quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

ALTOS E BAIXOS 2015

Todos os anos têm momentos melhores e piores, este não foi exceção. Claro que os meus amigos adivinham que os piores foram passados em internamento hospitalar e respetivos exames médicos, mas disso não quero nem falar, só quero esquecer o mais rapidamente possível, por muito queridos e simpáticos que tenham sido todos os enfermeiros. E alguns médicos também. 

Igualmente negativo mas mais geral, os cinemas que fecharam em Lisboa (e suponho que não só), que diminui tendencialmente a possibilidade de irmos ver um filme que nos agrade numa sala perto de nós. Bastante pior, as guerras e os ataques terroristas que grassaram por todo o lado e que ceifaram milhares de vidas. E que vão continuar a ceifar, enquanto não se arranjar uma solução viável e justa para outros tantos milhares de refugiados. O mundo tornou-se um local muito mal frequentado...

"Despachadas" as angústias de 2015, resta destacar os pontos positivos. Como não podia deixar de ser, a viagem a Roma foi o meu ponto alto do ano. Não só por ser a concretização de um sonho antigo, como por tudo o que se aprende numa cidade tão impregnada de vestígios da história da humanidade. Aí também para o melhor e para o pior.

Contudo, outros pequenos passeios foram igualmente memoráveis. Adorei conhecer alguns dos amigos que por aqui passam no almoço de convívio em Monte Real, foi com grande desgosto que não pude participar no de Lisboa. Mas, para que saibam, a tantos meses de distância, já tenho uma data marcada na agenda para o próximo no Porto, que certamente será divulgada atempadamente. Visitei ainda Óbidos e o Buda Parque (foi má ideia fazer tudo no mesmo dia) e, aqui mais próximo, o Parque dos Poetas, em Oeiras. Isto fora as voltinhas no Algarve durante os 15 dias de férias no verão. Claro que não contabilizo as passeatas por Lisboa, mas também foram variadas, embora quase todas pelos sítios do costume: jardins Gulbenkian, das Amoreiras, da Estrela, do Príncipe Real, etc.e tal.

De leituras estamos conversados, portanto faltam as previsões para 2016. O que sem bola de cristal é complicado mas, se tudo se proporcionar, lá mais para a primavera conto fazer uma viagem a outra capital europeia. Porque viajar é preciso... e sabe tão bem! Entretanto a 9 de fevereiro inicia-se o ano do macaco no calendário chinês, que substitui o da cabra, que não foi particularmente auspicioso ou pacífico. Porém, a estrelinha que mais brilha nessa bola de cristal que não possuo, chama-se esperança - em 366 dias melhores! Para mim, para os meus familiares e amigos, mas também para toda a gente de bem...

FELIZ 2016!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

BOAS FESTAS 2015

Na impossibilidade de dar uma volta por todos os blogues amigos desejando um Feliz Natal e um Ano Novo onde o amor, paz, alegria, saúde e felicidade serão uma constante, fico-me pela mensagem mais simples (e sincera) dirigida a todos os que por aqui passam e vêm por bem:

BOAS FESTAS!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

UMA QUESTÃO DE BALANÇOS*

Todos os anos por esta altura costumo fazer um balanço dos livros que li, dos filmes e teatros que vi, das exposições que visitei e por aí adiante. Mas, como à exceção da leitura, 2015 foi marcado por muito poucas idas a esses locais, não há maneira de fazer qualquer tipo de balanço, até porque só faz sentido se houver termos de comparação.

Assim, limito-me ao balanço literário, que incluí 37 títulos - menos um que no ano passado, mas o ano ainda não chegou ao fim...

Elegi os livros que mais gostei, sem que de alguns tivesse chegado a dar aqui a minha opinião - este não pretende ser um blogue exclusivamente literário:

Livro do ano - "Stoner", de John Williams;
Surpresa do ano - "O centenário que fugiu pela janela e desapareceu", de Jonas Jonasson;
Ficção que se confunde com realidade: "Número zero", de Umberto Eco;
Português - "Galveias", de José Luís Peixoto;
Policial - Camilla Lackberg e Jo Nesbo taco a taco;
Suspense - John Grisham e Ken Follett como grandes mestres do género;
Finalmente, se houver justiça neste mundo, Haruki Murakami será um futuro justo vencedor do Nobel da Literatura...

