segunda-feira, 21 de março de 2011

UM ANO MAIS

Tom e Gerri (este sentido de humor britânico...) formam um casal feliz de meia-idade, que leva uma vida profissional realizada já à beira da reforma, na pacatez e serenidade de fins de semana passados a cultivar legumes num terreno próximo de Londres, cidade onde habitam, ou em múltiplos encontros com familiares e amigos que convidam com regularidade. Mas, ao contrário deles, quase todos estão a atravessar diferentes crises existenciais: Mary (Lesley Manville), secretária no centro de saúde onde Gerri trabalha como assistente social, uma divorciada solitária e perturbada, com dificuldade em aceitar a própria idade e que fala ininterruptamente de trivialidades, pretendendo passar pela mulher jovial e sedutora que julga ter sido no passado; Ken (Peter Wight), um amigo com problemas de alcoolismo e que deseja dar uma nova oportunidade ao amor (mas que curiosamente Mary desdenha); Ronnie (David Bradley), irmão de Tom, que se encerra num teimoso e desconsolado mutismo após a morte da mulher. 
Assim, ao longo do ano e durante as diferentes estações eles vão semeando, cultivando, regando e colhendo os frutos não só da sua horta, como também no círculo daqueles que os rodeiam. Só Joe (Oliver Maltman), filho do casal já na casa dos 30, parece ter encontrado a felicidade ao lado de Katie (Karina Fernandez), uma jovem terapeuta. Facto esse que visivelmente contraria Mary, que aparentemente alimentava esperanças num relacionamento com o rapaz, mas que desaponta a amiga de longa data...
Este drama do realizador e argumentista inglês Mike Leigh é protagonizado por Jim Broadbent e Ruth Sheen (para além dos actores já enunciados) e foi nomeado para o Oscar de melhor argumento original este ano. Podem ver o trailer aqui:


Vê-se bem, mas sobretudo relembra que a paciência tem limites, quando os amigos tentam interferir nas decisões que não lhes pertencem. De um modo muito britânico, está claro!

Imagem de cena do filme da net.

10 comentários:

  1. Ao ler este teu artigo sobre um filme de um casal de meia-idade, lembrei-me da Licas.
    Desculpa, lembrar aqui, um caso tão triste, mas o meu estado de saúde continua muito precário, o que me leva a pensar sobre a vida e a morte.

    Pois bem, Teté, chegou a Primavera ~ nada de tristezas ~ pois ainda não perdi as esperanças de recuperar as minhas forças o mais depressa possível.

    Beijinhos primaveris!

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  2. Pois, não há palavras que possam consolar a Licas de uma perda tão grande, EMATEJOCA, é inevitável que pensemos que a vida não é eterna, ainda mais quando nos encontramos fragilizados...

    De qualquer das formas o teu caso é muito diferente, espero que em breve estejas recuperada a 100%! A Primavera sempre ajuda a animar, mas é um dia de cada vez, sem pressas...

    Beijinhos primaveris e continuação das melhoras!

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  3. tendo em conta a foto... já lá vai tempo que o Tom corria atrás da Gerri incansavelmente... :e

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  4. Mas aí o Jerry era outro... e o Tom também, VÍCIO! :D

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  5. Raro nos dias que correm, né. Porquê?

    Porque o egoísmo passa á frente de qualquer sentimento...infelizmente.
    Beijokitas e boa semaninha

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  6. vi ontem o comer, orar, amar e a tua apreciação encaixou :)

    (embora o Bardem tivesse tido alguma pinta)

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  7. Não conhecia o filme, na verdade nunca tinha ouvido falar mas parece-me um filme curioso e engraçado. E gosto sempre de ver o papel dos terapeutas e psicólogos nos filmes, aprendemos tanto sobre “o que não se deve fazer”!! ;)
    Vou ver se lhe dou uma olhada quando puder!!
    Beijos

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  8. É raro, sim, PARISIENSE! Mas o egoísmo será apenas um factor, entre outros, suponho! Um deles, não menos irrelevante, será que muitas mulheres já não estão para aturar maridos tiranos... :[

    Beijokitas!

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  9. Eheheh, normalmente "encaixa", MOYLITO, parece que só no "Cisne Negro" a minha opinião é diferente da da maioria... :))

    Bardem só entra na 2ª parte do filme e realmente anima um bocadinho um filme um pouco monótono! :D

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  10. Na verdade não vês muito da actuação delas como profissionais, PSIMENTO, só numa pequena cena em que a assistente social parece acumular o papel de psicóloga com uma mulher deprimida... :)

    Mas não será o filme da vida de ninguém! :D

    Beijocas!

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Sorri! Estás a ser filmad@ e lid@ atentamente... :)