terça-feira, 10 de julho de 2012

7 MIL PALAVRAS!

1.
Se uma imagem vale por mil palavras, a matemática é simples: 7 valem por 7 mil! Mas será que todos entendemos cada imagem do mesmo modo? Óbvio que não!

Portanto, a proposta deste desafio é a seguinte: em vez de 7 mil palavras, cada um dar a sua própria interpretação destas imagens, numa breve legenda...

2.
Todas são do facebook, muitas tinham explicações, reflexões, citações ou anedotas ao lado, para que não restassem dúvidas aos "maus" intérpretes, à medida do moralismo, lamechice, sentido de humor ou pretensão cultural individual. Mas precisavam?

3.
Espanejar o nosso cérebro nem sempre é fácil, especialmente quando nos instigam a olhar uma imagem de um certo ponto de vista. Mas há sempre outros.

4.
Claro que os amigos facebookianos (meus ou não!) já as devem ter visto e criado uma certa associação de ideias, pelo que o desafio se torna mais difícil para eles...

5.
Falo por mim, evidentemente!

6.
Desta vez nem dou nenhum palpite, as legendas estão a vosso cargo. E também é escusado tentarem encontrar mensagens políticas buriladas nesta sequência: cada uma "fala" por si, independentemente das restantes...


7.
Para verificar(mos) as diferenças nos olhares e interpretações de cada um, precisamos de legendas, OK? Força aí nesses teclados!

Imagens do facebook.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A IDADE DO GELO 4: DERIVA CONTINENTAL

Na eterna demanda de esconder a sua bolota de olhos gulosos, Scrat volta a fazer asneira e despoleta a deriva dos continentes. Alheados do que está para vir, o casal de mamutes discorda sobre as "saídas" de Peaches, a filha adolescente, e o tigre dentes de sabre considera com o seu pelo que aguenta qualquer embate, quando é literalmente varrido por um "trenó" desvairado, que transporta nada mais nada menos que a família de Sid, que fica felicíssimo por reencontrar o pai, a mãe, o irmão e até a sua avozinha. Mas a felicidade tem pouca dura, porque afinal a família que o abandonou só lhe veio depositar a avó nas patas - um empecilho para as suas vidas - e parte logo de seguida. Com a desvantagem que a avó parece ser uma preguiça rija, exigente e pouco meiga...

Apesar destes pequenos desentendimentos, tudo acabaria bem e em poucos minutos, se não fosse a tal deriva continental, fantástica e imediata como só em desenhos animados, que separam Manny da família e dos amigos, tendo apenas do seu lado do gelo, dividido pelas forças da Natureza, os fiéis companheiros de sempre: Diego e Sid. Hummm... e a avozinha deste!  

Como todas as tentativas de reaproximação são infrutíferas, ele apenas consegue avisar que vai encontrá-las numa determinada ponte, enquanto partem os três (quer dizer, quatro!) numa aventura em cima de uma placa de gelo, movida a correntes, tornados e outras intempéries. Com um iceberg capitaneado pelo temível gorila capitão Gutt, que os persegue, vingativo, por se terem recusado a juntar-se à tripulação pirata.

E muito mais haveria a contar, mas não se pretende aqui revelar todo o filme, ficando apenas o trailer, para quem queira espreitar:   


Realizado por Steve Martino e Mike Thurmeier, com uma pontuação de 7/10 na IMDB, foi o maior sucesso de bilheteira de cinema e em Portugal na semana passada, apesar de alguns críticos encartados acusarem o filme de ter um argumento básico e de não ser grande novidade em relação aos anteriores. Nem vale a pena contestar! Mas qual é? Óbvio que o filme é para putos e não um monumento à intelectualidade, mas para quem gosta do género... é bem divertido!

ps - foi a primeira vez que vi um filme em 3D, não porque fizesse questão, mas porque só reparei quando comprei os bilhetes; não me fez confusão, só me lembrou aquele antigo brinquedo denominado "view master", apesar dos óculos com óculos; mas são 94 minutos, não 3 horas, como outros...