Por outro lado, "O Complexo de Portnoy"de Philip Roth, "Morte com vista para o mar", de Pedro Rosado e "O Oráculo de Mallory", de Carol O'Connell contam-se entre os livros que menos gostei. Neste último, por exemplo, encontramos não um, mas três assassinos diferenciados, e a detective, que é tão inteligente e esperta, segundo a autora, vai interrogar uma suspeita perigosa e aceita beber um chá que esta lhe oferece. O que será que lhe acontece a seguir? Mistério... :)

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* "A Question of  Balance" é o título de um álbum dos Moody Blues, daí a brincadeira com o título deste post

domingo, 13 de dezembro de 2015

CHAPELADAS

Nesta época do ano, aparecem árvores de Natal para todos os gostos, de variadíssimas formas e feitios. Esta não tem pretensões a ser a maior do mundo, da Europa ou do país, mas pelo menos é original. Situa-se nas proximidades da igreja da Luz, na junta de freguesia de Carnide, e ainda tem a particularidade de estar rodeada por outros tantos chapéus bem mais coloridos, fruto da imaginação das pessoas que frequentam as escolas, as casas de repouso, os grupos culturais e outras instituições da zona. O efeito é garrido, como podem comprovar pela seguinte colagem fotográfica:

E pronto, peço desculpa pela pouca assiduidade na visita aos vossos cantinhos (e na atualização deste), mas certo é que no dia 29 de novembro tinha as lembranças natalícias todas por comprar (para quem, como eu, costuma comprar quase tudo com meses de antecedência é um stress), decorações e árvore por montar, hoje já só faltam alguns poucos embrulhinhos por fazer. Ufa!

Com ou sem canseiras, desejo a todos um resto de BOM DOMINGO (e de semana, já agora!)

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O DIA DOS MILAGRES

Já li este livro de Francisco Moita Flores há uns dois ou três meses, considerei pertinente deixá-lo para esta data. Um pequeno trecho da contracapa é bastante elucidativo e suficientemente explicativo do conteúdo das 260 páginas que se seguem: 

"O dia 1 de Dezembro de 1640 foi um momento único na História de Portugal. Uma data que foi desprezada, até deixou de ser feriado, decisão que enxovalha a memória portuguesa. Um punhado de fidalgos, apoiados pelo povo de Lisboa, enfrentou o mais poderoso império do mundo. E devolveu a dignidade a Portugal. São os preparativos dessa saga extraordinária que percorrem as páginas desse romance apaixonante, terno, para que a memória colectiva não esqueça aquilo que os novos servos do nosso tempo esqueceram, julgando Portugal do tamanho de um mero livro de contabilidade."

Gostei, embora para mim esteja longe de ser o melhor livro do autor.

domingo, 29 de novembro de 2015

VENDO...

Nesta época já natalícia, que simultaneamente é tão consumista, gostei deste"recado"...

BOM DOMINGO!

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

SEGUIDORES

A vontade de influenciar os outros ou de impor a sua opinião é coisa que vem de longe e, infelizmente, acontece a muitos, para não dizer a quase todos, seja-se democrata ou não. Aí a única diferença é que os democratas têm tendência aceitar melhor as opiniões alheias, se bem que também os haja bastante intolerantes.

Ao contrário do que nos ensinam na escola, o jornalismo que deveria ser claro, isento e factual, cada vez nos mostra mais essa faceta opinativa. Quem não se lembra da Manuela Moura Guedes a entrevistar Sócrates e Marinho Pinto, que foi de tal modo inconveniente que nem deixava os seus entrevistados falar? Enfim, não terá sido a única, mas cada vez mais desconfio desse jornalismo de meia tigela...

