABOR DAS ONDAS...

Como é lógico, estas fotografias não concorrem no passatempo / concurso "Sol de inverno" - já agora, relembro que falta uma semana para o final do prazo de envio - tratam-se de fotos de Clark Little, um surfista que se tem dedicado nos últimos anos à fotografia profissional, com grande sucesso.

O que não admira, já que não é para todos uma atividade profissional deste género. Consta que um dia a mulher lhe pediu para tirar uma fotografia para decorar uma parede da casa de ambos, no Hawai, e ele teve a ideia de arranjar uma máquina adequada para conseguir captar as ondas em toda a sua pujança. O resultado está à vista.

Como esta é mera amostra do seu imenso talento fotográfico, os eventuais adeptos desta arte podem visitar o site de Clark Little aqui. Mas não é aconselhável aventurarem-se mar adentro para obter o mesmo efeito, especialmente se nunca tiveram vocação para o surf...

Last but not least, recebi estas imagens por mail, enviadas pela minha mummy, que está agora a dar os seus primeiros passos no mundo da informática. E eu não podia estar mais orgulhosa dela!

Um  M A R A V I L H O S O  fim de semana para todos!

quinta-feira, 14 de março de 2013

HABEMUS SOSSEGUM?

Desde que Bento XVI decidiu demitir-se do seu cargo, muito se escreveu e falou sobre a sua sucessão. Católicos e não católicos, muitos alvitraram sobre quem deveria ser o novo Papa. E, claro, não faltaram cartoons e fotomontagens mais ou menos humorísticos nas redes sociais, alguns dando mais ênfase à situação política que se vive, do que ao facto ou ao processo em si. Eis alguns deles:

Aqui a proposta era descobrir o "infiltrado". Ui, ui, que difícil!

Que afinal não era o único, se bem que por outras razões...

As mentes mais imaginativas tentaram visualizar o que se passava no conclave,

a causa da demora nas votações ou,

os mais delirantes, se o resultado não seria realmente surpreendente!

E enquanto a dúvida estava instalada, houve até quem pensasse nesta hipótese, igualmente remota. (mas não tanto quanto a anterior!)

Nada disso, o novo (?!?) Papa foi escolhido sem grandes delongas e vai apelidar-se Francisco - está para ver se Chico para os amigos, mas também não interessa nada. Esperemos que o seu pontificado decorra num clima de paz e de compreensão entre (e pelos) povos, o que eventualmente até será pedir muito...



Imagens do facebook.

quarta-feira, 13 de março de 2013

SABORES DO MUNDO...

O desafio hoje é gastronómico e muito fácil. Sabem identificar o país de onde estes diferentes pratos são oriundos? Bem sei que não são realmente representativos do mundo inteiro, mas são típicos e tradicionais do respetivo país, sobejamente conhecidos por todos os portugueses, mesmo que alguns possam nunca ter provado. Uns mais apreciados que outros, consoante o paladar de cada um.

Para ver melhor a imagem, basta clicar na foto. Mas não me responsabilizo por qualquer súbita e eventual  "água na boca"...

Bom apetite!

Adenda a 14 de março de 2013 - As respostas que mais se aproximaram foram da Maria, da Rosa dos Ventos e da Catarina, com 8 certas, até a Safira acertar em 9, com posterior idêntico resultado da Maria e eram as seguintes:
1 - Sushi - Japão;
2 - Feijoada - Brasil;
3 - Eisbein com chucrute - Alemanha;
4 - Cozido à portuguesa - Portugal;
5 - Esparguete à bolonhesa - Itália;
6 - Ratatouille - França;
7 - Paella - Espanha;
8 - Goulash - Hungria; (um guisado de carnes ou ragout, com muita paprika!)
9 - Arroz Chau-chau - China;
10 - Caril de gambas - Índia.
Obrigada a todos pela participação! 