Imagem da net.

domingo, 8 de julho de 2012

O RETORNO

"Já se foram todos embora. Os meus amigos, os vizinhos, os donos das lojas, o mecânico, o barbeiro, o padre, todos. Nós também já não devíamos cá estar." O narrador é Rui, um adolescente de 15 anos, que viu partir todos, enquanto ele, os pais e a irmã ficaram para trás, em Angola, no decurso de 1975. Mas os tiroteios diários e os relatos das atrocidades perpetradas pelos pretos na população branca acabam por os convencer da urgência da partida. No próprio dia em que a planeiam, um grupo de revoltosos bêbados algema e prende Mário, o pai, por o confundir com o carniceiro de Grafanil. O tio Zé consegue levar a irmã e os sobrinhos ao aeroporto, ainda atarantados com a inesperada prisão, para apanharem o avião para a metrópole. A ponte aérea que trouxe meio milhão de pessoas a Portugal, nesse ano... 

É assim que começa este romance de Dulce Maria Cardoso, que descreve magistralmente um período conturbado da nossa História, vista pelos olhos do adolescente retornado, que não tem para onde ir, acabando por ser alojado num quarto de hotel, com a mãe e a irmã. Um hotel de 5 estrelas, no Estoril, que alberga o triplo dos hóspedes para que tem capacidade. A diretora recebe-os com um longo discurso moralista, afirmando que ainda devem agradecer a Deus a sorte que têm por estarem num hotel de luxo - ao contrário de outros retornados alojados em parques de campismo ou pensões miseráveis - e explica as regras a que têm de se sujeitar, sem  no entanto perder a pose de grande dama. Os meses passam e a inquietação sobre o destino do pai e a revolta com as condições cada vez mais deterioradas dos serviços e instalações do hotel cresce, ao mesmo ritmo que o pouco dinheiro que trouxeram desaparece. Para Rui, as aulas também não correm pelo melhor, com professores preconceituosos, que tratam os alunos vindos das ex-colónias por retornados, sem se darem ao trabalho de decorar os seus nomes. Porém, a irmã, Milucha, tem-se aplicado e consegue boas notas. E a mãe, com aquela doença que a família silencia, volta a ter um dos seus ataques e é ele que tem de fazer de homem da família, para a acalmar, tal como o pai fazia.

Entre recordações de Luanda e dos seus antigos amigos Lee e Gegé, as novas brincadeiras com o Mourita e o Paulo, também eles a viver nas mesmas circunstâncias, o despontar do interesse pelas raparigas, os primeiros encontros sexuais, o dia a dia de todos os companheiros de  percurso - crianças, jovens, adultos e velhos - enfiados no hotel sem conseguir trabalho, ocupando-se a jogar à sueca ou a organizar piquetes para vigiar os contentores onde guardam os parcos haveres que conseguiram trazer de África (repetidamente assaltados ou vandalizados pelos "de cá"), tornam as 267 páginas deste livro num retrato muito próximo da época e da vivência de muitas dessas famílias...

Não sendo propriamente um romance auto-biográfico - Dulce Maria Cardoso nasceu em 1964, em Trás-os-Montes, mas foi viver para Angola ainda em tenra idade, regressando também a Portugal em 1975 - é lícito supor que essa experiência e/ou outras das quais teve conhecimento ao longo desses anos, tenham dado origem a estas páginas. Muito, muito bom! 

CITAÇÕES:
"O aspirador era um dos sonhos de que a mãe nunca se esquecia, nenhuma vizinha tinha ou queria ter um aspirador, vassoura e pá chegam bem para se limpar uma casa, vassoura, pá e uma preta, claro."