Bom, mas os tempos mudam, as redes sociais são um maná para os que pretendem enveredar pela postura de opinion maker. Pagos ou por convicção, há-os para todos os gostos. E uma das partes que me tinha escapado é que há até quem pague para ter um maior número de seguidores, no FB ou no twitter. Para quê? Só um show offzinho, para se parecer mais importante do que realmente se é e, em alguns casos, até para se fazerem negócios. Tudo muito bem explicado no programa "Toda a verdade", que deu sábado passado, para quem quiser ir espreitar. O engraçado é que a manipulação nem sempre resulta, uma candidata eleitoral (suponho que à câmara de Paris), que viu os seus seguidores aumentar repentinamente para os 45 mil ou coisa, teve de se contentar com cerca de 2 mil votos!

Aqui acontece o contrário: os seguidores em vez de aumentar, de vez em quando diminuem. Não considero que seja propositado, acontece que algumas pessoas desistem da blogosfera, como estão no seu direito. e assim deixam de seguir seja quem for. Mas o que me interessa mesmo são os laços de amizade que por aqui se desenvolvem: a foto, por exemplo, foi-me enviada por uma amiga bloguista, quando não pude participar no almoço de convívio que ajudei a organizar. E creio que, por sua vez, tinha sido oferta de uma outra amiga bloguista, que contemplou todos os convivas com rosas do seu quintal. Como ainda não tinha tido oportunidade, agradeço agora a ambas: obrigada!

terça-feira, 17 de novembro de 2015

MEIO CASTELO (mais fotos)


A crueldade gratuita e o desrespeito pela vida humana assustam-me tanto, que preferi guardar silêncio. Mais do que aquele minuto da praxe que se fez pelo mundo inteiro (ou quase). Em oposição também à verborreia que tem alimentado televisões nos últimos dias, com comentadores habituais, extraordinários e até insuspeitos. Enfim, falar é fácil, mas num caso destes seria de esperar um pouco mais de contenção. E respeito.

Certo é que a vida continua e, à falta de melhor tema, segue a foto de um castelo para ver se alguém sabe onde fica. Penso ser bastante fácil, até porque já o vi por aí num post de uma amiga bloguista, se bem que noutra perspectiva. Se verificar que há dificuldade na "adivinhação", acrescentarei outras fotos. Ah, e claro, as fotografias já foram tiradas há bué, é possível que o local não esteja exatamente igual...

ADENDA a 23 de novembro de 2015: Tal como quase todos adivinharam, mesmo que baseados no imaginativo e divertido comentário do Rui, trata-se do castelo de Loulé. A única dica era a do próprio título, já que do antigo castelo só restam 3 torres, o restante edifício foi construído posteriormente. Eis mais algumas fotos do local, noutros ângulos:
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E como o Natal se aproxima a passos largos, eis um presépio que "mora" numa das torres, realizado por um pediatra louletano - Francisco de Sousa - que se dedica à escultura nos seus tempos livres.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A ESTRELA DO DIABO (e outros)

Foram estes os 4 livros que li durante o internamento hospitalar, dos quais vou dar uma breve resenha, para não maçar muito.

A ESTRELA DO DIABO
Este é um livro chave para quem segue as investigações de Harry Hole: tal como o inspetor suspeitava (e finalmente consegue provar) Tom Waaler é o polícia corrupto que está por trás do tráfico de armas em Oslo e o assassino da sua ex-parceira de equipa, que dá pela alcunha de Prince. Mas certo é que o policial está permanentemente bêbedo - o que por vezes chega a ser doloroso de ler, pois ele cai em tudo o que é sítio, anda à cabeçada a torto e a direito, está sempre aleijado - o que põe em risco o seu próprio lugar na polícia. Mas o chefão está de férias, pelo que só assinará a sua demissão quando voltar. Entretanto, ele começa a interessar-se pelo caso de um assassino em série, conseguindo deixar de beber durante alguns dias e obtendo bons resultados.
Devo esclarecer que este livro é tão violento quanto os anteriores. Mas, para mim, tem algo que os outros não costumam ter: a partir de certa altura a identidade do assassino é previsível.

