Já vos aconteceu estar à conversa com uma amiga, com uma televisão em "pano de fundo" sem som e, de repente, vos parecer ver uma cara conhecida no ecrã, como um dos feridos num acidente grave?
Pois, a mim já! Até comentei com a minha amiga: "Credo, parece o António!" Mas a imagem passou rápido, o acidente ocorreu em Marrocos e o som off não permitiu perceber que existiam portugueses envolvidos - o que nos chama sempre mais a atenção, quer queiramos ou não!
Só alguns dias depois soube que era realmente ele e fiquei completamente arrepiada! Como é que nem me dei ao trabalho de verificar, se a parecença era tão evidente? Não teria valido de muito, que a própria filha do casal passou 12 horas de horror, entre o momento em que soube do desastre e aquele em que conseguiu notícias dos pais, internados num hospital de Ceuta. Mas mesmo assim...
Distracções à parte, imaginam o choque que é saber pelos noticiários televisivos que um familiar ou amigo foi vítima de um desastre, ainda por cima com imagens captadas pelas câmaras pouco depois (neste caso nem tão pouco assim, uma vez que as ambulâncias atrasaram-se no socorro), ainda a sangrar das diversas escoriações, para lá do que não é aparente?!? Detesto este tipo de jornalismo, mais sensacionalista que informativo!
Desejo uma rápida recuperação ao casal e um bom regresso a casa e ao convívio de todos nós!
(note-se que não sendo amigos muito próximos - antigos vizinhos, com diversos amigos em comum, que ocasionaram várias tertúlias durante os últimos 20 anos - ainda me custa a "digerir" a crueza da imagem televisiva!)
não considero que seja assim tão sensacionalista.
ResponderEliminarporque mostram o que realmente se passa?
Pois noticias dessas, desastres, casos de pedofilia, ou roubos em directo isso passam eles porque é o que faz sensação e chamam eles informação.....
ResponderEliminarJá noticias positivas como a pilha de medalhas que os atletas de Sindrome de Down que representavam Portugal ganharam nos campeonatos do mundo no Mexico ....disso nem falaram.
O que paga e o que as pessoas querem ver é desastre, catastrofes......
Também não considero que seja assim tão sensacionalista, só que em Portugal todas as notícias são dadas com toda a minúcia.
ResponderEliminarTambém eu sabia desse desastre, mas este teu texto arrepiou-me. Lembrei-me de um desastre do meu filho, que apareceu na TV local, tendo alguns amigos e familiares tomado daí conhecimento. Como é raro ver TV, e quando vejo é para ver filmes antigos, só soube por ele do acontecimento, porque nos telefonou depois de sair do hospital, onde esteve apenas algumas horas - ele não ficou ferido, teve apenas um choque, mas houve vários feridos e uma mulher gravemente. Felizmente, não morreu ninguém.
O Gui voltou ao Porto. Agora tenho mais tempo para visitar os amigos da blogosfera, e para já vou até lá baixo, ver o que perdi de ler, durante o tempo em que andei afastada.
Deixa-me adivinhar: TVI?
ResponderEliminarBeijoca!
Não me aconteceu, mas posso fazer uma pequena ideia.
ResponderEliminarFelizmente não aconteceu o pior, senão o choque seria muito maior !
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A questão é: se visses familiares ou amigos na TV, vítimas de um acidente, não ficavas a bater mal, VÍCIO?
ResponderEliminarNão é a questão de filmarem o local, os destroços, etc., mas as pessoas, num momento de maior fragilidade, ainda ensanguentadas?!?
As pessoas parecem comprazer-se com desgraças alheias, PARISIENSE, se é voyeurismo da parte de alguns espectadores, também é uma decisão dos Directores de Informação televisivos.
ResponderEliminarQuanto às medalhas dos atletas de Síndrome de Down no Campeonato do México, desculpa lá, sem te pedir autorização postei no Facebook, para divulgação. Não copiei o texto, fiz um resumo, confirmei na net e retirei a foto de lá. Achei que nem tu, nem os atletas se iriam importar... :)
Minúcia de mais, para o meu gosto, EMATEJOCA! E sim, também não vejo os noticiários com frequência, por serem tão rudes, mas que ver alguém que nos é próximo ainda ensanguentado e meio azamboado em directo na TV deve ser muito aflitivo, não tenho dúvidas!
ResponderEliminarTanto quanto soube a filha do casal até ficou satisfeita por ter havido aquela polémica com o Carlos Queiroz, que ocupou bastante espaço no noticiário, que tornou menos visíveis a imagem do pai. E não, no caso os telemóveis perderam-se no acidente, nem havia meio de a contactar...
E sim, também há vida lá fora que há que aproveitar, para lá da blogosfera! Espero que a visita do Gui te tenha animado... :)
Não faço a menor ideia, RAFEIRITO, mas TVI não devia ser... ;)
ResponderEliminarBeijocas!
Fica sempre essa pequena ideia, RUI, nada agradável, no meu entender!
ResponderEliminarNo dia em que filmarem as caras dos mortos num acidente deixo de ver noticiários de vez! (já vi algo parecido, uns meliantes russos que assaltaram uma bomba de gasolina, foram apanhados pela populaça e decapitados, estes mostraram as cabeças ufanos e levei um susto tão grande, que carreguei em todas as teclas do comando, menos as devidas para mudar de canal!)
Mas estou convencida que não vai mudar, só piorar... :p
Posso dizer que sim, já me aconteceu receber via têvê a notícia trágica da morte de uma pessoa que em tempos fez parte do role de amigos, mas o que mais me chocou foi a forma como ele foi friamente "executado" e as noticias absurdas que depois li e ouvi acerca da vida dele.
ResponderEliminarCredo, PAULOFSKI, essa ainda é pior!
ResponderEliminarMas ao escrever este texto, também me passou parte disso pela cabeça - este antigo vizinho e companheiro de algumas tertúlias é conhecido como membro de um partido político, candidato à sua Junta de Freguesia (nada de muito topo, mas pronto), um homem conceituado na sua profissão não-política (tanto, que aparece no jornal).
Daí a perceber que, se tivesse morrido, via na TV a sua foto tipo passe, com o respectivo panegírico, até foi rápido. Mas se fossem pessoas mais próximas?
E a situação de denegrirem as suas imagens depois de mortos nem me ocorreu, mas deve ser daquelas de apetecer atirar pedregulhos ao televisor... :p
quando são pessoas próximas, realmente ou virtualmente - lembro-me do Féher - custa mais porque lembra aquilo que todos tentam esquecer. a sua própria fragilidade e finitude. nem falo na dignidade de tratamento de imagens e assim, que isso era para meio ano...
ResponderEliminarNem me fales do Féher, que o meu filho e os amigos, que na altura teriam prái os seus 11/12 anos e adoravam jogar à bola, ficaram uma semana ensimesmados, MOYLITO! Os professores agradeceram, que passaram uma semana sossegados, sem "brincadeiras" durante as aulas...
ResponderEliminarMas a verdade é que nunca estás à espera de ver alguém conhecido, mais próximo ou mais distante, naqueles apuros... e choca! ;x