"A puta da professora, um dos retornados que responda, como se não tivéssemos nome, como se já não bastasse ter-nos arrumado numa fila só para retornados. A puta a justificar-se, os retornados estão mais atrasados, sim, sim, devemos estar, devemos ter ficado estúpidos como os pretos, e os de cá devem ter aprendido muito depois da merda da revolução, se for como em tudo o resto devem ter tido umas lindas aulas."

"[...] a mãe do vosso pai teve nove filhos, nove bocas para comer e dezoito braços para trabalhar, só se deitava a conta aos braços, que às bocas podia-se roubar quase tudo, umas rodelas de cebola numa côdea de pão calavam os roncos das barrigas. Se o Vitor tivesse ouvido a mãe saberia que nada nem ninguém obriga mais do que a fome e que o pai embarcou no Pátria mais obrigado do que qualquer soldado."

xxxxxxx
Desta vez o Clube de Leitura teve um quórum reduzido e nenhum consenso: desde os que acharam "chato", a outra que achou o final despropositado (embora ela própria conheça uma história verídica semelhante) e eu e outra que adorámos. Enfim, há gostos para tudo... e, se calhar, histórias que a maioria dos portugueses ainda prefere ignorar!

O próximo encontro ficou agendado para dia 29 de setembro, com o livro "A Conspiração Contra a América", de Philip Roth

sexta-feira, 6 de julho de 2012

PARA QUE SERVE UMA AGENDA?

Para anotar os compromissos que vão surgindo, aniversários, consultas médicas ou mais qualquer coisinha que tenhamos receio de nos esquecer entretanto, certo?

A apresentação do livro "Contos do Nosso Tempo" já estava agendada para sábado dia 7 de julho, pelas 17 horas, na FNAC do Centro Comercial Colombo, vai para mais de um mês. Até com este simpático convite (posterior), do meu (nosso) amigo Vitor Fernandes (aka, Predatado ou Constantino, na blogosfera), que é um dos autores desta coletânea de contos:

Tudo certo e devidamente anotado, não é que um almoço familiar - sucessivamente adiado à conta dos exames dos "putos" - foi marcado para o mesmo sábado? Não teria grande problema, se fosse em Lisboa. Mas não é! Sem desmerecer o empenho em manter a família unida em alegre convívio, dos 16 aos 87 anos, desta vez preferia passar, como num jogo de poker. Que a vida familiar também não é! Já não tenho tempo, idade ou paciência para amuar com estas combinações de última hora, embora realizadas à minha revelia...

Resta-me, portanto, enviar um abração de parabéns ao Vitor, desejando (a ele e aos restantes autores) um grande sucesso! (o livro, obviamente, vou comprar e ler, mesmo sem os devidos autógrafos!)

BOAS FÉRIAS / BOM FIM DE SEMANA
PARA TODOS!

post-scriptum - não será necessário referir que a segunda imagem  é do Vitor - um dos amigos (quase) virtuais que gosto mais de ler, pois não?

quinta-feira, 5 de julho de 2012

A CONTAR PELOS DEDOS...

... das mãos e dos pés, ainda faltam tantos dias para as férias chegarem! Claro que junho foi um mês de festas e de santos populares, de caracoladas e de reencontros, de múltiplos e agradáveis passeios aqui pelo burgo, com um brevíssimo treino de dolce fareniente. Tudo jóia... se não fossem as numerosas más notícias e chatices no final do mês - que não me apetece aqui enumerar!

Apesar de nos dois últimos textos ter dado vazão a algumas indignações e irritações, nem por isso considero o blogue como "muro de lamentações". Não é, nem tem pretensões de vir a ser! Mas enquanto conto pelos dedos os dias que faltam para as almejadas férias, penso que o ser humano é um bocado estranho: tem pressa de partir, depois deseja voltar. Como cantava António Variações, "só estou bem, aonde eu não estou..." Ele apelidava essa sensação de ansiedade e de insatisfação, mas facto é que nesta altura do ano quase toda a gente suspira por férias. Não será mais cansaço do ramerrame?