À ESQUERDA DE DEUS
E se um rapaz de 22 anos, toda a vida criado como ateu e comunista - à semelhança dos pais - um dia vai a Fátima com uns amigos e fica tão impressionado com a Fé da multidão e a imagem da Virgem que começa a ter dúvidas sobre a existência de Deus? Pois, acaba por ir falar com o prior da paróquia e com o camarada Lopes (suposto especialista em religião do PCP), a conselho do pai. Em simultâneo, a vida de Manuel e da sua família passa por momentos difíceis, quando a avó perde o tino e eles têm de a levar para a casa minúscula onde vivem, por não haver nenhum lar decente onde a acolham. A ela e a Baltazar, o seu cão cego.
Um livro a lembrar que todos passam por momentos difíceis, mas também com um certo humor que de alguma forma os "desdramatiza".

CONVERSAS COM A MINHA GATA
Sara Léon vive com Joaquín num simpático apartamento em Londres, trabalha numa empresa de publicidade, tudo parece decorrer lindamente. Até que ela desmaia a meio de uma reunião e é-lhe diagnosticada uma depressão: quando se vai ver melhor, já não faz amor com Joaquín há meses e os projectos que tem em mãos são contra tudo o que sempre acreditou, como grande defensora da natureza. E ao tentar falar com o companheiro, este propõe-lhe a separação (para dar um tempo). É aí que a gata lhe bate à janela e começa a falar com ela, suscitando-lhe a dúvida se é a sua imaginação a falar, se a depressão, se a bicha pertence mesmo ao reino dos animais falantes. 
Os conselhos da gata são simples, para seguir o seu nariz (que estranho cheiro é aquele no pescoço do amante?), para caminhar, comer, enfim, para aproveitar bem o que a vida lhe dá.
"Conselhos" da gata à parte, o livro ganhava mais se ela na sua "transformação" não virasse vegetariana - está-se a tornar quase um clássico: para melhorar de vida a mulher torna-se vegetariana e a partir daí todos os seus problemas se desvanecem. Que treta!

QUEM  MATOU PALOMINO MOLERO?
O romance foi escito nos anos 80, é possível que muita coisa tenha mudado na sociedade peruana de então para cá. Palomino Molero é encontrado enforcado, espetado num pau e com marcas de queimaduras de cigarros por todo o corpo. Um crime que dá pesadelos ao próprio guarda, porque por aquelas bandas os crimes acontecem em brigas entre homens, não com estes requintes de malvadez. Lituma ,o guarda, e o seu chefe, tenente Silva, tentam desvendar o mistério, mas no centro de aviação onde Palomino era aviador o comandante recusa qualquer colaboração: entrega-lhes um comunicado idêntico ao que enviou aos seus superiores, dizendo que o aspirante a aviador era considerado desertor, pois tinha-se ausentado do quartel 3 dias antes.
No entanto, a perseverança do tenente Silva faz com que ele consiga desvendar o crime, mesmo sem a colaboração do dito comandante. Mas a verdade é tão estranha que ninguém acredita na versão oficial, todos têm teorias bastante mais complicadas (e imaginativas), que envolvem espionagem, a ingerência do Equador, etc. e tal...

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

E ASSIM VAI A VIDA...

5 dias depois de ter tido alta do internamento hospitalar, o médico resolveu internar-me novamente: "se calhar são só 2 ou 3 dias", observou manhosamente. Treta! Nunca são. No caso, foram 3 semanas. Saí hoje.

Como este blogue não trata de assuntos médicos, poupo-vos ao relato da "estadia". 4 livros depois - 1 calhamaço (o de Jo Nesbo, que tinha começado a ler) e 3 especialmente fininhos (que isto na cama não dá jeito ler livros bojudos) já não sabia que mais fazer ao tempo - até as telenovelas da TVI cheguei a ver. E o jogo do Benfica!

Noutras ocasiões, já pedi que levassem o computador até lá, desta vez passei: no dia em que fui internada, houve para lá um grande alvoroço com o furto de um tablet. Que isto de ladrões há por todo o lado...

Daí não ter dado notícias, e pelo facto peço desculpa a todos que se preocuparam.

Um abração e...


FELIZ FIM DE SEMANA PARA TODOS!

