A leitura é empolgante, mas bastante previsível muito antes de chegarmos ao final das 515 páginas. No que toca ao mistério do enredo, não ao desenvolvimento da ação em si. Também já li por aí que Ken Follett não tem o estilo literário mais apurado, embora a sua escrita seja eficaz para convencer o leitor a não parar de ler o livro até ao final. Como foi apenas o segundo que li do escritor, não tenho a certeza da veracidade da afirmação, mas no caso funcionou em cheio.
Jeannie Ferragami é uma cientista recentemente contratada pela universidade Jones Falls, para dar aulas e desenvolver uma investigação sobre gémeos criados separadamente, na tentativa de determinar se a potencial criminalidade lhes advém do sangue e genes, ou de fatores educacionais e ambientais. Para o efeito, cria um programa que cruza dados de ADN, para depois entrevistar os candidatos que acedem a colaborar na sua pesquisa. Steve Logan é um dos primeiros entrevistados, mas pouco depois ele é acusado de violar uma mulher, que por sinal é a grande amiga de Jeannie. Mas ela estranha, porque nos testes psicotécnicos ele não revelou o perfil de um criminoso. E o gémeo dele está preso por crimes semelhantes, portanto também não foi ele a perpetrar o crime.
Entretanto e simultaneamente os jornais divulgam o caso como devassa da privacidade das fichas médicas de cada cidadão, a par da venda milionária da empresa Genetico, que patrocina as investigações genéticas na universidade e a candidatura à presidência dos EUA de um dos proprietários da dita empresa. Jean é despedida sumariamente pelos seus superiores, no dia seguinte terá de enfrentar um conselho universitário, supostamente imparcial. Mas, por esta altura, ela já percebeu que há demasiadas coincidências em todas estas histórias e suspeita vagamente da sua origem, sem a conseguir provar. Além de se apaixonar por Steve e logicamente desejar ilibá-lo de acusações tão graves...
Manipulações de vária ordem (ou métodos ainda menos ortodoxos), pela ambição desmedida da conquista de mais poder, influência ou riqueza dão um dos motes a este livro. Ou seja, a ficção que se baseia na realidade deste mundo. Porque mesmo não sendo adepta de teorias da conspiração, elas são como as bruxas: "que las hay, hay!" Gostei muito! Há melhor que um livro cuja leitura nos prende até ao final, mesmo adivinhando parcialmente o mistério da trama?
Jeannie Ferragami é uma cientista recentemente contratada pela universidade Jones Falls, para dar aulas e desenvolver uma investigação sobre gémeos criados separadamente, na tentativa de determinar se a potencial criminalidade lhes advém do sangue e genes, ou de fatores educacionais e ambientais. Para o efeito, cria um programa que cruza dados de ADN, para depois entrevistar os candidatos que acedem a colaborar na sua pesquisa. Steve Logan é um dos primeiros entrevistados, mas pouco depois ele é acusado de violar uma mulher, que por sinal é a grande amiga de Jeannie. Mas ela estranha, porque nos testes psicotécnicos ele não revelou o perfil de um criminoso. E o gémeo dele está preso por crimes semelhantes, portanto também não foi ele a perpetrar o crime.
Entretanto e simultaneamente os jornais divulgam o caso como devassa da privacidade das fichas médicas de cada cidadão, a par da venda milionária da empresa Genetico, que patrocina as investigações genéticas na universidade e a candidatura à presidência dos EUA de um dos proprietários da dita empresa. Jean é despedida sumariamente pelos seus superiores, no dia seguinte terá de enfrentar um conselho universitário, supostamente imparcial. Mas, por esta altura, ela já percebeu que há demasiadas coincidências em todas estas histórias e suspeita vagamente da sua origem, sem a conseguir provar. Além de se apaixonar por Steve e logicamente desejar ilibá-lo de acusações tão graves...
Manipulações de vária ordem (ou métodos ainda menos ortodoxos), pela ambição desmedida da conquista de mais poder, influência ou riqueza dão um dos motes a este livro. Ou seja, a ficção que se baseia na realidade deste mundo. Porque mesmo não sendo adepta de teorias da conspiração, elas são como as bruxas: "que las hay, hay!" Gostei muito! Há melhor que um livro cuja leitura nos prende até ao final, mesmo adivinhando parcialmente o mistério da trama?
Citações:
"Quando as feministas radicais vinham dizer que o pénis era o inimigo, Jeannie tinha vontade de lhes responder: «Fala por ti, pá!»"