Bom, mas do que sei que vou sentir falta, é das "minhas" musiquinhas, já que os habituais companheiros de férias preferem 'rockalhadas'. Para já não mencionar os gostos musicais da "miudagem", que felizmente ouve o que quer no iPod, sem nos atazanar a cabeça... (e não, não tenho, nem quero ter, os meus ouvidos contendem com auscultadores minúsculos!)

Entretanto, suponho que também não é má ideia ir colocando aqui algumas que oiço sempre com prazer, para um momento ou outro mais calmo, já que no YouTube, facebook e tal também é improvável que oiça. Aliás, a "regra geral" quando estamos todos reunidos na sala, com a televisão normalmente acesa porque alguém quer ver não-sei-o-quê, é os sons das aparelhagens estarem desligados (exceto para auscultadores), como se compreende, e para não virar uma autêntica cacofonia...

Esta ouvi pela primeira vez recentemente e amei, ou não fosse sobre Lisboa, na harmoniosa voz de  Melody Gardot:


As saudades de Lisboa, dos familiares e amigos que ficaram ou partiram para outros locais de veraneio, da casa e tal, só costumam bater lá mais para o final das férias! Mas também batem... sempre!

Colagem de fotografias minhas de Lisboa, em Junho de 2012.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

CURSINHO ACELERADO, HEIN?

A agitação e a indignação, quando se soube que Sócrates tinha terminado o seu curso de engenharia via fax - numa universidade privada que já nem existe - num domingo, foi mais que muita! Certo é que ele tinha sido eleito, democraticamente, por ser líder do PS, não por ser engenheiro. Mas tinha ali um ponto fraco...

Coelho, o atual PM - aquele que se fartou de bradar aos céus e à população em geral que o seu antecessor era um mentiroso (com mais ou menos eufemismos!) - também não se pode gabar de um percurso universitário notório, ponham pilhas daquelas que duram e duram até ele acabar o curso (nem sei de quê, nem interessa nada!), lá para os 37 anos, numa outra universidade privada. E quem escolheu ele como seu braço direito no governo? Miguel Relvas... ministro-adjunto e dos assuntos parlamentares, com um "currículo profissional" certamente invejável, como se pode ler nesta notícia de ontem no jornal "Público".

Bem sei que todos sabem ler (e escrever), mas para resumir o link, os factos falam por si: Relvas andou literalmente a pastar pela universidade Livre (atual Lusíada), privada como convém a quem não obteve notas suficientes para entrar no ensino público, onde foi aprovado numa única cadeira, de Ciência Política e Direito Constitucional, com 10 valores (no ano letivo de 1984/85), no curso de Direito; mudou para o curso de História e, posteriormente, para Relações Internacionais, na mesma universidade, mas não fez mais nenhuma cadeira; em 2006 inscreveu-se na universidade Lusófona, que supostamente apreciou o seu "currículo profissional" de deputado e de secretário de Estado, e num ano terminou o curso de Ciência Política e Relações Internacionais, equivalente a 3 anos e 36 cadeiras. Digam lá se não houve ali um rasgo de génio ou de iluminação?

Para além da saloiice de ele considerar importante ter um passado "universitário", mesmo que assim à songamonga, se isto não é gozar com quem estuda (ou estudou), que ele de viva voz aconselhou a emigrar, não sei o que é...  

Imagem da net.

terça-feira, 3 de julho de 2012

ESGAZEADOS!

Não sei ao certo quando foi decidido que se iam mudar as canalizações de gás para o natural, mas terá sido lá para meados dos anos 90, desfasadamente, por todo o país. Assim, uma chusma de inspetores entrou casa adentro de milhões de pessoas, famílias ou empresas, para verificar canalizações, torneiras e equipamentos, num chumbo quase generalizado - estava quase tudo mal! E a responsabilidade era de cada um adaptar tudo o que considerassem errado, para receber aquela nova maravilha da moderna tecnologia em sua casa ou empresa, por decisão governamental... (não houve cá abébias para alguém dizer que não queria a mudança!)