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Caros amigos,


Infelizmente, estou hospitalizada em Santa Maria, pelo que não tenho dado sequência aos preparativos para o almoço de dia 18. Para o efeito, já avisei o Ricardo para seguir com as combinações.

Espero até lá estar melhor para puder participar no referido almoço de convívio.

Pelo facto, peço desculpa, mas o motivo foi alheio à minha vontade.

Beijos e Abraços para todos,

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

SE PASSAREM POR MIM NO ROSSIO...

... não se esqueçam de entrar e apreciar a especialidade da casa, porque o outono (que, se bem se lembram, começou hoje logo de manhã cedo, lá pelas 8h e 21m) convida a bebidas mais "quentes" e aromáticas. E não deixa de ser uma maneira tão boa como outra qualquer de comemorar a nova estação...

TCHIM-TCHIM!
(e já lá vai o tempo em que a ASAE, no seu auge fundamentalista, me fechou as portas!)

domingo, 20 de setembro de 2015

O CENTENÁRIO QUE FUGIU PELA JANELA E DESAPARECEU

É óbvio que os livros não se vendem pelas capas, mas também me parece lógico que algumas capas não suscitem o mínimo interesse do comprador desinformado do conteúdo. Será o caso desta, no entender da maior parte dos membros do Clube de Leitura.

Que um centenário internado num lar fuja pela janela, até pode ser invulgar, mas certamente já terá passado pela cabeça de muitos, mesmo que só octo ou nonagenários. Que depois desapareça sem (quase) deixar rasto, é que é mais difícil. Mas os leitores deste livro são uns privilegiados: não só ficam a par das peripécias da fuga de Allan Karlson (o homem que fazia cem anos no dia em que se escapuliu pela janela), como o escritor vai intercalando episódios marcantes da sua vida, que por sinal também coincidiram com momentos importantes da História do século XX e respetivas personagens - Estaline, Mao, Churchill, Franco, Truman, entre outros, são algumas das que perpassam ao longo destas 364 páginas, como conhecimentos esporádicos do protagonista e que, de alguma forma, influenciaram o rumo dele (e da humanidade). E agora, já centenário, alguém acredita que conheceu todos esses figurões do passado, ainda por cima quando ele próprio detesta conversas sobre política ou religião? Pois!

Vagamente a lembrar Forrest Gump, que por acaso encontra todos os presidentes dos EUA, com a diferença que o Allan Karlson não tem nada de tolo...

Numa sessão que reuniu todos os membros do Clube, que não sei porquê começou com a nota sobre a infeliz capa - maioritariamente apelidada de "berucha" - praticamente não houve discussão sobre o enredo elaborado pelo sueco Jonas Jonasson, unanimemente considerado divertido, surpreendente, delirante, absurdo e hilariante. Uma leitura a não perder, portanto!

Citações:

"Disse para consigo que fizera mal em pensar em morrer quando ainda estava sentado na cama do Lar. Porque, mesmo atacado pelo reumatismo, era muito mais divertido andar fugido, longe da irmã Alice, do que ficar deitado e quieto debaixo de seis palmos de terra."

"O grande líder era inteligente, culto, era bom dançarino e até tinha uma bela voz - mas era completamente doido! Só porque Allan tivera a infelicidade de citar o poeta errado, um jantar ameno tinha-se transformado numa verdadeira catástrofe."

"[...] muitos indivíduos de origem chinesa tinham sido simplesmente expulsos da Indonésia com a etiqueta de comunistas, e tinham precisado de se refugiar na China, onde de imediato eram tratados como capitalistas."

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A próxima reunião do Clube de Leitura foi agendada para dia 22 de novembro de 2015, com o romance "Quando o Diabo Reza", de Mário de Carvalho.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

VAI MAIS UMA PINGUINHA?

E pronto o passatempo "Gota d'água" chegou ao fim, depois da perseverança da Afrodite (e do Rui Espírito Santo) ter levado a melhor e identificado todos os fotógrafos das fotos que me enviaram para publicação neste contexto.

Portanto, todas as fotografias já estão devidamente identificadas com o nome do respetivo autor e blogue (em link), pelo que quem ainda tiver dúvidas sobre quem fotografou o quê pode ir espreitar ao post anterior.  