"Tinha bons motivos para tremer. Na prisão, os homens estavam sempre a ser espancados. Muitos eram feridos, alguns mortos. Lá fora, a opinião pública estava-se nas tintas, pois se os bandidos se mutilassem e matassem uns aos outros teriam mais dificuldade em roubar e matar os cidadãos cumpridores da lei."
"Manipular a imprensa era perigoso: um bom repórter podia ignorar a história mais óbvia e começar a perguntar porque motivo ela fora contada."
"Tinha bons motivos para tremer. Na prisão, os homens estavam sempre a ser espancados. Muitos eram feridos, alguns mortos. Lá fora, a opinião pública estava-se nas tintas, pois se os bandidos se mutilassem e matassem uns aos outros teriam mais dificuldade em roubar e matar os cidadãos cumpridores da lei."
"Manipular a imprensa era perigoso: um bom repórter podia ignorar a história mais óbvia e começar a perguntar porque motivo ela fora contada."
ResponderEliminarO segredo de um bom livro é mesmo esse... cativar o leitor e não o deixar parar nem abandonar a leitura.
A história é muito interessante, actual e verosímil, ingredientes que por si já cativam.
Li essa história naquela colecção de livros condensados do Reader's Digest e também vi o filme. Já não me recordo de muitos pormenores mas lembro-me que gostei.
Beijinhos
(^^)
Concordo, AFRODITE! Pode ser pouco literário, mas se a leitura é cativante, mais que compensa... :)
EliminarNão sabia que havia um filme baseado no livro, tenho de ir espreitar à IMDb... :)))
Beijocas!
Boa partilha
ResponderEliminarmas... gosto mais de livros imprevisíveis
A previsibilidade prende-se com o título, MAR ARÁVEL: se não foi um, nem outro, lógico que tem de existir um terceiro gémeo... Mas até lá o texto dá muita reviravolta e afinal se calhar não é assim tão previsível... :)
EliminarDele li 'Os Pilares da Terra' interessante por ser um romance histórico acerca da época medieval mas, para 2 enormes volumes a trama podia estar mais explorada (tinha acabado de ver a série de TV por isso, esperava mais. E, li o 'noite sobre as águas', também histórico mas, acerca do principio do século XX com uma trama policial que me agarrou...
ResponderEliminarEste não li mas, acho que gosto da personagem que proferiu as palavras da primeira citação :)
Não li "Os Pilares da Terra", TÉTISQ, mas li esse outro da "Noite Sobre as Águas", que me pareceu mais ficção que histórico, embora decorresse numa época precisa - a imediatamente anterior à II Guerra Mundial.
EliminarE também gostei: se quiseres podes ler aqui o que escrevi sobre ele:
http://pequenoquiproquo.blogspot.pt/2011/10/noite-sobre-as-aguas.html
Quanto à personagem, pois, convém não entrar em fundamentalismos, feministas ou outros... :)))
Nunca li nada dele...mas não foi Follet que escreveu "Os Pilares da Terra"? É que gostei da adaptação para televisão.
ResponderEliminarBom final de dia, menina
Não vi a série, SÃO! Como sabes, não vejo muita televisão... :)))
EliminarBeijocas!
Como estou de férias, vou tentar ler "Winter of the World", que está há meses à minha espera.
ResponderEliminarTambém eu sou da opinião que o Ken Follett não tem o estilo literário muito apurado, e eu dou mais valor ao estilo literário do que à história, além disso, 1022 páginas assustam-me.
Pois pode não ter, EMATEJOCA, mas o estilo literário só tem graça se for associado a uma história bem contada! Creio que um livro pode ter um grande estilo literário, mas se a história não me seduz, é meio caminho andado para me aborrecer da sua leitura... :)
Eliminar1022 páginas é dose, mas se for empolgante, podes crer que o leio até ao final, independentemente do estilo! :D
Boas férias!
Nunca li nada dele e, apesar de o seu post ser bastante sugestivo, creio que em virtude da longa lista de espera, até ao Natal não deve haver compras
ResponderEliminarBeijinhos
Bom, também não tenho intenção de comprar livros tão depressa, CARLOS, que na Feira do Livro deste ano já comprei livros q.b., que dão leituras até ao final do ano ou mais... :)
EliminarNão sei se é o seu género este tipo de romances de ação, mistério e aventura, mas para quem o aprecia é uma boa sugestão! :D
Beijinhos!