... pintou-se um novo quadro do nosso país, que em vez de retratado a negro como tem sido comum ultimamente, usou todas as cores da paleta: "uma extensão de costa com excelentes praias, com um sol luminoso e areias finas, rodeadas de bonitas paisagens", asseverou Carlos II. E se as praias geraram um consenso quase unânime, acrescentando a Ematejoca serem "as mais bonitas da Europa", as lindíssimas paisagens do interior também foram referidas pela Parisiense e pelo Rui da Bica. A par de um clima ameno e soalheiro que transparece em várias descrições.
A gastronomia - a cozinha tradicional e a "comida de mesa, os bons petiscos e os excelentes doces", no relato do Rui da Bica - faz crescer a água na boca de todos: Fausto, Kim, Parisiense, Carlos II, Ematejoca e Paulofski, embora com gostos e paladares diferenciados. O Vício não esquece o vinho, que rega grande parte dessas refeições e eventuais convívios ou tertúlias, com ou sem o tanger das guitarras a acompanhar.
Num registo mais poético, Paulofski realça que o país "tem arte, bom gosto, imaginação, juventude, maravilhas, sabores, calma, beleza, sorrisos, gente, cultura, história, tranquilidade, paixão, cor, orgulho, simpatia, acolhimento..." No que é secundado pela Ematejoca, que afirma que "os nossos poetas são de primeira água". A história secular e a língua riquíssima, "falada em todos os cantos do mundo" também é focada pelo Carlos II e pelo Paulofski. Neste particular só discordo que a menção seja apenas para os poetas de língua lusa, porque também nunca faltaram grandes e prolixos escritores, pintores, inventores e múltiplos artesãos - "do nada conseguimos fazer coisas giras", assegura a Diabba. Nem excelentes desportistas, "devido ao esforço pessoal e qualidades intrínsecas", como acrescenta o Carlos II.
A simpatia dos portugueses e "a simplicidade cativante da gente das aldeias" enunciadas pelo Rui da Bica, pelo Fausto e pelo Carlos II terá excepções, mas Kim resume numa só frase: "As gentes do nosso povo são do mais puro que existe." Ainda "somos peritos na nobre arte do 'desenrasque' [...] Ao contrário do que se diz, temos óptimos crânios, pena que tenham de fugir daqui", sentencia a Diabba. Mas nem sempre alargar horizontes noutras paragens corresponde a uma fuga, mas sim a uma aprendizagem junto de mestres mais conceituados, certo?!
Esta tela foi pintada a várias mãos - as vossas (e a minha) - e o que nela ressalta não é triste, nem sequer é fado...
Imagens de quadros da Maluda, da net.
Belos toques de pincel, Teté... ou será de palavras sobre a tela da paisagem. E as pinturas também são giras.
ResponderEliminarEstas constatações só provam que efectivamente somos um país fantástico. Até os elementos da natureza não pecam por excesso. Calor quanto baste, chuva mais ou menos necessária e calor humano a jorros.
ResponderEliminarSó é pena os políticos estragarem este canto maravilhoso.
Beijinho Tété
triste é haver alguém que nos obriga a ocupar o pensamento com tantos outros problemas que por vezes esquecemos de lembrar que existem todas essas coisas! mas não é problema que não se resolva com vinho =))
ResponderEliminarGostei imenso destes dois posts sobre o lado positivo do nosso querido Portugal.
ResponderEliminarOntem esqueci-me do famoso vinho do Porto, apreciado pelo mundo inteiro, especialmente pelos ingleses... e do vinho do Porto também eu gosto, e muito mesmo.
Ao ver os encantadores quadros da Maluda, penso que é obrigatório mencionar os nossos pintores como uma Vieira da Silva, Paula Rego, Almada Negreiros entre muitos outros, não esquecendo o arquitecto Siza Vieira, mundialmente acreditado.
E como em Portugal é permitido, eu digo pura e simplesmente:
PORTUGAL ACIMA DE TUDO
Excelente ideia a do post anterior, como excelente este "quadro" resultante de várias mãos e pinceis !
ResponderEliminarUma belesa bem real que teimamos em não querer ver, porque sempre ofuscada pela incompetência dos nossos políticos, em geral, que teimam em nos desviar a atenção daquilo que temos de belo !
Parabéns Tete !
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...E Maluda enquadra bem qualquer texto.
ResponderEliminarGostei.
Para além de todas estas belezas e a Maluda não representa nem um terço, falta dizer que os portugueses são das gentes mais corajosas que existem à face do planeta. Coragem é o que melhor nos define ao longo dos tempos e tempos.Até hoje...
ResponderEliminarÉ sempre a mesma coisa, para vermos precisámos de sair fora, e passa em toda parte e todo lado, aqui há uma canção omito gira que diz: Portugal tem Espanha não tem... E outra mais famosa: Menos mal que nos queda Portugal... A crise volta-nos pessimistas?... Venga ya!
ResponderEliminarQuando queremos conseguimos pintar com cores alegres o que por vezes é triste como o cinzento....
ResponderEliminarMas esse quadro que acabas de pintar com a ajuda de todos nós, até parece que estamos no paraíso....eheheh
Gostei.
