sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A GAIOLA DOURADA

Ainda pensei se valeria a pena escrever sobre este filme, que tantos amigos já viram e até destacaram nos seus blogues: que recorde, pelo menos a São, a Rosa e o Carlos! Mas o filme merece mesmo ser destacado, pois traduz-se em 90 minutos bem passados, com umas boas gargalhadas e até uma lagriminha ao canto do olho aqui e ali.

José (Joaquim de Almeida) e Maria (Rita Blanco) emigraram para Paris há 30 anos, e desde então ai têm trabalhado, ele nas obras, ela como conciérge no prédio chique onde também residem, enquanto criam os seus dois filhos, Paula (Bárbara Cabrita) e Pedro (Alex Alves Pereira). Eles são pessoas simples, honestas e trabalhadoras, sempre prontos a ajudar os outros e, como tal, muitas vezes abusam da sua boa vontade, não lhes dando o devido valor. Até ao dia em que recebem uma carta, a comunicar-lhes a morte do irmão de José, que entretanto lhes deixou em testamento a quinta de família nas margens do Douro vinhateiro e a empresa a ela associada. Com uma condição: eles terão de regressar a Portugal e tomar conta do negócio.

Os filhos exultam com a notícia, a mais velha porque finalmente a mãe vai ter a casa que tanto almejava em Portugal, o mais novo porque "estão cheios de massa", mas nem um nem outro mostram vontade de regressar à terra dos pais, que eles nem conhecem - aí, o entusiasmo deles também esmorece! Por um acaso, a irmã de Maria descobre o que se passa e a notícia chega aos ouvidos da comunidade portuguesa que os rodeia e até dos seus empregadores. E todos fazem tudo por tudo para que eles abandonem a realização desse sonho, que ainda não tiveram coragem de divulgar... 

Podem ver o trailer aqui, já que não é permitido fazer a incorporação no post.

Gostei muito! A realização e o argumento são de Ruben Alves, também ele um luso-descendente, o que certamente confere uma maior credibilidade ao modo de ser e de pensar dos emigrantes portugueses em França, ainda que com traços caricaturais e humoristas. A pontuação de 7.4/10 na IMDb (raro em filmes franceses) reflete bem o sucesso obtido nas salas de cinema francesas e portuguesas. A interpretação dos atores é excelente, de notar também a participação de Maria Vieira num papel secundário, e as cenas em que contracena com Roland Giraud, Chantal Lauby e Lannick Gautry: simplesmente hilariantes!

Imagem de cena do filme da net.

16 comentários:

  1. Também gostei imenso da Maria Vieira!
    A Quinta do Douro é um espectáculo.
    Já tinha dito ao Carlos que tinha gostado e digo-te agora a ti!
    xx

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    1. Mesmo num papel secundário, ela faz um "papelão", PAPOILA! :)

      Aliás, como a tal de Chantal, que nem conhecia!

      A quinta do Douro é mesmo um esptáculo e um maná para tirar umas boas fotos, com aquela paisagem toda em redor... :D

      Parece que todos gostámos do filme...

      xxx

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  2. Só tenho lido críticas favoráveis.
    Mas tenho receio que não passe por estas bandas :(
    BFDS!!

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    1. Pois, PEDRO, é possível que o filme não seja exibido por aí. Mas é pena... :)

      Beijocas!

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  3. Talvez passe aqui durante o Festival Internacional de Cinema de Toronto em setembro. Vou estar atenta.

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    1. É possível, já que o filme é francês, CATARINA! :)

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  4. "A Gailola Dourada" chega a Düsseldorf no dia 29 deste mês. Não quero perder esta película, que está a ter um grande sucesso em França.

    Também vou escrever sobre ele, porque cada um de nós vê o filme de maneira diferente.

    E agora vou ler o que a São, a Rosa e o Carlos escrevem sobre este filme franco-português.

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    1. Pois, tens razão, EMATEJOCA, cada um de nós vê um filme (ou lê um livro) de maneira diferente! E fico desejosa de saber a tua opinião...

      Beijocas e bom regresso a casa!

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  5. Pois, bem me parecia que gostarias, porque para primeira obra e não sendo para concirre aonOscar, é um bom filme e vale de todo vê-lo.

    E tem o mérito de falar de uma realidade que é a nossa, coisa rara. ao contrário dos USA, que aí -verdade seja dita - dissecam a sua História. Claro que as suas condições são infinitamente superiores, mas este filme mostra que também podemos fazer algo com dignidade e qualidade.

    Tem excelente dia.




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    1. Claro que os americanos dissecam toda a sua história e até à exaustão, SÃO, mas o meios hollywoodescos são completamente diferentes dos europeus, nem vale a pena falar se em França, se cá... :)

      Além que nós, mesmo que tivéssemos mais meios, por vezes fazemos de conta que certas realidades não existiram, Como a Guerra em África, por exemplo, ou o êxodo dos retornados após 25 de Abril. E nem sou eu a dizer isto, embora concorde: ainda hoje ouvi um conhecido escritor e jornalista a referir isso na TV... ;)

      Bons sonhos!

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  6. Claro que fizeste muito bem em escrever sobre ele porque da minha parte, comme d´habitude, limitei-me a breves palavras! :-))
    Éramos onze na sala e eu era a que ria mais...não sei se já o disse por aqui ou no facebook!
    Esta minha cabeça...:-))

    Abraço

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    1. Não posso dizer que era a que mais ria na sala, ROSA, porque perto de mim estava um grupo de três senhoras e uma delas dava tantas gargalhadas como eu... :)

      Abraço

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  7. Já tinha de facto lido as boas críticas por outras paragens... mas a tua análise é valiosíssima, é claro que valeu a pena!
    Não o fui ver ainda... mas tenho reparado que tem esgotado as salas de cinema. Esse não é um factor que pese na minha decisão de o ir ver pois gosto imenso de ver a Rita Blanco trabalhar, o que só por si é já um motivo de eu ter interesse neste filme.


    Beijinhos em tons dourados
    (^^)

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    1. Para lá das atuações, AFRODITE, o filme tem outros motivos de interesse, nomeadamente a nível de argumento, da caracterização de personagens típicos (embora um pouco caricaturais, creio!), das próprias paisagens do Douro no final, etc. e tal! E sabe sempre bem assistir a uma comédia... :)

      Beijocas!

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  8. Anónimo8/19/2013

    Eu bem disse que ia gostar...
    Beijinhos

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Sorri! Estás a ser filmad@ e lid@ atentamente... :)