Colagem de imagens da net.

terça-feira, 12 de março de 2013

CORRIDA ÀS FLORISTAS

Há esquecimentos desastrosos. E para quem já sabe que a corrida às floristas acontece apenas em 4 ou 5 dias no ano, esquecer de comprar umas florzinhas de véspera (que fazem o mesmo efeito), é um deles. Porque homens a comprar flores são um desatino...

O maridão ofereceu-me as rosas da foto e comentou que tinha apanhado uma cambada de indecisos à sua frente. Adorei as rosas, mas não serviam para o efeito que pretendia - um pequeno centro de mesa. E como ainda tinha de passar pelo supermercado, decidi ir a um que tem florista.

Primeiro problema: cerca de 10 homens à minha frente, em que só um se despachou rapidamente e saiu com uma flor em punho (é preciso mais?); Segundo: flores já muito escolhidas, cravos inexistentes, rosas quase esgotadas (umas três, num tom rosa-choque bem giro, mas em que nenhum pegava), pequeninas e maneirinhas, nem vê-las; Terceiro: a tal indecisão de que o maridão já falara - "esta fica bem com aquela ou aqueloutra?", "qual é o preço desta?", "e se juntar aquela folhagem?", "tem cartões já escritos?" (esta achei o máximo!), "qual é que fica melhor?" e por aí adiante. OMG!

Bom, certeza só a de que não gastei a pipa de massa que alguns deles gastaram, com ramalhetes de gosto duvidoso para mulheres, mães, filhas, gatas ou periquitas, embora o meu também não fosse exatamente o que desejava - era o que havia...

De outra coisa também estou certa: a experiência serviu-me de emenda. O que ignorava completamente era esta indecisão masculina... numa trivialidade destas! (mesmo sem mencionar o modo meio envergonhado como alguns seguravam os ramos, ao sair da loja...)

segunda-feira, 11 de março de 2013

OZ: O GRANDE E PODEROSO

Oscar Diggs (James Franco) é um mágico de feiras ambulantes, ambicioso, manipulador e pouco ético, cuja lábia para mulheres românticas surte efeito, mas por vezes também alguns sarilhos. Assim, o auto-denominado grande feiticeiro Oz, depois do fiasco de uma apresentação em palco no Kansas, acaba por ter de fugir de um marido ciumento, com o transporte que tem mais à mão: um balão. Com tanto azar, que apanha um furacão enquanto voa pelos céus, temendo pela própria vida. No entanto, vai parar à terra de Oz, onde desde a vegetação luxuriante até à cidade e ao palácio das esmeraldas tudo parece rico e encantado. Acontece que em Oz todos esperavam a vinda de um grande feiticeiro - que salvasse a população da bruxa malvada, que não se cansa de atazanar a vida de ninguém - tal como preconizava uma antiga profecia. 

Theodora, a bruxa bondosa (Mila Kunis), é a primeira a encontrá-lo depois da sua descida algo abrupta dos céus e acredita ser ele o salvador que todos esperavam. A perseguição dos terríveis monstros enviados pela bruxa malvada não se fazem esperar, mas ambos conseguem esconder-se, aproveitando ele para a conquistar com as suas técnicas de sedutor barato. No regresso ao palácio - onde Theodora deseja dar a boa nova à sua irmã, a bruxa Evanora (Rachel Weisz), e à população - ele salva Finley (Zack Braff), um macaco voador, de um terrível fim com as suas artes de prestidigitador, o que mais convence a  bruxa dos seus grandes poderes e leva o macaco a prometer ser um seu fiel servo. Mas Evanora não é tão crédula, mostra-lhe o fabuloso tesouro que ele possuirá se se tornar rei... mas só depois de partir a varinha mágica da bruxa Glinda (Michelle Williams), o que acarretará a morte dela e o fim de um reinado de terror. E é nessa ambiciosa demanda que o mágico parte para a floresta negra, para descobrir que nem tudo o que parece é. Afinal, qual das três bruxas fala verdade?

O filme da Disney, realizado por Sam Raimi, é descrito como uma aventura de fantasia para toda a família e obtém a classificação de 7.1/10 na IMDb. Ou seja, não será para aqueles que não deliram com um magnífico conto de fadas (e bruxas) à moda antiga, como eu...