Beijokitas
este desafio teve um resultado muito porreiro. parabéns :)
ResponderEliminarSou suspeita, SUN, porque gosto muito dos quadros da Maluda! Que achei que completavam as palavras que foram escritas a várias mãos, dando cor ao que temos de melhor... :)
ResponderEliminarQuerido KIM, tudo depende dos "óculos" que cada um usa: uns são escuros e "fatais como o destino" e impedem o sol de entrar; outros são transparentes de aros cor de rosa, só vêm beleza à volta... ~xf
ResponderEliminarNada é assim tão "pão pão, queijo queijo"! ;)
Beijinhos!
Ahahah, VÍCIO! O recurso à vinhaça não resolve, mas lá que faz esquecer umas chatices... pois... :))
ResponderEliminarComo todos os países, Portugal tem aspectos positivos e outros negativos, EMATEJOCA! O que chateia é os portugueses por vezes só referirem o pior, como se não houvesse nada de bom a admirar: e há muito, como se vê! :D
ResponderEliminarNem aqui estavam em causa gostos pessoais, mas é evidente que o vinho (verde, branco, rosé, tinto, do Porto, da Madeira) e seus derivados, sempre foram relevantes para a agricultura e o comércio cá da terra. E são muito apreciados em todo o mundo! Não podia deixar de ser mencionado... :)
E sim, também estranhei que não te lembrasses dos pintores! Bons artistas não nos faltam e para todos os gostos, eheheh!
Portugal é nosso e precisamos valorizar o que tem de melhor! :z
Só não vê quem não quer, RUI! :h
ResponderEliminarMas é verdade que somos constantemente "bombardeados" com politiquices e discussões que se prolongam 'ad eternum', ao ponto de "esquecermos" o que o país tem de melhor. De vez em quando, cabe relembrar... :))
O texto é vosso, evidentemente!
É verdade, JOÃO VIDEIRA SANTOS!
ResponderEliminarMas também nunca foi intenção ofuscar o enorme talento da Maluda, com um texto "pintalgado" a várias mãos... :D
Obrigada (por todos nós)!
Hummm... não sei se concordo, PAULINHA! É coragem seguir em frente quando não existem outras alternativas?! ;)
ResponderEliminarGente corajosa sempre houve, em Portugal e em todo o mundo, não me parece característica de nenhum povo, visto como um todo. Talvez tivéssemos mais espírito aventureiro, nas guerras, nas Cruzadas, nos Descobrimentos, no Colonialismo, na Emigração, mas muitas vezes foi uma questão de sobrevivência... :[
"Quem está mal, muda-se!", diz o provérbio. Suponho que será mais por aí... :)
A crise, que já existe desde que me lembro de ser gente, CONDADO, só olha para o próprio umbigo, não permitindo ver mais nada em volta. Com o pessimismo inerente!
ResponderEliminarMas nem é preciso sair do país para ver o que tem de bom e positivo: basta desligar a TV e a Rádio, nas horas dos noticiários e esquecer que os jornais diários existem! Não é a busca da treva e da desinformação, só uma pausa! E não é que resulta? As crises vêm e voltam, andar aí em choradeiras pelos cantos é que não resolve... :)
Ahahah, PARISIENSE, a vida tem várias nuances, neste caso só vos pedi os aspectos positivos do país, daí ter resultado neste "paraíso"...
ResponderEliminarQue todos sabemos que não é, como também não é o tal inferno que nos entra pela casa dentro todos os dias, nos noticiários sempre negros e alarmistas!
Haja sensatez, para não vermos apenas o pior... ;;)
Beijokitas!
E muito ficou por dizer, MOYLITO, numa estrada rumo... ao país real! :D
ResponderEliminar(aqui um bocadinho "adocicado", é certo!)
Muito interessante este post a várias mãos.
ResponderEliminarEu, atrasada como sempre, acrescento: o cavalo lusitano.
Venha o FMI no seu branco corcel montado, salvar-nos da crise de fé em que andamos todos.
Digo isto porque, quando vier o FMI, acaba-se logo a fé, e é menos uma crise que temos de gerir :)
E a música então... canta Amália, canta
ResponderEliminarNuma casa portuguesa fica bem
pão e vinho sobre a mesa.
Quando à porta humildemente bate alguém,
senta-se à mesa co'a gente.
Fica bem essa fraqueza, fica bem,
que o povo nunca a desmente.
A alegria da pobreza
está nesta grande riqueza
de dar, e ficar contente.
Quatro paredes caiadas,
um cheirinho á alecrim,
um cacho de uvas doiradas,
duas rosas num jardim,
um São José de azulejo
sob um sol de primavera,
uma promessa de beijos
dois braços à minha espera...
É uma casa portuguesa, com certeza!
É, com certeza, uma casa portuguesa!
~c
SAFIRITA, essa do cavalo lusitano nunca me teria passado pela cabeça! Não é que o bicho não seja garboso e elegante... =))
ResponderEliminarFMI = a crise? E as medidas governamentais não, com a escandaleira de ainda andarem a gastar em luxos próprios? Olha, já sabemos que estamos todos lixados, agora se são uns ou outros a mexer nos nossos bolsos é um bocado irrelevante. (vê-se que não percebo nada de economia, claro!)
Mas sim, isso os portugueses também têm: fé a mais! Em Deus, nos anjos, nos santinhos, no D. Sebastião, na bruxa, na astróloga, no professor Mambo, em suma, tudo o que venha à rede, como "tábua de salvação"... ;)
Nem todos os fados são tristes, PAULOFSKI, e esse da Amália tem tudo a ver com o texto, os quadros da Maluda, e o sentimento de se ser português!
ResponderEliminarGracias! :D