E se um especialista em invadir sonhos entrasse no seu subconsciente e lhe roubasse ideias ou invenções ou implantasse sugestões para dar novo rumo à sua vida? Pois, é mesmo essa a base deste thriller de acção/ ficção científica, em que Cobb e a sua equipa - escolhida meticulosamente - controlam (ou tentam controlar) as mentes nesse mundo onírico, onde continuamente o sonho, a imaginação ou os segredos mais íntimos e insuspeitos se confundem com a realidade.
Este é daqueles filmes em que as opiniões dos espectadores são absolutamente contraditórias: ou o amam de paixão ou o detestam, sem apelo nem agravo! Confesso ser excepção a essa regra - o argumento complexo não é muito fácil de seguir, deixando algumas dúvidas sobre a necessidade de tantas armas e explosões para "aniquilar" meras projecções antagónicas - mas, simultaneamente, os efeitos visuais de escadas que se cruzam, entrecruzam ou acabam de repente (muito ao estilo "Harry Potter"), de espelhos paralelos que reflectem a imagem humana até ao infinito ("Citizen Kane"), dos trilhos na neve vagamente semelhantes a um sonho hitchcockiano ou da ausência de gravidade em certas cenas conferem-lhe aquela credibilidade de estarmos realmente a sonhar... no cinema!
Afinal de contas, não é esse o espírito da indústria cinematográfica?! Fica o trailer, para os mais curiosos:
Christopher Nolan realizou e escreveu o argumento de "A Origem" ("Inception", no título original), um filme protagonizado por Leonardo DiCaprio, Joseph Gordon-Levitt, Ellen Page, Tom Hardy, Ken Watanabe, Dileep Rao, Cillian Murphy, para lá de um naipe de actores secundários sobejamente conhecidos do grande público: Tom Berenger, Marion Cottilard, Michael Caine, entre outros.
Imagem de cena do filme da net.
podiam tentar fazer isso ao Socrates para ele falar verdades (mais do que as que já fala, mas verdades nunca são demais)
ResponderEliminarA ideia de que simplesmente nos possam ler o pensamento já é assustadora. :( Agora a capacidade de influenciaram as nossas atitudes, levando-se a proceder de acordo com o que outros querem deverá ser terrível !
ResponderEliminar.
Não pensava ver, mas depois de ler a tua crítica fiquei com curiosidade. :)
ResponderEliminarGostei, bastante até… Não é o filme da minha vida mas, como sou um cinéfilo exigente é raro dizer bem de um filme. Este fez-me colar ao ecrã e por ser tão complexo que eu não queria perder pitada com medo de depois não entender alguma parte. Gostei muito porque de facto consegue-se ir buscar varias teorias psicológicas do inconsciente a tudo o que eles disseram. Ou seja, apesar de ser “ficção científica” tinha uma base lógica. De resto a Ellen Page é das minhas actrizes preferidas e para mim um prodígio para a idade que tem (que por coincidência é mesma que eu), apesar de neste filme acho que não lhe deram um papel muito exigente e difícil onde ela podia de facto mostrar o que vale tal como aconteceu em “Juno” ou em “Hard Candy”. Dois filmes que recomendo já agora!! ;) Beijos.
ResponderEliminarO Pinóquio a falar verdades, VÍCIO?!? Ai que desilusão, quando acordares... :))
ResponderEliminarBom, no filme não "soa" assim tão tétrico, RUI, mas no geral a ideia da manipulação do subconsciente/inconsciente é realmente aterradora... :e
ResponderEliminarNa verdade, SUN, quando saí do filme ainda estava na dúvida se o tinha entendido, com a minha mãe a dizer que era uma "grande banhada" e o meu marido com vontade de o ver novamente... :)
ResponderEliminarAcho que depende dos olhos de quem o vê!
Também não é o filme da minha vida, PSIMENTO, mas não sei se o entendi completamente! Talvez o reveja para tirar dúvidas... :)
ResponderEliminarQuanto a "Juno" também vi e adorei, obrigada pela dica do outro que me escapou! :D
Beijocas!
Precisava de o ver de novo, por causa das nuances de um argumento complexo. sonhos, dentro de sonhos, dentro de sonhos, levanta problemas, paradoxos e subtilezas que a mona não apreende imediatamente, sobretudo quando também tem que lidar com alguns efeitos visuais realmente notáveis, como referes. não será um filme fácil, mas um filme muito bom mesmo :)
ResponderEliminarÉ, o meu marido disse isso mesmo, MOYLITO, que era necessário rever para tentar apreender algumas subtilezas e pormenores do filme, que inevitavelmente nos escapam à primeira... :)
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