Deixo o trailer, para quem quiser espreitar: 


Para além do enredo, da comicidade de algumas cenas e da interpretação dos atores, gostei especialmente dos cenários e da fotografia, que desta vez devem valer a pena ver em 3D (que não foi o caso). Escusado será dizer que adorei!

Imagem de cena do filme, da net.  

domingo, 10 de março de 2013

E O LONGE SE FEZ PERTO?

Depois de uma longa confraternização, a minha "amiga" vai ter algum descanso. A reforma não será já a seguir, ainda vai ter muito que calcorrear pelo caminho, mas a sua substituta já se aprontou para lhe ocupar o lugar. Esta também terá de demonstrar todas as suas reais capacidades, para nos adaptarmos condignamente à mudança. Para começo de conversa, experimentei um brevíssimo passeio junto ao rio. Breve até pela ventania que se fazia sentir, mas esse é mero pormenor... 

Como me dei com ela? Ela é de 'olhómetro', tem uma visão muito mais avançada que a minha, mas acredito que o convívio com a nova máquina fotográfica melhorará significativamente. Zoomámos para cá e para lá, com o Cristo-rei a tentar ser o centro da objetiva (sem qualquer intuito religioso, entenda-se!), mas, enfim, não se pode dizer que o resultado fosse brilhante: 

Também não restam dúvidas que o meu sexto sentido (sétimo, oitavo e nono?) está mais virado para a livralhada e quando falam dalguma enigmaticamente (ou a fazer "caixinha", que dá no mesmo!), fico com as "antenas" no ar e viro uma verdadeira fera na pesquisa. Se o dito "livrito" até está pendurado na estante melhora um pouco e o "brilharete" em desafios alheios é certo! Ou julgavam que aqui morava uma grande intelectualóide?

Desfeito o equívoco, acrescento que adoro a criatividade dos desafios, cada vez mais difíceis, com a net a dar (quase) todas as respostas. Mas aprender a brincar nunca fez mal a ninguém...

sexta-feira, 8 de março de 2013

HOJE HÁ FESTA!

Para todas as mulheres, em geral, e para mim, em particular! Com bolo de chantilly e morangos, com velinhas e tudo, numa pequena reunião com os familiares e amigos mais próximos, disponíveis para festejar o meu aniversário com alegria e boa disposição.

E como não há festa sem música, dedico esta a todas amigas virtuais - que o dia também é vosso (enfim, como todos os do ano, sejam mulheres, homens ou crianças)! - na extraordinária voz de outra mulher, Simone:


FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER!
e
UM EXCELENTE FIM DE SEMANA PARA TODOS!

quinta-feira, 7 de março de 2013

A AZÁFAMA DA ANITA

Em  miúda abominava os livros da Anita, que me ofereciam com frequência, como leitura própria para meninas da década de 60. Os desenhos de Marcel Marlier até eram giros, mas as historietas de Gilbert Delahaye uma lamechice pegada, com a dita Anita sempre pronta a exibir as suas qualidades de criança bondosa e mais que perfeita. A rapaziada tinha mais sorte, que quando recebia livros de presente eram de BD a sério, sendo os de Astérix ou de Lucky Luke os que mais ambicionava colecionar na minha ainda mini-biblioteca. Isto antes de começar a ler Enid Blyton, bem entendido, mas essa já é outra conversa....

Ao fim de tantos anos, mudei de ideias! Porquê? Porque gosto mais desta Anita que anda numa autêntica  roda-viva contestatária, mas bem humorada:

Na 'mouche'

Dizem que sim, mas ainda não acordou!

E sabe a letra e tudo, ao contrário de uns e outros...

Hic!

Uma delícia... para curar tosgas!

Crianças também têm direito...

Mas não desiste do seu País!

... para longe!

E pronto, está explicado como tantos anos volvidos me reconciliei e identifiquei mais com esta nova Anita,  tão diferente da panhonhas de outrora. OK, menos perfeita, mas mais humana...
  
Imagens do facebook.