Segundo apregoavam os governantes e os jornais da época, o gás natural só tinha vantagens. Apesar do ligeiro inconveniente de não ter cheiro, daí qualquer fuga não ser detetável pelos utentes. Não duvido que existissem muitas instalações perigosas nessa primeira triagem, uma vez que uma operação destas nunca tinha sido efetuada. 

Para ultrapassar essa questão de descaso do povo português quanto à própria segurança (e da vizinhança), no final da mesma década saiu uma portaria que tornou as inspeções de gás obrigatórias em todas as novas instalações, de 5 em 5 anos (para os prédios com mais de 20 anos), ou em qualquer remodelação. Esclareço que nem sou contra!

Certo é que não conheço ninguém que tenha "passado" numa dessas inspeções à primeira: segundo estes inspetores novatos, toda a gente corria (e corre) o risco de morrer esgazeado, em casa ou no trabalho! Se só muito raramente acontecia sem inspeção (e nem sequer se está a falar de malucóides a meter a cabeça no forno com intuitos suicidas, para explodirem eles e o prédio inteiro!), o perigo agora é iminente, nem sequer em cada esquina, mas em quase todos os apartamentos visitados. Pior ainda, quando chega o novo inspetor, o que foi exigido na inspeção anterior já não presta, tem de se chamar uma empresa credenciada (e todos sublinham o credenciada!) para executar o serviço. 

Consta (sublinhado meu!) que a empresa despediu um vasto número de empregados, na sequência desta inovação, que se organizaram entre si e formaram pequenas empresas, que a empresa-mãe (chamemos-lhe assim!) certificou. E os antigos colegas fazem o jeitinho de lhes encontrar clientes...

Seja ou não uma "teoria da conspiração" - que odeio, diga-se de passagem! - a dificuldade de aturar estes "doutores do gás", que se trancam na minha cozinha sem serem convidados (lei é lei!), enquanto conversam alegremente ao telemóvel, para depois anunciarem sorridentes que todos os residentes nesta casa estão em risco de vida, porque existem umas falhas não compatíveis com a portaria e fugas suspeitas não sabem exatamente onde, por acaso até me dão energia. Não será a deles... mas temos pena!

Imagem da net.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

I AM SAM - A FORÇA DO AMOR

Sam (Sean Penn) é um homem cujo cérebro estagnou aos 7 anos de idade, que a certa altura tem uma relação com uma sem-abrigo, da qual nasce uma filha, a quem ele dá o nome de Lucy Diamond (Dakota Fanning), em homenagem à canção dos Beatles, do qual é fã. Assim que sai da maternidade, a mulher abandona os dois e ele vê-se com uma criança recém-nascida nos braços, sem saber bem como proceder. Com a ajuda de alguns amigos, também eles com algumas incapacidades mentais, e da sua vizinha Annie (Dianne Wiest) - que se pressupõe sofrer de agorafobia, pois tem medo de sair de casa - vai criando a menina com todo o amor e carinho que lhe consegue dar. 

Contudo, quando Lucy entra na escola, apercebendo-se já da incapacidade paterna, começa a demonstrar algumas dificuldades de aprendizagem, sendo notório para os professores que a aluna não quer aprender para não "ultrapassar" os conhecimentos do pai. Entretanto, devido a uma das suas infantilidades, ele é preso e retiram-lhe a custódia da filha. Instigado pelos amigos, contacta a fria advogada Rita Harrison Williams (Michelle Pfeifer), mas como empregado de mesa da rede "Starbucks", não tem dinheiro suficiente para lhe pagar. Por um acaso, esta acaba por decidir defendê-lo "pro bono" e a luta pela custódia da filha passa para os tribunais...

