Todos sabemos que algumas notícias não devem ser divulgadas, pois corre-se o risco de surgirem logo de seguida uma série de macacos de imitação, para obterem os seus 5 minutos de fama (ou nem isso) originando um facto semelhante. Por exemplo, se alguém se suicida atirando-se da ponte X, surgindo a notícia nos media, logo aparecem outros a copiar o acto desesperado. Ou se uma escola fecha por ameaça de bomba - provavelmente ideia de um qualquer cábula que não estudou para o teste e para evitar o desaire - logo outras escolas recebem telefonemas idênticos e quase todas elas passariam mais tempo encerradas do que a cumprir a sua função. Até aqui, suponho que todos concordamos.
Mas o caso muda de figura, quando algumas circunstâncias do nosso dia a dia parecem ser deliberadamente ignoradas pelos meios de comunicação, que entretanto nos impingem todas as desgraças do planeta, discursos políticos ou económicos longos e fastidiosos - mas na longa linha dos poderosos, que os restantes são sistematicamente banidos do mapa -, bola, bola e mais bola, com os respectivos protagonistas a encherem o ecrã ou as páginas de trivialidades que pouco interessam, desde o que comeram ao almoço, ao quanto amam a nova namorada ou se quando eram pequeninos tinham o hábito de tirar macacos do nariz!
Assim, a censura, que não existe como tal, toma o nome de linha editorial, ao abrigo da qual tudo o que não interessa revelar passa a não existir... Topam? E porque é que não interessa revelar? As razões são variadas, mas a primordial é velar pela segurança e bem-estar da população, que mantida na ignorância não terá ainda mais razões para se revoltar. Simultaneamente, também se cuidam dos próprios interesses, do bom nome de pessoas ou empresas, especialmente dos parceiros e amigalhaços administradores.
Quem disser que foi impedido de usar um transporte público devido a uma ameaça de bomba, que estava numa carruagem que incendiou, que participou numa manifestação de protesto, entre tantos outros "esquecimentos" noticiosos, arrisca-se a encontrar sorrisos trocistas e incrédulos pela frente! A mim, só me parece um déjá vu...
Imagem da net.
apesar das aspas, aquele "esquecimento" ficou bem ali!
ResponderEliminar"por morrer uma andorinha não acaba a primavera" e o cidadão comum é nada mais que uma andorinha no bando
Topo. Os media têm o controlo remoto na mão e norteiam as pessoas, tanto por excesso como por defeito. Uma minoria comandando uma maioria. Até eu fiquei influenciado a escrever qualquer coisa sobre isso!
ResponderEliminarOs Media tem e sempre tiveram controlo de alguma mão.....mas infelizmente ás vezes também ultrapassam o ridículo....
ResponderEliminarE parece que só em países com ditaduras isso acontece......SERÁ?????
E como em tudo "há Jornalistas" e jornalistas ( que fazem não importa o quê só para terem projecção.
Beijokitas
Nunca tivemos tanta informação e nunca soubemos tão pouco. Já falta pouco para o "socpor" criar um "minver" e logo a seguir uma novilíngua que elimine as palavras desnecessárias/perigosas.
ResponderEliminarOu um carneiro no rebanho, VÍCIO! ~xf
ResponderEliminarO controlo remoto está realmente na mão de uma minoria, PAULOFSKI, e essa gosta de pensar por nós todos e escolher o que nos interessa... :p
ResponderEliminarPrefiro pensar por mim própria, mas mesmo assim, quando faltam dados e informações, é difícil! Quem não sabe... ;x
Por isso foram denominados 4º Poder, PARISIENSE! Só que há uma diferença abismal entre escrever em liberdade, ou subjugado ao poder político e económico. E se em 1975, por exemplo, não se escondia o que se passava nos aeroportos nacionais, aquela vergonha que está nas piores memórias de milhares de portugueses, hoje há muitos "esquecimentos", enchendo-nos o olho ou a leitura com assuntos que pouco interessam para o nosso dia a dia...
ResponderEliminarE não, a "culpa" não é dos jornalistas, sejam melhores ou piores, mas de todos aqueles que no topo da hierarquia jornalística controlam o que deve ou não ser divulgado, nomeadamente servindo interesses próprios e dos respectivos amigalhaços. É quase como os mágicos, que enquanto exibem um objecto na mão, escondem o truque na outra manga e ninguém nota! :[
Beijokitas!
Como deves saber, MOYLITO, o excesso de informação também é uma maneira de desinformar... :)]
ResponderEliminarQuanto às tuas siglas, deitando-me a adivinhar, pode ser que lá chegue... ;)
São poucos os jornalistas que fazem jornalismo propriamente dito. Ora porque vêem os textos a não ser publicados, ora porque nem conseguem chegar à fonte da noticia por impedimento exterior.
ResponderEliminarPosso contar um episódio que aconteceu com um grande amigo meu, que numa altura em que trabalhava para um jornal regional, fez uma reportagem sobre o presidente da camara. O director do jornal onde ele estava era do partido contrário, e apesar da reportagem ser o mais transparente possivel, como era favorável ao presidente da camara, o director, não esteve com meias medidas para não a publicar, pondo publicidade no local onde devia estar o texto.
Como há este caso, há casos bem piores e maiores nos meios de comunicação social.
Histórias como essas há muitas, FAUSTO! E se a nível regional funciona assim, imagina nos jornais e revistas nacionais.
ResponderEliminarPorém, os cortes podem ser só da lavra de um chefe de redacção ou directorzeco, que acha que com o jornalismo não se brinca (?) e toca de cortar um artigo engraçado, porque tem lá umas larachas que não se compadecem com o cinzentismo reinante... :]
Assim, um artigo que é suposto ser engraçado, vira mais uma seca... :p
Suponho que o jornalismo, tal como o conhecemos, tem os dias contados. Talvez se safem os on-line, os desportivos, e um ou outro semanário ou revista... ~xf
o 1984 ajuda :)
ResponderEliminarÉ, há um Big Brother watching us, MOYLITO! 8-o
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