A mim resta-me agradecer mais uma vez a simpática participação de todos, desejando que tenham um...

MARAVILHOSO FIM DE SEMANA!

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

GOTA D'ÁGUA

Então vamos lá descobrir quem fotografou o quê ou em que águas "navegaram"... A ordem da publicação das fotografias foi sorteada e ficam sabendo à partida que os participantes foram os seguintes (em desordem, evidentemente!): Luisa, Graça, Catarina, Maria Semedo, Ricardo Santos, Ematejoca, Kok, Manu, Redonda, Afrodite, Susana Rodrigues, Pedro Coimbra, Tons de Azul, Janita, Fatifer, Angela, Cantinho da casa, Rui Espírito Santo e eu própria - não havendo prémios e estando fora da "competição" no que toca à adivinhação, não havia razão para não colaborar também na parte fotográfica. Eis as 19 fotos:

Foto nº 01 - Redonda

Foto nº 02 - Graça

Foto nº 03 - Rui Espírito Santo

Foto nº 04 - Janita

Foto nº 05 - Pedro Coimbra

Foto nº 06 - Ricardo Santos

Foto nº 07 - Fatifer

Foto nº 08 - Kok

Foto nº 09 - Tons de Azul

Foto nº 10 - Manu

Foto nº 11 - Cantinho da casa

Foto nº 12 - Luisa

Foto nº 13 - Catarina

Foto nº 14 - Susana Rodrigues

Foto nº 15 - Angela

Foto nº 16 - Afrodite

Foto nº 17 - Teté

Foto nº 18 - Maria Semedo

Foto nº 19 - Ematejoca

E pronto, agora só faltam os vossos palpites que, ao contrário das fotos, não convém que metam (muita) água... Divirtam-se!

ADENDA a 17 de setembro de 2015 - o Rui Espírito Santo deu a seguinte sugestão, com a qual concordo inteiramente: "sugeria que avisasses que quando alguém tivesse a certeza da sua grelha completa (ou a faltar uma ou duas) que ta enviassem por mail para não "estragar" o divertimento aos outros !"
Enfim, ainda me parece longe da grelha estar quase solucionada, mas fica o aviso!

ADENDA a 18 de setembro de 2015 - Ontem, às 22h e 55m, a Afrodite mandou-me a grelha completa de identificação das fotos (via mail), pelo que foi ela a grande vencedora deste passatempo; 7 minutos depois, às 23h e 02m, o Rui Espírito Santo também me enviou a sua grelha completa, pelo que foi o segundo a terminar este desafio; os autores de cada fotografia já estão identificados, bem como os seus respetivos blogues (clicando no link). Parabéns à Afrodite e ao Rui Espírito Santo (e também ao Fatifer, que identificou os autores de 15 fotografias), e muito obrigada a TODOS pela disponibilidade e simpática participação. Bem hajam!

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O TEJO (QUASE) DESCONHECIDO

O plano era antigo e simples: conhecer um pouco melhor os mistérios que o Tejo esconde, não aqui junto a Lisboa e à foz onde existem as pontes, o Cristo-Rei, o Padrão dos Descobrimentos, a Torre de Belém, etc. e tal, todos sobejamente badalados nos roteiros turísticos, mas algures no seu percurso até aqui chegar, povoado que é de bancos de areia, pequenas ilhas e ilhotas e uma fauna e flora diversificada.

Assim, tentámos aproveitar estes últimos dias de férias - "fazer férias cá dentro" adquiriu o seu significado máximo: sem pernoitar fora de casa! - para dar este passeio. Contudo, eles só se realizam ao fim de semana, pelo que poderíamos nem sequer estar em férias... mas adiante. Contactámos a empresa Rio-a-Dentro e marcámos lugar para dois no barco que partia do cais de Escaroupim (aldeia próxima de Salvaterra de Magos), às 17 horas de sábado passado. Como a ideia também passava por observar a passarada, achámos ser essa a melhor hora, já que o pôr do sol determina a hora em que as aves diurnas se preparam para dormir.

