A nova Agatha Christie que vem do frio?!? Uau, quero ler! E foi assim que este livro veio parar à minha estante, após uma "happy hour" na Feira do Livro de Lisboa deste ano.
Erica regressa à sua terra natal, Fjallbacka, após um acidente de viação que vitimou ambos os pais, mas acaba por prolongar a estadia, enquanto vai completando a biografia que tem em mãos para entregar à sua editora - afinal de contas, aos 35 anos e solteira, apenas com contatos esporádicos com a irmã Anna e os sobrinhos, sempre mantidos à distância pelo antipático marido desta, não tem nada que a prenda a Estocolmo. Por mero acaso, é uma das primeiras pessoas a encontrar o corpo de Alex congelado na banheira, após um aparente suicídio - a sua melhor amiga de infância, até que aos 12 anos esta se mudou com a família para Gotemburgo, sem que nunca mais trocassem palavra.
Acontece que a autópsia revela que o suicídio foi encenado, para esconder um homicídio. Mas durante a investigação policial Erica também reencontra Patrick, outro velho amigo de infância, agora a trabalhar nas forças policiais locais, sob o comando do prepotente e incapaz Mellberg. Tanto quanto a família de Alex sabe, ela não tinha inimigos: empresária de sucesso, casada com um homem rico e atraente, porque teria? Mas a curiosidade de Erica - que nunca entendeu porque a grande amiga a abandonou sem sequer um adeus - aliada à perseverança de Patrick, vão juntando as peças do intrigante puzzle humano e descobrindo segredos há muito por revelar...
Bom, apesar do disparate publicitário da editora em anunciar Camilla Lackberg como uma nova Agatha Christie - a escritora sueca vai completar 39 anos dentro de poucos dias e, consequentemente, não tem obra que se compare aos mais de 80 títulos da grande mestre da literatura policial - certo é que é um bom livro para os amantes do género: 399 páginas que dificilmente se largam até ao final!
Citações:
"Sabia precisamente qual fora o dia em que a sua vida tinha feito aquela curva infeliz. Conseguia até dizer a que horas acontecera. E não podia recorrer às desculpas habituais. Não podia culpar os maus-tratos, nem a pobreza, nem a fome ou os distúrbios emocionais. A única coisa que podia culpar era a sua própria estupidez e uma excessiva confiança em si mesmo. Claro que também havia uma rapariga envolvida."
"A inocência e simpatia pareciam fazer dele um íman irresistível para as mulheres que comiam homens ao pequeno-almoço e depois cuspiam os restos."
"- Um acidente pode acontecer tão facilmente, não acha? Um candeeiro que tomba, uma cortina a esvoaçar. Pequenos incidentes que, juntos, provocam um grande acontecimento. Por outro lado, pode afirmar-se que é por pura vontade divina que os acidentes acontecem às pessoas que os merecem."
Obrigada pela recensão, interessante como é hábito.
ResponderEliminarBeijufas
Suponho que não seja livro para ti, SÃO, já que não aprecias policiais... :)
EliminarBeijocas!
Os alemães adoram ler os romances policiais dos escritores escandinávicos vs. escritoras escandinávicas.
ResponderEliminarA obra da Camilla Läckberg não é tão vendida aqui como as obras de Henning Mankell, Håkan Nesser, Jo Nesbø ou Anne Holt.
Nunca li nada desta escritora sueca, mas depois de ler esta tua recensão, Teté, ainda hoje vou buscar A Princesa de Gelo à biblioteca.
Bom, aqui também se está a tornar moda, EMATEJOCA, primeiro com Stieg Larrson, depois com MoonsKallentoft (li um, mas não achei nada de especial) e esta Camilla que também já tem uns poucos de livros publicados cá. Mas desses autores que referes ainda não ouvi falar. ou lá chegaremos... :)
EliminarEntão depois diz se gostaste! ;)
Beijocas!
Tenho mesmo que voltar aos policiais!
ResponderEliminarFiquei curiosa!
Abraço
Até mais "leves" para dias de veraneio, ROSA! :)
EliminarAbraço
Necessito de outro policial (acabei de ler esta semana o último de Donna Leon – tendo, assim lido, tudo o que ela já escreveu).
ResponderEliminarJá o requisitei na biblioteca tanto em papel como em áudio. Estou na lista de espera o que quer dizer que muita gente já a conhece! : )
Ontem fui levantar dois dos que o CBO mencionou no seu blogue. “Para dar conta” de tantos livros, terei que reduzir as horas de blogosfera. : )
Não se pode ter tudo!!
Sim, suponho que apesar de ainda ser bastante jovem (para escritora, claro!) já é bastante conhecida, CATARINA! :)
EliminarÉ verdade e como tudo na vida: cada um a seu tempo, porque senão não há tempo para fazer mais nada! ;)
Não se pode ter tudo, nem ler tudo! :D
Comecei hoje a “ouvir” (audiobook) este livro. Ainda estou no princípio do primeiro CD.
Eliminar: )
Depois diz-me se gostaste, CATARINA... :)
EliminarEu ando com as minhas leituras em atraso. :(
ResponderEliminarAcontece a todos, de vez em quando, LUISA! ;)
EliminarEstou a lê-lo e nem li todo o teu post todo para me continuar a surpreender!!!
ResponderEliminarxx
Bom, não costumo ser "desmancha-prazeres": não divulgo o final de livros ou filmes - quando eventualmente o faço aviso que tem spoiler, PAPOILA! :)
EliminarMas depois diz o que achaste! :D
xxx
Há quanto tempo não leio um policial!
ResponderEliminarBeiinhos e bom FDS
Está sempre a tempo, CARLOS! Mas não admira, com tantos clássicos que têm passados pelas suas crónicas... :)
EliminarBeijocas e bom fim de semana!