Se não valesse por mais nada, o filme (de 2001) da realizadora Jessie Nelson valia pelos fabulosos desempenhos de Sean e Michelle. E pela música dos Beatles. E pelo drama enternecedor, que nos toca e comove... mas também nos faz sorrir! Como nesta cena, depois de ir com os amigos comprar uns sapatos para Lucy, saindo de lá todos de balão na mão:

Podem ver o trailer aqui: 


Pontuado com 7.4/10 na IMDB, tem um aspeto ou outro menos apelativo, como o rodopiar da câmara, talvez mais notório por o ter visto no PC - que não gosto, nem costumo, nem foi "sacado", mas através de um site cinematográfico. Gostei muito!

Imagens de cenas do filme da net.

domingo, 1 de julho de 2012

DE INSPIRAÇÃO MEXICANA?!?

Em tempos idos, segui (mais ou menos) uma telenovela mexicana, que era um dramalhão pegado... mas que me fazia rir à gargalhada! Não eram só os atores que pareciam apatetados, o argumento não tinha ponta por onde se lhe pegasse: uma jovem pobre, mas muito trabalhadora e estudiosa, apaixonava-se pelo professor que por acaso era da fina nata da sociedade e rico até mais não, ele por ela, mas depois mete-se pelo meio uma megera que queria casar com o ricaço e a relação complica. Uma amnésia, um paraplégico e, salvo erro, até um ceguinho depois, a rapariga permanentemente chorosa casa com o paraplégico, por julgar ser a sua obrigação moral (ou coisa do género!), por ter sido um soco do namorado que colocou o amigo naquela situação. Mudam de cidade (e de cenários) e vão viver para uma zona rural (que por acaso parecia um estúdio, mas pronto!), metade do elenco desapareceu como por artes mágicas, mas claro que o bonzão do ex-namorado tinha uma fazenda naquela zona, acabam por se encontrar e, ainda por cima, descobrir que o paraplégico só estava a fingir, para casar com ela...

Li agora que essa telenovela, intitulada "Maria José", era um remake de outra chilena, de uns 20 anos antes, que é sempre coisa que me custa a entender - não há ninguém para escrever mais, melhor e com maior atualidade do que aquilo? E as indumentárias e penteados, mesmo há 20 anos, não eram de cair pró lado? 

Julgava já ter visto o pior do que se pode exibir em telenovela (e sim, cenas mais-que-parvas também já vi em brasileiras, até recentemente, mas agora não vem ao caso!), quando ontem tive a ocasião única de perceber que estava redondamente enganada! Com o capítulo final de "Rosa Fogo", transmitido pela SIC. O único que vi, diga-se!

Não conhecendo as personagens ou o enredo, pasmei com várias cenas: numa há um bolo "milagroso" cheio de luz que esvoaça para as mãos de uma fulana e ficam todos muito contentes; noutra, uma mulher grávida que tinha aprisionado um latagão, que afinal conseguiu fugir para se encontrar com a sua amada, consegue algemar esta numa velha casa a que deita fogo, mas, coincidência das coincidências, chegam-lhe as dores de parto e ficam para lá as duas até que o herói de ambas as salva, com uma indolência que não lembra, ela tem o filho logo ali e morre; entretanto, outro mau da fita rapta uma miúda que afinal é filha dele, deixa-a ir embora para depois ir para a campa da mãe desta com insultos e cuspidelas, a menina assiste e insurge-se, chegam lá uns outros "heróis" que dão um tiro nas costas do gajo, este agarra a criança, clímax, um súbito tremor de terra, abre-se uma brecha no chão e o mau... é "engolido"! Quer dizer, parece que é, porque mesmo no final ele volta a aparecer, para vislumbrar de longe o tal casal que está num piquenique (no mesmo local?), com a filha dele e o filho da outra megera, já mais crescidinhos.

Desculpem lá, estes guionistas drogam-se, ou quê?!? Como é que um ator/atriz, por muito bom que seja, pode dar credibilidade a cenas destas? Coitados...

Imagem da net, da telenovela "Maria José", com Cláudia Ramirez e Arturo Peniche.