Escusado será dizer que a primeira ave que vimos foi uma animação - o barco levava 12 pessoas a bordo, algumas das quais percebiam imenso de pássaros, não perguntei se pertenciam a algum grupo de birdwatching. Uma garça branca, que deve ser a mais corriqueira ali na zona, pois vimos muitas mais, pousadas em grupos nas árvores, a esvoaçar, tomando os seus lugares para a noitada no meio de uma grande chinfrineira.

Mas antes que imaginem que vão ver uma série de belíssimas fotos fica o avisa que o guia muito simpaticamente nos vez logo à partida: "se conseguirem tirar 2 ou 3 fotos boas, estão cheios de sorte". A posição dos assentos, os balanços do barco, a passarada assustadiça, os próprios acompanhantes dificultaram em muito a vida dos fotógrafos amadores que lá seguiam, que era praticamente metade do grupo - a outra metade usava os binóculos para ver mais de perto a bicharada.
Por outro lado, tornou-se bastante notório, especialmente nos canais mais pequenos e menos movimentados porque é que o Tejo tem essa "alcunha" de espelho d'água:

Os primeiros sinais de outono também não passaram despercebidos...

Embora aqui e ali possa não parecer, todas as fotografias foram tiradas a cores, a luminosidade inconstante do dia é que por vezes dá a sensação de serem a preto e branco.

Avistámos garças-reais e...

... aves de rapina, que segundo os entendidos pertenciam a duas espécies: a águia-pesqueira, que se alimenta dos peixes do rio, e a águia-calçada. O guia explicou as diferenças entre umas e outras, mas em duas horas e meia foi informação a mais para uma leiga, de modo que esta... é uma delas!

E esta suponho que a outra! Tem a ver com a cor das penas do peito...

Um bando de cegonhas representava a espécie e as ibis ficam sempre alvoraçadas com qualquer pequeno barulho - o comandante e guia normalmente desligava o motor quando se aproximava das aves, mas nem assim. Diga-se em abono da verdade, que algumas das parceiras de viagem falavam que se desunhavam, o que não ajudava muito a sossegar a passarada. No entanto, não deixou de ter a vantagem de reinar um ambiente saudável de alegria e boa disposição...

Ah, os cavalinhos também deram um ar da sua graça. Quer dizer, éguas e respetivos potros, segundo o guia, embora uma teimasse que tinha visto um cavalo!

Que mais ninguém viu, mas pronto, a rapariga lá saberá o que diz...

O pôr do sol não se chegou a vislumbrar dadas as nuvens existentes, mas estava na hora da passarada voltar aos ninhos e/ou às árvores onde pernoita.

Calculámos que já estavam todos a postos, cada espécie dividida pelas árvores prediletas, quando de repente surgiu um barco que as assustou e provocou enorme algazarra...

E depois do barco passar a algazarra continuou, quando quiseram regressar aos seus poisos, que eventualmente já estariam ocupados por outros.

Quer dizer, todos menos os corvos, que não se assustaram tão facilmente com um barulhinho à toa e permaneceram serenamente no seu galho.

E este jovem goraz, que julgava ser apenas nome de peixe, mas afinal existe uma ave com a mesma designação. Jovem por ainda ter aquelas malhas brancas na penugem castanha, fiquei a saber.

E pronto, o passeio chegou ao fim, novamente no cais de Escaroupim, de onde se pode avistar a ilha das garças, que é o local onde elas, as ibis e os corvos costumam pernoitar. Adorámos o passeio e felizmente íamos bem equipados com um corta-vento impermeável, porque não imagino o frio que alguns dos nossos acompanhantes de viagem devem ter passado, com apenas uma t-shirt em cima da pele. É Tejo, minha gente, está sempre mais fresco e húmido e então nesta altura do ano em que as noites começam a esfriar, não há volta a dar.  Fica aqui em jeito de aviso à navegação de outros eventuais interessados na passeata, que custa 25 € por pessoa. Bem empregues, no nosso entender!

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§ único - a propósito de água, estão todos lembrados que acaba hoje às 23h e 59m o prazo de envio de fotos para o passatempo "Gota d'água", não é verdade?